sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ENTENDA A BOLHA IMOBILIÁRIA BRASILEIRA

A bolha imobiliária brasileira existe. E vai estourar. Só não se sabe quando.
A conclusão que a maioria dos economistas chegou é que não há mais dúvida sobre a existência da bolha. A discussão agora é tentar prever quando ela vai estourar.
O objetivo deste artigo é explicar o que é uma bolha imobiliária e mostrar vários indícios de que existe no Brasil e está próxima de estourar.

O que é uma bolha imobiliária?

O mercado imobiliário, como – quase – todos os setores de nossa economia, é regulado pela Lei da Oferta e da Procura. Existem regulações estatais, mas nesse setor, em específico, elas são extremamente ineficientes.
Em momentos de crescimento econômico e facilidade de financiamento através de programas governamentais, é normal que a demanda seja maior que a oferta de imóveis e os preços subam.
Com a subida rápida dos preços, pessoas passam a considerar a compra de imóveis um bom investimento, tanto para revenda quanto para aluguel. Com isso, boa parte dos novos empreendimentos não são reservados para moradia, mas para investimento.
Dados de pesquisas junto aos corretores de imóveis apontam que esse índice, que já foi de menos de 20%, atualmente oscila entre 40 a 60% dos imóveis, dependendo do empreendimento.
Isso porque as próprias construtoras preferem que os investidores comprem, visto que eles geralmente pagam à vista, ao contrário dos que compram imóveis para residência e geralmente esperam de 30 a 60 dias para obter financiamento.
O aumento do índice de investidores provoca uma falsa sensação de falta de imóveis à venda no mercado, puxando os preços para cima. A sensação é amenizada pelo fato de que no Brasil realmente há um déficit habitacional histórico, especialmente nas grandes cidades.
Finalmente, em momentos de crise econômica ou insegurança em relação ao mercado imobiliário, essa bolha estoura.
O catalisador do estouro dessa bolha pode ser a falência de algum ente envolvido no processo imobiliário (seja no financiamento ou na construção de imóveis propriamente dita) ou o aumento geral da inadimplência a níveis insustentáveis.
Então, bancos e construtoras pedem ajuda aos governos, como tábuas de salvação.

A bolha imobiliária existe? Ela vai estourar?

Como já deixei claro no começo do artigo, ela não só existe como está próxima a estourar.
Vou apresentar todo o caminho para o estouro de uma bolha imobiliária e mostrar, item a item, porque a bolha brasileira não para de inflar.
1) Aumenta a procura por imóveis, e o preço sobe.
Não é necessário falar muito sobre esse ponto, mas como prometi embasar cada item, recomendo a leitura dessa matéria: Brasil vira 2º melhor mercado imobiliário.
2) Aumenta o número de investidores, que compram imóveis para alugar ou ganhar dinheiro.
A presença de investidores no mercado imobiliário aumenta a demanda, mas não para moradia, e sim para investimento. Isso aumenta o preço sem aumentar a quantidade de casas próprias.
Algumas pesquisas mostram a atratividade do mercado imobiliário brasileiro, como pode ser visto nesta matéria: Investidores em imóveis vêem Brasil como 2º mercado mais atraente.
3) Os preços começam a subir excessivamente, acima da capacidade de consumo das famílias.
Esse é outro item que não seria necessário uma fonte para reforçá-lo, já que todos nós sofremos no bolso com a alta dos preços.
Em 2010, a valorização imobiliária foi de 23,49%. Em 2011, esse percentual foi ainda maior: 27,82%.
Fonte: Brasil é 2º em ranking mundial de valorização imobiliária
4) O preço chega a um patamar insustentável, afastando potenciais compradores, que passam a considerar a hipótese de alugar imóveis.
Com o preço dos imóveis cada vez mais irreal, as pessoas deixam de comprar e passam a cogitar o aluguel. Até porque passa a valer mais a pena alugar do que comprar, financeiramente falando.
Por sinal, já discutimos bastante sobre esse tema no artigo “Comprar casa própria ou alugar imóvel?“.
5) Os preços dos aluguéis sobem, pois a demanda por imóveis do tipo aumenta.
Com tanta gente preferindo alugar do que comprar, o preço dos aluguéis disparam. Pesquisa recente mostrou que o preço do aluguel aumenta 13,6% em 2011 na cidade de São Paulo.
6) O preço dos imóveis começa a baixar como um todo, devido a diminuição da procura.
Ainda não alcançamos esse patamar, mas o preço em muitas cidades já começam a subir menos ou mesmo a estagnar. Já existem vários indicadores que mostram que a alta no preço dos imóveis novos desacelera em várias cidades.
Além disso, outra pesquisa revelou que investidores estão deixando o mercado e intenção de compra de imóveis diminui.
7) Há uma baixa mais expressiva nos preços dos imóveis, pois os investidores começam a tentar vender os mesmos com urgência.
Esse é o ponto que ainda não atingimos e que não há previsão de ocorrer. Vale ressaltar que esse já é o último item para decretar o estouro da bolha. E já percorremos praticamente todo o caminho para isso.
Estamos em um dos momentos finais dese ciclo: o momento em que as pessoas deixam de comprar imóveis novos para ir atrás de casas de aluguel. É praticamente o último momento antes da bolha imobiliária efetivamente estourar nas regiões metropolitanas.

