quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

COACHING CORPORATIVO

  • Coaching corporativo é treinamento focado em resultados
  • Office // Coaching corporativo é treinamento focado em resultados
  •  
    Método ajuda colaborador a crescer com a empresa


    Empresas investem em coaching corporativo para desenvolver profissionais 
      
    O treinamento motiva os colaboradores a maximizarem seus resultados, bem como os resultados da organização
     
     

    Empresas investem em coaching corporativo para desenvolver profissionaisNo cenário atual, profissionais necessitam muito mais do que especializações e aperfeiçoamentos em suas áreas. O conhecimento técnico é muito importante, mas habilidades e capacidades individuais também são valorizadas nas organizações. Por isso, cada vez mais, as empresas investem em treinamento corporativo, que visa não apenas o aperfeiçoamento técnico, mas também o desenvolvimento humano.
    Um profissional com poder de comunicação, de gestão de crise, flexível, seguro e que tenha a habilidade de automotivação, são alguns dos aspectos importantes para um bom desempenho, e atendem algumas das exigências do mercado.
    O Coaching Corporativo é um método de treinamento bastante procurado, pois trata-se de um poderoso processo de aceleração de resultados positivos em um curto espaço de tempo. É uma metodologia de desenvolvimento pessoal e profissional, que traz uma visão sistêmica e o aprimoramento de habilidades, através da autorreflexão e autoconhecimento, onde, entre outras questões, será trabalhado foco, planejamento, meta, objetivo e principalmente, será desenvolvido um plano de ação para o alcance dos resultados de forma mais acelerada, da melhor maneira possível.
    O treinamento corporativo utilizando a metodologia do Coaching, também auxilia empresas e profissionais a alinharem seus objetivos para que seja possível atingir as metas estabelecidas e tornar os resultados verdadeiramente efetivos. Nesse sentido, o investimento feito pela organização, trará benefícios tendo uma equipe mais engajada e mais comprometida com os seus valores e sua missão.
    Para os colaboradores, sejam eles de cargos de liderança ou não, é um investimento na carreira, uma vez que o treinamento corporativo em Coaching visa também o desenvolvimento e valorização individual, onde o profissional terá seus interesses, pessoais e profissionais, atendidos conforme alinhamento junto à organização. Nesses treinamentos podem também surgir oportunidade mudança de departamento, de cargo, e até de ascensão profissional, pois serão destacadas habilidades e competências de cada um, onde também pode ser traçado um plano de carreira.
    O intuito do Coaching Corporativo é basicamente motivar os colaboradores a maximizarem seus resultados, bem como os resultados da organização, tornando-os mais proativos, engajados e comprometidos, aumentando assim sua produtividade e tendo uma ampla visão de futuro, trazendo benefícios tanto para a organização quanto para o colaborador.
     
     
    José Roberto Marques
    terça-feira, 22 de janeiro de 2013 

    FONTE: MSN

    terça-feira, 22 de janeiro de 2013

    Preços e taxas dos títulos públicos


    À primeira vista, as informações sobre preços e taxas dos títulos públicos parecem algo complicado.
     
    Preços que variam entre R$ 500,00 e R$ 4.500,00 e taxas que variam entre 0,00% e 12,97%.
     
    O que significa cada um desses elementos é a pergunta mais comum para quem pensa em se aventurar por esse investimento.






    Certamente para quem já investe essas informações já devem ser triviais. Entretanto já recebi vários e-mails de leitores com dúvidas em relação ao significado destes termos e sugerindo que escrevesse um artigo dedicado a esclarecer esse tema.

    O intuito deste artigo, portanto, é explicar de uma forma bem simples o que significa cada elemento da tabela de preços e taxas dos títulos públicos disponíveis para compra.

    Assim ficará muito mais fácil de acessar o site do Tesouro Direto e saber imediatamente quanto custa cada título e quanto cada um deles renderá anualmente até o vencimento.



    Tabela de preços e taxas dos títulos públicos


    O Tesouro Direto disponibiliza diariamente uma tabela com preços e taxas, durante o horário de funcionamento para compra e venda de títulos.

    Como as vendas são realizadas apenas às quartas-feiras, apenas nesse dia é apresentado taxas e preços de venda.

