General Mills pagou R$ 1,75 bi e assumiu dívidas de R$ 200 milhões por fabricante de alimentos; com aquisição, vendas da empresa atingem US$ 1 bilhão na América Latina
A General Mills informou que também assumirá uma dívida de R$ 200 milhões e que a adição da Yoki a seu portfólio vai mais que dobrar suas vendas anuais na América Latina, para quase US$ 1 bilhão.
O acordo vem à tona poucos dias depois de a multinacional americana anunciar que vai cortar 850 empregos ao redor do mundo, ou 2,4% de sua força de trabalho, como parte de um plano de reestruturação.
Quinta maior empresa produtora de alimentos do mundo, a General Mills já teve incursões frustradas no Brasil. Após comprar a Forno de Minas, em 1999, a empresa não conseguiu alcançar os resultados esperados e a revendeu aos próprios controladores, três anos atrás. A perda de mercado foi causada, entre outros motivos, porque a General Mills substituiu o queijo da massa do pão de queijo por aromatizante.
A Yoki, que possui 180 produtos no portfólio, era uma empresa totalmente de capital nacional antes do negócio. A companhia entrou no mercado há 18 anos, como uma empacotadora de grãos, que sucedia a marca Kitano. Atualmente, tem participação relevante no mercado de itens como pipoca, farofa, batata palha, snaks, é dona das marcas Kitano, Torí, Yokitos, Lin Tea e Mais Vita. Sediada em São Paulo, a Yoki emprega mais de 5 mil pessoas e registrou vendas de R$ 1,1 bilhão em 2011.
* Com Reuters
Fazer reuniões de família e se planejar para gastos extras são algumas das sugestões de especialistas para quem quer realizar o sonho da casa própria. Veja as 5 principais dicas
Thatiane Faria Barroso |
O mercado imobiliário brasileiro ainda está aquecido, os preços estão altos e os metros quadrados, dependendo da região, caríssimos. Mesmo assim, conquistar a casa própria é um sonho que muitas pessoas não estão dispostas a adiar. Mas antes de fechar um financiamento, é preciso se organizar, dizem especialistas. Leia mais: Quer comprar a casa própria? Veja as taxas de juro do crédito imobiliário
Verificar o orçamento familiar, pesquisar muito bem os imóveis, estudar os melhores bancos e as taxas embutidas em um crédito, além de pensar nos possíveis gastos para reforma e decoração são tarefas essenciais para o comprador da casa própria.
Especialistas consultados pelo iG ajudam na organização financeira para o processo do financiamento. Veja abaixo os principais pontos levantados por eles.
1 – Defina onde quer morar
O primeiro passo, na visão de Reinaldo Domingos, educador financeiro do Dsop, é definir onde se quer morar. “Existe uma enorme variedade de imóveis e padrões hoje em dia. É preciso se perguntar: qual é o meu padrão?”, diz.
Os imóveis podem ser divididos entre casas ou apartamentos, tamanho, número de dormitórios, de vagas na garagem, localização, enfim, diversos quesitos que interferem no preço final de cada um.
2 – Faça uma avaliação da renda familiar
E é por isso mesmo que o segundo passo está diretamente ligado ao primeiro. Sabendo qual é o seu foco e o custo, é hora de analisar a renda da família e a capacidade de comprometimento de parte dessa renda com o financiamento, afirma Domingos.
É imprescindível saber o que cabe no bolso de cada um, esclarece o especialista, e , apesar da ansiedade de ter a sua casa própria, considerar se não é melhor economizar um pouco mais e dar uma entrada melhor, ou até comprar à vista em alguns anos. As instituições financeiras podem oferecer melhores condições de empréstimo dependendo do valor pago como entrada do seu imóvel.
Se não quiser esperar, tudo bem. Mas é preciso fazer as contas. César Caselani, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas, explica que não há um número mágico que diga exatamente quanto da sua renda pode ser comprometido com as prestações de um financiamento, “mas o teto é 30%,” diz.
“As pessoas têm aluguel, escola, luz, internet, entre outras contas fixas a pagar. Se o gasto chegar muito próximo à metade da sua renda, provavelmente você vai ter problemas para pagar as outras contas”, alerta.