Conclusões e leituras complementares

O estouro da bolha não é um fato, mas está fortemente embasado. Certamente existem pessoas que discordam dessa teoria e espero sinceramente que estas deixem comentários no artigo, para provocar ótimas discussões.
Mas não se discute que os preços estão altíssimos, que não é mais o momento para comprar imóveis e também que o preço dos alugueis estão cada vez mais caros. Então, mesmo os descrentes, devem ter cuidado.
Por fim, recomendo dois textos simplesmente fantásticos sobre a bolha imobiliária, que foram as principais fontes para este artigo e são muito mais completos (e, por isso, mais longos): A Bolha Imobiliária e A Bolha Imobiliária (Parte II).


Imagem de Rafael Seabra

 

Rafael Seabra é educador financeiro, pós-graduado em Finanças pelo Ibmec, editor do Quero Ficar Rico, um dos sites de maior audiência do país na área de Educação Financeira, e autor do livro Como Investir Dinheiro.
Outros textos de Rafael Seabra


FONTE: http://queroficarrico.com/blog/2012/07/27/bolha-imobiliaria-brasileira/

Toyota e Fiat lideram em prêmio por satisfação do consumidor

Honda também é lembrada no estudo realizado pela J.D. Power do Brasil

Sueli Osório | 2/8/2012 16:02

Foto: FiatAmpliar
Fiat Siena Fire 2011


A Toyota foi eleita a empresa de maior satisfação entre os proprietários de veículos novos no Brasil pelo segundo ano consecutivo, enquanto modelos da Fiat, Honda e Toyota receberam prêmios por segmentos, de acordo com o estudo 2012 Brazil Vehicle Ownership Satisfaction Study, realizado pela J.D. Power do Brasil e divulgado nesta quinta (2).

O estudo classifica a satisfação de propriedade de um veículo individualmente por modelo por segmento, assim como por marca de automóvel em geral. A Toyota foi eleita como a marca com a classificação mais alta em relação à satisfação entre os proprietários pelo segundo ano consecutivo, com média geral de 829 pontos, aumento expressivo em relação aos 821 pontos, em 2011. Na sequência, na classificação geral de marcas, estão as montadoras coreanas Hyundai (815) e Kia (812), ambas classificadas no estudo pela primeira vez. Mitsubishi e Nissan também foram classificadas acima da média da indústria.

A Fiat é a marca que mais se aprimorou no estudo de 2012, ganhando 26 pontos ante 2011 (754 pontos, em 2012, e 728, em 2011) e classificando-se ligeiramente acima da média da indústria. Esta melhora deve-se, em parte, ao Fiat Siena Fire, que obteve a maior pontuação por modelo (856) e apresentou o mais baixo número de problemas relacionados no estudo por 100 veículos (101 PP100). Uma pontuação PP100 mais baixa significa qualidade mais alta.