    Apresento abaixo um exemplo da tabela, extraída em 28/01/2011:

     

    Título

    Este atributo serve apenas para identificar o título público disponível para compra. Para saber mais sobre cada título, recomendo a leitura do artigo “Qual o título público mais conservador do mercado?“.



    Vencimento

    A data de vencimento é quando o dinheiro investido será devolvido (espécie de resgate), acrescido dos juros acordados no momento da compra.

    Caso você não venda o título público adquirido, o dinheiro só retornará para você na data do vencimento.

    O recomendado, na maioria das vezes, é comprar apenas os títulos que você poderá aguardar pelo vencimento, para não perder dinheiro no momento da venda.


    Taxa (a.a.) de compra e venda


    A taxa de compra representa quanto o título em questão renderá anualmente até o vencimento.

    Entretanto há uma disparidade muito grande entre as taxas dos títulos. Essa diferença é explicada pela indexação a indicadores.

    Em outras palavras, a taxa dos títulos prefixados já representa o valor final (por isso, são mais altas).

    A taxa dos títulos indexados ao IPCA ainda será acrescentada à variação anual desse índice de inflação. A expectativa do IPCA para 2011 é de 5,53%.

    Já a taxa dos títulos indexados à Selic geralmente é 0,00%, pois a rentabilidade desses títulos corresponde à variação da Selic. A estimativa da Selic para 2011 é 12,25%.



    Preço Unitário Dia

    Esse preço indica quanto cada título custa em determinado dia.

    É importante frisar que não há relação entre o preço e a qualidade do título.

    Os títulos mais caros não são melhores ou piores que os títulos mais baratos.

    A formação de preço de cada título é bem diferente.

    O que importa saber é que o valor mínimo para compra de qualquer título é a fração de 0,2 título, ou seja, 20% do valor de um título. (ANTES DE 2012, AGORA CAIU PARA 0,10%) Desta forma, para saber o valor mínimo que pode ser investido basta multiplicar o valor de 1 título por 0,2. Os títulos públicos são ofertados no Tesouro Direto em frações de 0,2 título, isto é, o investidor pode comprar 0,2 título; 0,4 título; 0,6 título; 0,8 título; 1,2 título e assim por diante. No entanto, não é possível comprar, por exemplo, 0,1 título ou 5,7 títulos.


    Ainda restam dúvidas?

    Se você leu este artigo e ainda não entendeu cada atributo, deixe um comentário com sua dúvida. Se tiver gostado do texto, aproveite também para assinar nossa newsletter e receber diariamente nossos artigos por e-mail, seguir o Quero Ficar Rico no Twitter ou até mesmo recomendar este artigo para seus amigos, através de uma das opções disponíveis logo abaixo.




    Publicado em 28.01.2011 por em Tesouro Direto



    Imagem de Rafael Seabra

    Rafael Seabra é educador financeiro, MBA em Finanças pelo Ibmec, editor do Quero Ficar Rico, um dos sites de maior audiência do país na área de Educação Financeira, e autor do livro Como Investir Dinheiro.


    fonte: Quero ficar rico - educação financeira

    Alcance seus objetivos investindo em títulos públicos


    Fazia algum tempo que eu não escrevia sobre títulos públicos, apesar de considerá-los uma das melhores modalidades de investimento para para obter boa rentabilidade com baixo risco.
     
    Para quem ainda não conhece bem sobre os títulos da dívida pública, recomendo a leitura dos artigo da seção Tesouro Direto, pois temos muito conteúdo sobre o assunto no Quero Ficar Rico.


    Alcance seus objetivos investindo em títulos públicos


    Entretanto não podemos investir sem objetivos. Precisamos deles até para nos motivarmos a investir e alcançar algo. Para tanto, é necessário transformar essas metas em objetivos financeiros, para podermos mensurar o andamento do processo. Escrevi o artigo “Defina objetivos financeiros” para tratar deste tópico e sugiro a leitura antes de continuar este artigo.

    O intuito deste artigo é mostrar como é possível alcançar seus objetivos financeiros utilizando títulos da dívida pública, disponíveis através do Tesouro Direto, coincidindo o prazo dos objetivos com as datas de vencimento dos títulos públicos.