“Não é à toa que a Caixa [Caixa Econômica Federal] está fazendo mais um feirão com milhares de imóveis. São propriedades que os mutuários não conseguiram terminar de pagar e foram tomadas”, complementa Domingos.
3 – Unir a família é fundamental
É importante envolver toda a família na decisão de comprar um imóvel, lembra Caselani. Deve-se convencer a todos que se não houver uma redução nos gastos, o pagamento do imóvel pode ser prejudicado. “Alguém tem que lembrar que possivelmente não haverá mais aquela viagem que estava sendo planejada, e isso pode gerar um conflito. A conversa é sempre complicada, mas a família precisa falar sobre dinheiro”, observa o professor.
Todos devem estar dispostos a colaborar. Em geral, de 20% a 30% de tudo que gastamos dentro de casa é em excesso, aponta Domingos. Portanto, é possível tentar reduzir os gastos.
4 – Tenha paciência para pesquisar
Desde abril, os bancos estão anunciando quedas nas suas taxas de juros. No entanto, é preciso avaliar tudo isso com calma, avisa Caselani. Isso não necessariamente significa que o custo será menor, pois o que algumas instituições financeiras estão fazendo é aumentar outras tarifas para compensar, completa.
Sempre é preciso pesquisar quais seriam as melhores taxas para o seu perfil. Quando você é cliente de um banco já há algum tempo, a probabilidade de conseguir benefícios no pagamento é maior, explica o professor.
5 – Prepare-se para mais gastos
Os gastos relativos à compra de uma casa ou apartamento não se resumem apenas ao imóvel em si, diz Osmar Roncolato, vice-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). “As pessoas querem condições habitáveis. Deve-se pensar desde o primeiro momento até as despesas que só aparecem depois, como armários, por exemplo”.
Se for um imóvel usado, pode ser que ele precise de reforma, móveis e outros acessórios novos. Se ele for novo, o comprador pode gastar até 30% do valor do imóvel a mais para poder se instalar, calcula o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Isto quer dizer que se o imóvel novo custa R$ 200 mil, os gastos com piso, lustres, móveis, pintura, entre outros itens, podem ser de até R$ 60 mil. Este valor também deve ser contabilizado no momento da compra da casa própria, alertam os especialistas.
Outro fator que se deve observar, conclui Domingos, é o custo de vida na região escolhida para morar. “Quais são os valores dos produtos da região? Quanto custa o pão, o mercado, o combustível?
Quanto vai custar meu transporte até o trabalho?” Tudo isso pode mudar o orçamento mensal da família.oupança). “As pessoas querem condições habitáveis. Deve-se pensar desde o primeiro momento até as despesas que só aparecem depois, como armários, por exemplo”.
Se for um imóvel usado, pode ser que ele precise de reforma, móveis e outros acessórios novos. Se ele for novo, o comprador pode gastar até 30% do valor do imóvel a mais para poder se instalar, calcula o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Isto quer dizer que se o imóvel novo custa R$ 200 mil, os gastos com piso, lustres, móveis, pintura, entre outros itens, podem ser de até R$ 60 mil. Este valor também deve ser contabilizado no momento da compra da casa própria, alertam os especialistas.
Outro fator que se deve observar, conclui Domingos, é o custo de vida na região escolhida para morar. “Quais são os valores dos produtos da região? Quanto custa o pão, o mercado, o combustível? Quanto vai custar meu transporte até o trabalho?” Tudo isso pode mudar o orçamento mensal da família.
Taxa de desocupação no País é a menor para abril desde 2002, quando iniciou a série histórica; em março indicador havia sido de 6,2%
Reuters | - Atualizada às
O desemprego brasileiro caiu para 6% em abril, ante 6,2% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O resultado do mês passado é o melhor para abril desde 2002, quando iniciou a série histórica.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 17 analistas consultados, a taxa seria de 6,2% no mês passado. As estimativas variaram de 6% a 6,4%.