Modelos

A Fiat também ganhou prêmios com o Mille, no segmento de subcompactos, e Punto (compacto superior). Os prêmios para outros segmentos do estudo compreendem o Honda Fit (monocabine) e Toyota Corolla (médio).

O estudo baseia-se na avaliação dos proprietários em relação a seus veículos e concessionárias por meio de quatro métricas de satisfação. Em ordem de importância, são: custo de propriedade (46%), incluindo o consumo de combustível, o valor do seguro e o custo de manutenção/conserto; design e desempenho do veículo (22%), que considera quesitos como conforto e recursos; experiência pós-venda (20%); e qualidade do veículo (12%).

Dentre todos os países nos quais a J.D. Power publica esse estudo, os proprietários no Brasil avaliam o custo de propriedade como o quesito de satisfação mais importante. Isto se deve, em parte, ao fato de que eles gastam maior porcentagem de seus ganhos no custo de seus veículos, tais como manutenção, consertos, combustível, impostos, seguro, entre outros, do que os proprietários de veículos em outros países. Em consequência disso, é baixo o nível de satisfação no Brasil, especialmente nos segmentos de subcompactos, compactos de entrada e dos compactos superiores.
O estudo verificou que a relação confiabilidade/durabilidade é de grande consideração na escolha de um modelo entre os proprietários de veículos novos no País. Pouco mais de 50 por cento (51%) dos proprietários de veículos indicaram que esta relação é da maior importância para a compra, seguida de perto pelo consumo de combustível (50%).

“A qualidade do veículo não é uma métrica fundamental, no Brasil, apenas para os fabricantes, mas também para o consumidor”, ressalta Jon Sederstrom, diretor geral da J.D. Power do Brasil. “As marcas asiáticas, em média, reportaram 3.06 problemas, comparado com 3.40 problemas reportados pelos proprietários de veículos de todas as outras marcas, independentemente de onde eles foram produzidos”, finaliza o diretor.

O estudo “2012 Brazil Vehicle Ownership Satisfaction Study (VOSS)” baseia-se na avaliação de mais de 7.500 entrevistas online, realizadas com proprietários de veículos no Brasil, após uma média de dois anos com o veículo. A satisfação geral de propriedade se reflete em um índice de pontuação baseado em uma escala de 1.000 pontos, na qual a pontuação mais alta indica o maior índice de satisfação. O estudo foi realizado entre abril e junho deste ano.

fonte: IG CARROS

Bancos estão prontos para câmbio em caixa automático

Falta só BC definir quais serão as formas de identificação dos clientes que quiserem realizar a operação

Ana Paula Ribeiro- do Brasil Econômico |
A autorização do Banco Central (BC) para a compra e venda de moeda estrangeira em caixas eletrônicos já leva bancos e fabricantes de equipamentos a estudarem alternativas para a oferta desse novo serviço. Os planos de compra das máquinas “cambiadoras” e de exploração desse serviço já estão em andamento, apenas no aguardo do anúncio oficialmente sobre a forma de identificação dos clientes que realizarem essas transações. “Ainda falta essa normatização, que esperamos que saia em breve, até semana que vem”, diz Demilson Guilhem, diretor presidente da Hass Latam, fabricante de terminais de autoatendimento que há um ano conversa com a autoridade monetária sobre o tema.
Na semana passada, o BC autorizou que caixas eletrônicos ofereçam esse serviço, limitado ao equivalente a US$ 3 mil, mediante a identificação do cliente, como já acontece nas operações de câmbio tradicionais.


Leia: Governo autoriza operação de câmbio em caixa eletrônico


Guilhem afirma que o BC deve permitir que cartões bancários, como os de crédito, possam ser usados como forma de identificação do cliente que irá realizar a transação, mesmo que o pagamento da compra de moeda seja feito em espécie.