    Preços, taxas e vencimento

    Ao acessar a tabela de preços e taxas dos títulos públicos, é possível notar que todos os títulos, sem exceção, possuem uma data de vencimento. Trocando em miúdos, existe uma data onde o montante aplicado, acrescido dos juros, é devolvido para o investidor.

    Para saber mais, sugiro a leitura do artigo “Preços e taxas dos títulos públicos“, onde esclareço com detalhes cada coluna da tabela.


    Objetivos financeiros

    Todos nós temos objetivos. E certamente boa parte deles pode ser convertido em valor monetário e ter um prazo.

    Vejamos alguns exemplos:
    trocar de carro,
    fazer uma viagem nas férias,
    comprar um imóvel
    ou poupar para aposentadoria.

    Para cada um, é possível definir um valor (quanto pretendo gastar) e um prazo (quando pretendo efetuar o gasto).

    O foco, portanto, é tentar “encaixar” o quanto e quando de cada objetivo financeiro em algum dos títulos públicos disponíveis para compra. Afinal existem títulos com data de vencimento deste 01/01/2012 até 15/05/2045!



    Quero fazer uma viagem em janeiro de 2013


    O orçamento está apertado e talvez não seja possível fazer uma grande viagem no próximo ano. Mas que tal se preparar para fazer essa viagem em 2013? Uma opção para realizar este objetivo é investir em LTN (Letras do Tesouro Nacional), título prefixado com vencimento em 01/01/2013.
    Além da segurança e ótima rentabilidade, você já desde o início quanto seu título vai render até a data esperada. Assim você saberá exatamente quando e quanto receberá ao final do período.



    Quero poupar para pagar a faculdade do meu filho

    Seu filho ainda tem 5 anos, mas você já está pensando no futuro dele e também nas altas mensalidades cobradas pelas faculdades privadas. Portanto você tem 13 anos pela frente para acumular o máximo possível para não passar por dificuldades quando o momento chegar.

    Pensando nisso, que tal investir em NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional), título indexado à inflação com vencimento para 15/08/2024? Investindo neste título, não é necessário se preocupar nem com a possibilidade de desvalorização do dinheiro aplicado, no caso de alta inflacionária, pois essa modalidade garante ganho real (acima da inflação) por volta de 6% ao ano.



    Quero investir para ter uma aposentadoria tranquila

    Você já definiu que quer se aposentar em 2035 e sabe quanto deseja receber mensalmente? Então não falta mais nada, pois o título ideal para esse objetivo já existe: NTN-B Principal com vencimento para 15/05/2035.

    Assim como no caso da faculdade, o principal fator para objetivos de longo (ou longuíssimo) prazo é buscar ganhos reais (acima da inflação), evitando assim o risco de um período de alta inflacionária corroer seu investimento.



    Conclusão

    É importante deixar claro que os títulos públicos são ótimos investimentos, mas não são os únicos nem necessariamente os melhores para você.

    Também não devem ser a única modalidade de investimento.

    É primordial diversificar, até para diluir o risco, mesmo que já seja baixo. Afinal não podemos colocar todos os ovos numa mesma cesta.

    Além disso, essa combinação “objetivos financeiros + títulos públicos” serve apenas para ilustrar que é possível investir de uma forma lúdica e, ao mesmo tempo, responsável, tornando o exercício do investimento prazeroso e desafiador.

    Sempre bom lembrar também que para prazos mais longos é possível correr riscos maiores, em busca de rentabilidades melhores.

    Procure por boas oportunidades no mercado imobiliário (terrenos, por exemplo) ou até o mesmo no mercado de ações.

    Por fim, deixe um comentário e compartilhe sua opinião conosco sobre como investe para atingir seus objetivos financeiros.