De acordo com estudo do Centro de Microeconomia Aplicada da FGV, há casos em que um trabalhador com salário mensal bruto de R$ 730 custa R$ 2.067,44 para a empresa
Agência Estado |
O custo do trabalhador, em média, pode chegar a 2,83 vezes - ou 183% - o salário que ele recebe da empresa, no caso de vínculo de 12 meses de duração do contrato, de acordo com estudo que o Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgaram nesta quarta-feira em São Paulo.
Neste caso, se um trabalhador tem salário mensal bruto de R$ 730, o custo dele é de R$ 2.067,44 para a empresa. Isto, segundo o estudo, não deriva apenas de encargos, mas de um conjunto de obrigações acessórias, benefícios negociados, burocracia e até da gestão do trabalho.
No total, a pesquisa contemplou 34 componentes, entre eles o décimo terceiro salário, adicional de férias, vale-transporte, INSS do empregador, administração de pessoal, licença maternidade e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
"Estes itens não exaurem todos os custos porque há nas planilhas das empresas outros custos indiretos que não foram contemplados na pesquisa", disse o professor da FGV, André Portela. "O trabalhador que é doente, por exemplo. Por faltar mais, ele custa mais para a empresa."
A pesquisa utilizou como objeto de estudo, segundo seus organizadores, duas empresas do setor têxtil, uma de Santa Catarina e outra de São Paulo. A FGV e a CNI acreditam que a metodologia pode ser aproveitada em outras empresas de outros setores.
O custo do trabalhador, no entanto, pode cair para 2,55 vezes o salário - ou 155% - se o vínculo se estender para cinco anos. Neste caso, utilizando o mesmo exemplo, um trabalhador que recebe R$ 730 mensais representa um custo para a empresa de R$ 1.858,89.
Esse valor cai devido a fatores como aviso prévio indenizado, multa do FGTS e investimentos em treinamento e formação específicos. Isso ocorre porque, segundo a pesquisa, no prazo mais longo o empresário tem mais tempo para diluir vários custos.
O setor automotivo – beneficiado por um pacote de benefícios do governo, anunciado ontem – tem a maior perspectiva de crescimento nos investimentos até 2015.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou uma lista de setores, durante sua sabatina no Congresso, hoje.
O setor automotivo, que tem projeções de investimentos de R$ 56 bilhões entre 2012 e 2015, valor 60% maior que o montante investido no período 2007-2010.
O setor de petróleo e gás – que tem o maior investimento nominal, com R$ 354 bilhões – elevou os aportes em 48,7% frente ao período anterior.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no
fim da tarde uma série de medidas para incentivar a indústria automobilística. O
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis e
utilitários vai ser reduzido, assim como o Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) para crédito a pessoas físicas.
Vinicius Doria - Repórter da Agência Brasil
No caso do IPI, para carros de até 1.000 cilindradas, a
alíquota cai de 7% para zero. Para automóveis com motorização entre 1.000 e
2.000 cilindradas, o imposto cai de 11% para 6%. No caso dos utilitários, a
redução é de 4% para 1%. Essas alíquotas valem para os automóveis bicombustível,
fabricados no Brasil e no Mercosul, incluídos no Regime Automotivo.
A redução das alíquotas vai valer até o fim de agosto. Até lá,
a renúncia fiscal provocada pela redução do IPI deve ultrapassar R$ 1 bilhão,
segundo estimativa do governo.
Mantega também anunciou a queda do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) do crédito para pessoa física de 2,5% para 1,5%. A redução não
tem prazo para acabar. Mantega estima que o governo deixará de arrecadar R$ 900
milhões nos próximos três meses com a medida.
O ministro informou que a indústria automobilística também vai
oferecer uma contrapartida. As montadoras se comprometeram a dar descontos de
2,5% sobre os preços de tabela dos carros populares, com até 1.000 cilindradas.
Para automóveis entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o desconto será 1,5%. Os
utilitários, por sua vez, serão vendidos com desconto de 1%. As indústrias
também assumiram o compromisso de não demitir empregados.
Mais medidas de estímulo à economia estão sendo anunciadas pelo
ministro Mantega, em entrevista coletiva que acontece, neste momento, no
Ministério da Fazenda.