No entanto, há bancos que não descartam outras soluções, como a identificação por meio da leitura do código de barras bidimensional existente em passaportes. “Essa é uma tecnologia que já existe’, lembra o diretor dos canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, responsável no banco pela implantação desse serviço. “É um processo complexo, uma vez que envolve a transmissão de dados online para evitar prejuízos na hora de conversação das moedas.”


Sem a definição sobre o meio de identificação, a rede de caixas eletrônicos 24 Horas, da Tecban (Tecnologia Bancária), também está em compasso de espera para definir a sua estratégia. Itaú e Santander também avaliam alternativas possíveis para a implementação.


Também: Viajantes são surpreendidos com taxa extra para trocar moeda no aeroporto


Mas mesmo com cenário indefinido, Guilhem, da Hass Latam, afirma que a empresa já conversou com todos os grandes bancos, as principais corretoras de câmbio e com a Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam) para a oferta da máquina desenvolvida na Alemanha. Segundo o executivo, já há alguns contratos em discussão.

A expectativa da empresa é vender ao menos 600 “cambiadoras” até o final do ano que vem. Primeiramente os equipamentos serão importados, mas a expectativa da Hass Latam é começar a fabricá-los no Brasil a partir do ano que vem - o investimento previsto é de R$ 50 milhões.

No modelo desenvolvido para atender o mercado brasileiro, a máquina poderá aceitar pagamento em 15 diferentes moedas. No entanto, estará disponível, para compra, no máximo três. A intenção é também vender esse equipamento para outros países do Mercosul.

Embora 600 máquinas seja um número pequeno em relação aos mais de 170 mil caixas eletrônicos instalados no Brasil, esses equipamentos vão ocupar espaço em poucos locais específicos, como hotéis, aeroportos, shoppings e casas de câmbio de grande movimento. Também não está descartado o uso de máquinas itinerantes para atender eventos como os jogos da Copa do Mundo.

Essa foi inclusive uma das razões que levou o BC a flexibilizar as regras sobre compra e venda de moeda. Além da permissão para operações em caixas eletrônicos, casas de câmbio e bancos poderão utilizar estabelecimentos comerciais para atuar como correspondentes, garantindo maior capilaridade da rede de câmbio no país durante a Copa, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.


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fonte: IG ECONOMIA

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

BOVESPA: AÇÕES RECOMENDADAS PARA O MÊS

Duratex e OHL Brasil são novidades na carteira recomendada para agosto

Corretoras apostam em boa performance dos papéis ancorada em resultado operacional acima do esperado; Vale, BR Malls, CCR e Petrobras lideram indicações

Danielle Brant |

Divulgação
Papéis da concessionária OHL Brasil têm potencial de valorização de mais de 7%, segundo a Planner

A relação de ações mais recomendadas por analistas do mercado brasileiro traz duas novidades em agosto: Duratex e OHL Brasil aparecem na carteira de três das 13 corretoras consultadas pelo iG. A lista, no entanto, continua sendo liderada pela Vale, com oito recomendações, justificadas pelos baixos preços do minério de ferro no mercado internacional. Apesar de a mineradora despontar como mais sugerida, os analistas dizem, em seus relatórios, que o momento de incertezas na Europa e nos Estados Unidos ainda reforça a aposta em ações defensivas.

Nesse raciocínio os analistas de cinco corretoras sugerem os papéis de BR Malls e CCR, empresas elogiadas por terem bons fluxos de caixa. Com o mesmo número de indicações, a Petrobras também aparece na relação, como de praxe. Desta vez, segundo as casas, o aumento do preço da gasolina, no final de junho, e do diesel, em julho, terão impacto positivo sobre as ações da companhia.


Leia: Após quatro meses na lanterna, Bovespa volta a ser melhor aplicação em julho


As projeções de bons resultados operacionais este ano levaram as novatas Duratex, produtora de painéis de madeira industrializada, e OHL Brasil à lista de mais recomendadas este mês. Analistas do BTG esperam que a demanda por produtos da Duratex continue a subir, aumentando os níveis de utilização e elevando os preços dos artigos. Já a concessionária rodoviária, na avaliação da Planner, deve ter o melhor resultado operacional entre as empresas do setor.