    Publicado em 14.06.2011 por em Tesouro Direto



    Imagem de Rafael Seabra

    Rafael Seabra é educador financeiro, MBA em Finanças pelo Ibmec, editor do Quero Ficar Rico, um dos sites de maior audiência do país na área de Educação Financeira, e autor do livro Como Investir Dinheiro.


    fonte: Quero ficar rico - educação financeira

    Quando investir no Tesouro Direto se torna arriscado

    Os leitores do Quero Ficar Rico já estão “cansados” de saber que o Tesouro Direto é um dos melhores investimentos em renda fixa disponível no mercado. Além disso, o investimento em títulos públicos é muito seguro e o risco é baixíssimo.
    Quando investir no Tesouro Direto se torna arriscado
    Entretanto quando o investidor precisa vender o título antes do vencimento, a rentabilidade acertada no momento da compra é desconsiderada (ela só é garantida para quem permanece com o título até o vencimento), existindo até a possibilidade de perder dinheiro.

    Não é a toa que existem títulos com vencimentos que vão desde 2013 até 2045. O objetivo dessa variedade é oferecer várias possibilidades para o investidor, de forma que ele possa comprar o título mais adequado para seus objetivos.



    Por que vender o título antes do vencimento é arriscado?


    Expliquei no artigo “Entenda a queda das taxas de juros dos títulos públicos” que é a taxa Selic que determina as taxas de todos os títulos ofertados, independente dele ser prefixado, indexado ao IPCA ou indexado à própria Selic.

    Quem acompanha os preços e taxas dos títulos públicos há algum tempo, já deve ter percebido que quando a Selic está em tendência de alta, tanto as taxas da LTN e NTN-B quanto a parte prefixada da NTN-B e NTN-B Principal sobem. Já quando a Selic está em queda, essas taxas diminuem.

    Como as taxas dos títulos variam ao longo do tempo, consequentemente os preços dos títulos também variam. E a variação é inversamente proporcional. Se as taxas sobem, os preços caem. Se as taxas caem, os preços sobem.

    Vamos dar um exemplo com a LTN para ilustrar. Para quem ainda não sabe, o valor de qualquer LTN no vencimento é R$ 1.000,00. O preço atual da LTN nada mais é que R$ 1.000,00 descontado pela taxa atual.
    Dessa forma, o preço da LTN 010113 é R$ 889,97 (em 27/10/2011) porque a taxa de compra é 10,47% a.a.. Em outras palavras, se você descontar R$ 1.000,00 de 01/01/2013 até hoje (27/10/2011) a uma taxa de 10,47% a.a., encontrará exatamente R$ 889,97.
    Raciocinando nessa linha, é fácil entender que se a taxa for maior, o desconto será maior e o preço, consequentemente, menor. De forma análoga, se a taxa for menor, o desconto será menor e o preço será maior.

    O risco de vender um título antes do prazo reside exatamente aí. Se você compra uma LTN com taxa de 10% a.a. e a taxa sobe exatamente no dia seguinte, preço desse título cairá. Se você vendê-lo no dia seguinte, terá prejuízo! Se ainda não conseguiu entender, recomendo a leitura do artigo “Títulos públicos com rentabilidade negativa“.



    Acho que entendi… mas quero um exemplo real!

    Muito simples! Basta consultar a tabela de rentabilidade do Tesouro Direto e você verá várias “aberrações”. Enquanto todos os títulos atualmente oferecem uma rentabilidade que varia entre 10,5% a.a. e 12% a.a., observe, na tabela abaixo, a rentabilidade de alguns títulos ao longo do tempo:


    Rentabilidade do Tesouro Direto
    Rentabilidade do Tesouro Direto (27/10/2011)

    É possível observar, por exemplo, que NTN-B Principal (com vencimento em 15/05/2035) teve uma queda de 6,56% apenas no mês anterior. Já a NTN-B Principal (com vencimento em 15/05/2015) rendeu mais quase 17% (exatos 16,72%) nos últimos 12 meses.

    O mais importante disso tudo é que a rentabilidade passada dos títulos públicos não deve influenciar sua decisão pela compra do título A ou B. Essas rentabilidades apenas refletem variações de taxas que os títulos sofreram ao longo do tempo, mas não muda em nada a taxa acertada no momento da compra.


    Conclusão

    Se você investe (ou pretende investir) no Tesouro Direto, escolha o título de acordo com o prazo dos seus objetivos.

    Se você precisará no dinheiro depois de 2 anos, não faz sentido comprar um título com prazo de 10 anos. Você correrá um risco desnecessário.