Na projeção da Planner, os papéis da OHL Brasil (OHLB3) têm um potencial de valorização de 7,34%. O preço-alvo para daqui a 12 meses é de R$ 19, contra os atuais R$ 17,70. Já o upside esperado para a Duratex (DTEX3) é de 16% nos cálculos dos analistas da BTG Pactual.


Mais: Fed vê economia mais fraca, mas mantém política


Em uma análise mais ampla, as corretoras dizem que a volatilidade deve continuar predominando nos mercados. “Para o mês de agosto, nossa expectativa é de um mercado de ações novamente exposto aos acontecimentos do lado externo, aguardando medidas de apoio financeiro aos países da zona do euro e decisões nos EUA de incentivo à economia do país”, indica a Planner. Para o BTG, “há atualmente muita incerteza para justificar uma postura mais agressiva em direção às ações brasileiras.”

A reunião do Banco Central americano (Fed, na sigla em inglês) da última quarta-feira não serviu para dar mais ânimo aos mercados, que esperavam que a autoridade monetária dos Estados Unidos anunciasse uma flexibilização de sua política monetária. Agora os investidores viram a atenção para o encontro do Banco Central Europeu, que acontece nesta quinta-feira. Mas, de acordo com relatório do HSBC, o mercado pode sair novamente frustrado com os resultados da reunião. “As expectativas do mercado para essa reunião podem estar elevadas demais, especialmente no que diz respeito a possibilidade recompra de bônus”, afirma a equipe do banco.


Também: Bancos brasileiros podem ser 'vítimas do próprio sucesso', diz FMI


No cenário doméstico, a temporada de divulgação de balanços pode seguir influenciando a Bolsa. “A primeira quinzena será influenciada pela safra de resultados do segundo trimestre, que poderão pesar sobre o Ibovespa, considerando que boa parte dos resultados têm vindo abaixo das expectativas do mercado”, indica a Planner.


Veja abaixo as dez ações que mais subiram e mais caíram em julho
1) A LLX, empresa de logística do bilionário Eike Batista, subiu 34,8% no mês. Foto: AE2 e 3) Ação ordinária da Oi sobe 23,3% em julho, enquanto as preferenciais avançam 21,7% . Foto: AE4) Ações da MRV sobem 18,8%. Foto: Divulgação5) Papel preferencial da Usiminas sobe 16,6% em julho. Foto: AE/Vidal Cavalcante6) Itau Unibanco avança 14,5%. Foto: AE7) B2W, dona do Submarino, sobe 14,2% em julho. Foto: Dilvulgação8) Ação da Natura sobe 13,9% no mês. Foto: Reprodução9) Itausa tem alta de 12,5%. Foto: AE10) BMFBovespa tem valorização de 12%. Foto: AE10) Sabesp empata com BMFBovespa e sobe 12%. Foto: Divulgação1) Papéis da Eletropaulo lideram as perdas do Ibovespa com -23,7%. Foto: Futura Press2) TIM perde 23,4% na bolsa de valores. Foto: Tânia Rêgo/ABr3) Dasa tem desvalorização de 13,2%. Foto: Getty Images4) Frigorífico JBS caiu 11,3% na Bovespa. Foto: Getty Images5) Transmissão Paulista perde 10,3% no mês. Foto: Reprodução8) Braskem tem perda de 8%. Foto: Getty Images7 e 10) Ação ordinária da Vale caiu 7,3%, sétima maior perda, enquanto a preferencial desabou 7,3%. Foto: Ag. Vale7) Ação da Companhia Siderúrgica Nacional cai 7,5%. Foto: AE9) Papéis da Bradespar, que investe na CPFL, caíram 7,4% no mês. Foto: Getty ImagesO Ibovespa subiu 3,21% em julho. Foto: Getty Images
1) A LLX, empresa de logística do bilionário Eike Batista, subiu 34,8% no mês. Foto: AE
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Julho






No mês passado, as ações mais recomendadas tinham sido as da Vale (8 indicações), AmBev (6), CCR (5), Cemig (4), BR Malls (3), Eztec (3), Lojas Americanas (3), Odontoprev (3), Pão de Açúcar (3), Bradesco (2), Kroton (2), Petrobras (2), RaiaDrogasil (2), Souza Cruz (2) e Multiplus (2).


fonte: IG ECONOMIA

CHANCE: 2.000 VAGAS PARA TRAINEES

Grandes empresas brasileiras oferecem quase duas mil vagas para trainees

Salários para recém formados escolhidos para serem futuros líderes das companhias variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil; em média, cada vaga é disputada por cerca de dois mil candidatos

Mayara Teixeira, iG São Paulo |

Getty Images
A média de inscrições nos programas mais concorridos é de 2 mil candidatos por vaga

As principais empresas brasileiras deram início à temporada de caça a jovens talentos que acabaram de sair das universidades e estão em busca do primeiro emprego. Cerca de 1,8 mil vagas, com salários variando entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, já foram abertas por companhias de grande porte e a tendência é de que até setembro outras centenas de posições sejam incluídas nos programas de trainees espalhados por todo o Brasil.


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Vistos como a principal porta de entrada para profissionais que pretendem fazer uma carreira executiva de longo prazo, esses programas têm se tornado cada vez mais populares no Brasil. Nesse momento, companhias como Shell, Itaú Unibanco, Souza Cruz, Ambev, Odebrecht, General Eletric, Unilever, Brasil Foods, Boticário, Telefônica, Monsanto, Ernst & Young Terco e Deloitte já deram início a um também cada vez mais disputado processo de seleção.

Segundo levantamento da Cia de Talentos, consultoria em Recursos Humanos, a quantidade de vagas e de candidatos inscritos em cada programa varia muito, mas a média de inscrições nos programas mais concorridos é de cerca de 2 mil candidatos por vaga. Em 2011, a Ambev, por exemplo, recebeu 74 mil inscrições para 20 vagas, ou seja, cerca de 3,7 mil pessoas disputavam entre si para conquistar uma vaga.


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Os programas de trainee são uma tradição no exterior, mas se popularizaram no Brasil há pouco mais de 20 anos. Em geral, são adaptações de modelos já aplicados por multinacionais em outros países e vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil por conta de uma crescente escassez de mão de obra qualificada. “O primeiro programa de trainee que fizemos aconteceu em 1990, para a Unilever, então Gessy Lever”, diz Cristiani Furlani, gerente da Cia de Talentos.

Nessas últimas duas décadas, muita coisa mudou nos programas. Desde o formato, passando pelo processo de seleção, até à características mais buscadas pelas empresas. Nesse momento, os programas de trainee vêm passando por um curioso processo de expansão e contração concomitante. Embora o número de vagas disponíveis em cada empresa venha diminuindo, o número de companhias que oferecem os programas vem crescendo quase na mesma proporção.

Divulgação
Em 2011, mais de 70 mil candidatos disputaram as 20 vagas oferecidas pela Ambev
Para Furlani, da Cia de Talentos, a principal razão para isso é a crise que tem abalado as multinacionais em seus mercados sede. “Desde 2009, essa tendência se acentuou, muitas empresas sofreram retração com a crise e decidiram cortar custos”. Ao mesmo tempo, mais empresas estão adotando essa forma de recrutamento, “Uma série de companhias, inclusive de menor porte, que nem imaginavam fazer esse tipo de coisa, começaram a fazer”, diz Jorge Matos, presidente E-talent, consultoria de recrutamento.

Outra mudança no cenário de trainees é a colocação do funcionário ao final do programa. “Antes, o trainee seria necessariamente um líder, agora é apenas uma forma de acelerar a carreira, mas não significa que ele vai assumir uma posição de chefia de forma imediata”, diz Cristiani.