    No artigo “Alcance seus objetivos investindo em títulos públicos“, mostrei que existem títulos para todos os gostos e objetivos. Desde uma viagem para as férias de 2013 até o planejamento para aposentadoria em 2035, sempre haverá um título que se “encaixa” na sua necessidade.

    Decidir pela compra da LTN 010115 (11,24% a.a.) ao invés da LTN 010113 (10,47% a.a.) só porque a taxa da primeira é maior, mesmo sabendo que você precisará do dinheiro em 2013, significa que você está correndo um risco desnecessário.

    Lembre-se: a taxa de compra só é garantida se você permanecer com o título até o vencimento.


    Publicado em 28.10.2011 por em Tesouro Direto

    Imagem de Rafael Seabra

    Rafael Seabra é educador financeiro, pós-graduado em Finanças pelo Ibmec, editor do Quero Ficar Rico, um dos sites de maior audiência do país na área de Educação Financeira, e autor do livro Como Investir Dinheiro.

    fonte: Quero ficar rico - educação financeira

    SEGURO DE VIDA

    Como economizar no seu seguro de vida


    Segundo especialistas, fumantes, idosos e até prefeitos pagam mais pelas apólices. Entenda situações que encarecem o contrato e confira dicas do iG Economia para calcular e fazer o negócio mais barato



    Saiba como calcular e economizar no seguro de vida

    Fumantes, idosos e até prefeitos pagam mais pelas apólices, segundo especialistas; crescimento do setor deve ficar entre 13% e 15% este ano no Brasil

    Danielle Brant- iG São Paulo |

    Getty Images
    Faixa etária e hábitos de vida saudáveis contam na hora de pagar seguro mais barato

    Pensar na morte não é muito agradável, mas, quando se trata de planejamento financeiro, todas as cartas devem ser colocadas na mesa. Se contratar um seguro de vida já foi visto como desnecessário ou ímã de mau agouro, hoje se tornou algo que pode evitar que uma família enfrente dificuldades em caso de falecimento do principal provedor.
    Segundo Bento Zanzini, diretor-geral desse segmento no grupo Banco do Brasil-Mapfre, graças a essa mudança de pensamento o setor de seguros cresceu em torno de 14% ao ano na última década. Para 2013, a projeção é de que o avanço fique entre 13% e 15%.


    Mais: Site que tenta ser "Decolar.com dos seguros" fecha 1º ano com 4 mil clientes


    “Fizemos pesquisas de mercado e percebemos que faltavam duas coisas para impulsionar o mercado: sobra de dinheiro e cultura de planejamento financeiro de longo prazo”, explica. O produto começou a se popularizar junto à classe média principalmente depois que o Brasil superou a época de hiperinflação, que corroía os ganhos de qualquer tipo de poupança.
    Para Mário Sérgio de Almeida Santos, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), o seguro de vida é indicado para todas as pessoas economicamente ativas. “Na falta do gestor da família, a família pode perder o padrão de vida”, diz. E é para evitar isso que o cálculo da apólice considera a renda mensal do contratante e por quanto tempo o valor conseguirá sustentar mulher e filhos, por exemplo.


    Também: Seguros para a classe C podem ser feitos em lotéricas, a partir de R$ 30 por ano


    “A partir do falecimento do provedor, até que a família se reequilibre são necessários de dois a três anos. Por isso, o cálculo da apólice, nesse caso, seria de 24 a 36 vezes o salário mensal do provedor”, explica Zanzini, do BB-Mapfre. “Nesse tempo vai passar o estado de choque da família, a esposa vai ter uma renda de sobrevivência, vai voltar a trabalhar e retomar a vida”, diz.
    O valor do seguro de vida varia de acordo com a idade de quem contrata a apólice. “O seguro de R$ 100 mil de um jovem de 25 anos pode custar R$ 17, enquanto o de um idoso de 65 anos pode chegar a R$ 1.700”, diz Santos. Ou seja, o valor mensal é calculado a partir da probabilidade de o segurado vir a morrer nos próximos anos. A partir daí, o reajuste ocorre do mesmo jeito que nos planos de saúde: conforme o cliente passa de uma faixa de idade para outra, o valor pago pelo seguro sobe. Já o total da apólice é reajustado por índices relacionados à inflação.




    Dicas para contratar um seguro

    Algumas situações podem encarecer o seguro de vida. Fumantes pagam mais caro, enquanto pessoas que praticam exercícios ou possuem hábitos de vida saudável têm benefícios. Já atletas adeptos de modalidades mais arriscadas, como motociclismo ou automobilismo, também desembolsam mais. “O mesmo ocorre com envolvidos em política, senadores, prefeitos, pelo risco maior de sofrer algum atentado”, explica Zanzini.
    Essas circunstâncias devem ser citadas ao preencher o formulário com a proposta do seguro. “Há perguntas para saber se a pessoa recebeu algum diagnóstico de doença, podem até ser solicitados exames para comprovar que a saúde está em dia”, diz o diretor do Banco do Brasil-Mapfre.


    E mais: Seguro de pessoas cresce 19% e atinge R$ 1,8 bilhão em maio


    Ser honesto nessa hora fará a diferença no futuro, ressalta Santos. Isso porque, em caso de óbito, a seguradora envia ao médico que acompanhava a situação de saúde do segurado um questionário. Caso seja constatado que o cliente tinha doença pré-existente, a família pode ficar sem receber nada, e também pode perder o direito de reaver o dinheiro pago ao longo dos anos.
    Além de morte natural, os seguros podem cobrir ainda morte por acidente, invalidez permanente e até doenças específicas, como o câncer de mama. “Algumas seguradoras adiantam parte do valor do seguro para que a pessoa possa usar em seu tratamento. Caso se cure, a diferença é acertada em prestações futuras”, diz Santos, do Sincor-SP. Fora a indenização, a apólice pode incluir acompanhamento médico e psicológico.


    Leia: Vale a pena fazer um microsseguro?


    Antes de assinar um contrato, a dica geral é verificar se o produto é registrado na Superintendência de Seguros Privados (Susep), o que pode ser feito pelo próprio site do órgão público. O alerta também vale para corretores e representantes de corretoras.
    E, mais importante que o valor da apólice, é o que ela contempla. Antes de olhar o preço, veja o que o produto oferece em caso de alguma eventualidade. “Vemos o mercado de maneira otimista. À medida que mais pessoas possam acessá-lo, elas tomam consciência de sua importância e contam para as outras”, conclui Zanzini.

    FONTE: IG ECONOMIA

    RISCO PARA OS JOVENS

    Estudo da OIT citou falta de perspectiva entre jovens
    BBC Brasil (© BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.)

    Desemprego entre jovens faz crescer risco de 'geração perdida', alerta OIT


    Desemprego entre jovens faz crescer risco de 'geração perdida', alerta OIT


  • "Desemprego / AP"


    O aumento do número de jovens desempregados no mundo tem elevado os riscos do surgimento de uma 'geração perdida', com milhares de recém-formados fora do mercado de trabalho e descrentes sobre seu futuro, apontou nesta segunda-feira um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    De acordo com a mais recente edição do estudo 'Tendências Mundiais de Emprego', a proporção de jovens desempregados no mundo aumentou para 12,6% em 2012, e deve crescer ainda mais pelos próximos anos, podendo chegar a 12,9% em 2017.

    A pesquisa estima que 73,8 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos no mundo estão sem trabalho, de um total geral de 197 milhões, e que a frágil recuperação da atividade econômica pode elevar em 500 mil o número de desempregados nessa faixa etária já em 2014.

    O relatório revela que, nos últimos anos, em parte devido à crise financeira, muitos jovens recém-formados não conseguem encontrar emprego, permanecendo fora do mercado de trabalho formal durante muito tempo, o que pode não só prejudicar as suas perspectivas de carreira, como, a longo prazo, também o próprio crescimento da economia mundial.

    Segundo o estudo da OIT, tal situação extrema nunca foi observada em crises financeiras anteriores.

    A título de exemplo, atualmente, 35% de todos os jovens desempregados nas economias avançadas estão desempregados por seis meses ou mais tempo, ante a 28,5% em 2007, destaca a pesquisa.

    Como resultado, um número cada vez maior de pessoas entre 15 e 24 anos 'tem perdido as esperanças em encontrar um emprego e desistido do mercado de trabalho'.