No Itaú Unibanco são 70 vagas abertas e o banco pretende treinar por 18 meses jovens que podem não terminar o programa em cargos de liderança, mas terão essa possibilidade acelerada. “Muitos dos nossos executivos foram trainees, o programa também cria a liderança da organização”, diz Marcele Correia, superintendente de seleção do Itaú.

Na Shell, o trainee pode ficar de 3 a 5 anos em treinamento “Depende da experiência que ele já tem”, explica Raquel Nascimento, gerente de recrutamento da companhia. Na petrolífera, os trainees recebem uma remuneração maior do que a de um analista comum, “eles ganham mais e andam mais rápido”, diz. Esse ano, são 14 vagas em 6 áreas de atuação,e os candidatos serão “ a longo prazo, líderes da Shell, não necessariamente no Brasil, mas no mundo”, diz Raquel.

“As empresas procuram trainees para dar uma oxigenada, são pessoas alinhadas com o mercado, o que tem de melhor em formação e experiência”, diz Matos, da e-Talent. “A remuneração desses funcionários é superior à média, esses jovens estão ganhando para estudar”, diz. “Um trainee pode custar à empresa de R$ 10mil a R$ 20 mil por mês”.

Segundo a Cia de Talentos, o salário médio dos trainees no Brasil gira em torno de R$ 3 mil a R$ 5 mil por mês, incluindo benefícios. Já o investimento médio das companhias para atração, seleção, plano de desenvolvimento e remuneração anual pode variar entre R$ 140 mil e R$ 220 mil por ano. “Se bem gerido, este valor retorna em pouco tempo para a organização”, diz Cristiani.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Petrobras não cumpre meta de produção há mais de 10 anos, diz Graça Foster

Presidenta da companhia atribui deslocamento da curva de produção a fatores como o atraso da entrega de sondas de perfuração

Carla Falcão, iG Rio de Janeiro | - Atualizada às
Presidenta da Petrobras, Graça Foster afirmou nesta quarta-feira que a “há mais de 10 anos a companhia não cumpre a curva de produção”. O não cumprimento das metas de produção de óleo e gás é atribuído pela executiva a uma série de fatores, como o atraso da entrega de sondas de perfuração contratadas no exterior.

Leia também: Demanda por gasolina sobe 7% até junho, diz Petrobras

“O óleo está descoberto, as reservas estão garantidas e o potencial do pré-sal é maior do que previsto”, disse. “O que nós queremos e teremos agora, é uma precisão maior da curva de produção”, afirmou a executiva.

Segundo Graça, a “prioridade inquestionável” do plano de negócios 2012-16 é a produção de óleo com “realismo nas metas e absoluta disciplina de capital”. É preciso cobrar essa disciplina de capital e o cumprimento dessa curva de produção, acrescentou.

Em almoço realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), no Rio de Janeiro, Graça reforçou ainda a necessidade de investir em refinarias. “O Brasil importa hoje 15% dos derivados consumidos no país. Em 2020, se não entrarem em operação novas refinarias, teremos 35% de exposição na compra de derivados fora do país”, disse.

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Brasil perde recursos para Chile, Peru e Colômbia, diz diretor da BlackRock

fonte: IG ECONOMIA

GREVE DOS CAMINHONEIROS

Custo do frete vai subir até 30% com norma para caminhoneiros

Aumento chegará a preços de praticamente todos os produtos e deve agregar 0,8% à inflação anual

Juliana Garçon e Ruy Barata- do Brasil Econômico |
As novas normas para a profissão de motorista, que foram estabelecidas pela Lei 12.619/2012 e estão provocando a revolta dos caminhoneiros autônomos, vão elevar os custos de frete no país. Cálculo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) indica que, em rotas de 3.000 km, equivalente à viagem de São Paulo a Belém, o impacto será de 30%. Nessa rota, são transportados alimentos, bens de consumo e produtos da Zona Franca, como motos.

Em trechos menores, o efeito será inferior: 21% para percursos de 1.500 km, como a viagem do Centro-Oeste ao porto de Santos, que leva a produção agrícola para exportação.

A Associação Nacional dos Transportes de Carga (ANTC) tem estimativa similar para a variação no preço do frete: entre 25% e 40% dependendo da rota, do equipamento de transporte e da carga.

Hoje, o preço do frete no país está na casa de US$ 123 por 1.000 tkm (toneladas por km), um dos menores do mundo, de acordo com Lima. Alguns agricultores, porém, discordam: esse patamar é um dos mais caros do planeta, diz Edeon Vaz Ferreira, coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, entidade ligada aos produtores de soja e milho do Mato Grosso do Sul. “De Sorriso (MS) ao porto de Paranaguá (PR), o frete fica em US$ 120 por tonelada, um dos mais altos do globo. O dono de caminhão vai ter de repassar o custo da menor produtividade e nós teremos que repassar também.”



Peso na inflação

Como a maior parte (65,64%) da carga movimentada no país circula por rodovias, a elevação de custos chegará a praticamente todos os produtos, com alta média de 0,56%, que representa 0,8% na inflação anual, estima Maurício Lima, diretor de capacitação do Ilos, que levará os dados ao Fórum Internacional de Logística, de 20 a 22 de agosto, no Rio. “Mas, com planejamento, as empresas podem mitigar o incremento de custos”, diz. “Usando dois motoristas em distâncias longas, podem limitar a 6%.”

O reajuste no transporte de cargas acabará pressionando o preço de produtos, principalmente de alimentos.



Críticas

Publicada em maio, a Lei 12.619/2012 normatiza a atuação dos profissionais do setor. O principal ponto é a limitação à jornada de trabalho dos caminhoneiros, que chegava a 90 horas semanais e agora não pode passar de 56, incluindo as horas extra (veja ao lado).

As restrições sofrem críticas, principalmente, dos motoristas autônomos, cerca de metade da categoria, que soma aproximadamente dois milhões de pessoas no Brasil. Eles temem a redução nos ganhos devido à limitação na jornada e, por isso, querem que a lei seja revogada.

A categoria também quer derrubar a resolução 3.056/2009 da da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de acordo com a qual basta às empresas se registrarem na agência para atuar no setor, mesmo que a companhia não seja originária do ramo de transporte.

Também querem revogar a resolução 3.658/2011, que regulamenta seu pagamento. Antes livre, feito por depósito, com cheque ou dinheiro, agora, tem de ser feito por meio eletrônico.
A ANTC, por sua vez, avalia que a restrição à jornada de trabalho é positiva, pois tende a aumentar a qualidade de vida dos caminhoneiros e a evitar acidentes — é sabido que, para aguentar até 20 horas ao volante, muitos motoristas apelam a drogas.

Porém, diz ele, o governo não dá condições ao cumprimento da norma, pois falta infraestrutura para permitir aos motoristas que descansem. “A pressão do movimento deveria ser para ações do governo no sentido de melhorar a infraestrutura.”

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) faz críticas mais duras à mobilização dos caminhoneiros autônomos. “É um movimento de baderneiros e vândalos”, diz o diretor de transportes de cargas, Flávio Benatti. Para ele, a greve não tem pauta concreta de reivindicação e está ganhando espaço à custa de violência. Os grevistas querem o retorno a um estágio de desregulamentação, que coloca em risco a vida de pessoas nas estradas. “A lei contou com várias audiências públicas e o líder dessa greve não participou de nenhuma.”

Ele admite que o tempo para a adaptação do setor às novas normas legislativas foi exíguo, mas o que não seria justificativa para o movimento. Ele diz que a legislação não deve ser extinta, como querem os grevistas, mas sim ganhar complementos que dificultam a sua implementação, como a aprovação de um texto, retirado do projeto original, que obriga o governo a montar pontos de parada a cada 200 km de rodovias.


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FONTE: IG ECONOMIA