    Entre os países europeus, o problema é ainda maior, com 12,7% de todos os jovens do continente sem emprego e sem estar estudando ou fazendo cursos de treinamento, uma taxa dois pontos percentuais maior do que no período pré-crise.

    'Esses longos períodos de desemprego e desânimo no início da carreira de uma pessoa podem prejudicar as suas perspectivas de longo prazo, uma vez que suas habilidades profissionais e sociais, além da experiência prática, não são construídas', diz o relatório.

    O estudo sinaliza que, desde 2007, quando a crise financeira mundial ainda não havia eclodido, o número de pessoas entre 15 e 24 anos sem trabalho aumentou em 3,4 milhões.

    A OIT acrescenta que tal aumento no contingente de jovens desempregados também foi acompanhado pela saída de milhares deles do mercado de trabalho formal.

    Na prática, segundo o órgão, no ano passado, foram contratados 22,9 milhões de pessoas a menos nesta faixa etária do que em igual período de 2007.
    Mundo


    Desemprego / Reuters
    "Desemprego / Reuters"


    A OIT também analisou um panorama das tendências de emprego globalmente. As perspectivas da entidade, entretanto, não são positivas.

    O relatório indica que o desemprego em 2012 voltou a subir depois de dois anos de queda e poderá aumentar ainda mais neste ano.

    Segundo a pesquisa, aproximadamente 25% do aumento do número de pessoas sem trabalho veio dos países ricos, enquanto o restante foi dividido em economias em desenvolvimento, no leste e no sul da Ásia e na África subsaariana.

    'Um panorama econômico incerto, e a falta de uma política adequada para solucioná-lo, enfraqueceu a demanda agregada, freando o investimento e o emprego', afirmou por meio de um comunicado o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

    'Isso prolongou a queda do mercado de trabalho em muitos países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego em alguns países que previamente haviam reduzido o desemprego e os mercados de trabalho dinâmicos', acrescentou Ryder.

    Por outro lado, o relatório também destaca que o contingente de trabalhadores com rendimento de classe média vem aumentando, especialmente em locais como a América Latina, o que pode servir de estímulo para a retomada da economia global.

    Mas apesar de elogiar o desempenho da região, o estudo assinala que a produtividade do trabalhador, ainda que tenha aumentado, deve cair nos próximos anos, constituindo uma das maiores barreiras para uma melhora na qualidade de vida e nas condições de trabalho.



    Respostas coordenadas

    Ryder sugeriu que os países busquem 'respostas coordenadas' à crise como estratégia para ampliar o número de empregos e reduzir o índice de pessoas fora do mercado de trabalho.

    'A natureza global da crise mostra que os países sozinhos não podem resolver seu impacto apenas com medidas domésticas', disse. 'A incerteza, que afasta investimentos e a criação de empregos, não cessará se os países apresentarem soluções conflitantes.'



    Atualizado: 22/01/2013 06:03 | Por BBC, BBC Brasil

    BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

    FONTE: MSN

    segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

    Mercado volta a elevar projeção de inflação e reduzir PIB em 2013

    Para o Produto Interno Bruto (PIB) o mercado agora projeta avanço de 3,19% em 2013, ante expansão de 3,20% vista para 2013 na semana anterior


    Reuters |


    Reuters


    O mercado voltou a elevar a projeção de inflação e a reduzir a de crescimento econômico neste ano, ao mesmo tempo em que manteve a perspectiva de que a taxa básica de juro Selic será mantida em 7,25% ao longo de 2013, de acordo com pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
     
    Os analistas consultados estimam agora que o IPCA encerrará este ano a 5,65%, contra expectativa anterior de alta de 5,53%.
     
    Para o Produto Interno Bruto (PIB) o mercado agora projeta avanço de 3,19% em 2013, ante expansão de 3,20% vista para 2013 na semana anterior.
     

    FONTE: IG ECONOMIA

    Como ficam poupança e renda fixa com Selic estável em 2013

    Mais uma vez Banco Central mantém a taxa básica de juros em 7,25%, mantendo a rentabilidade para poupança e aplicações de renda fixa no início de 2013

     
     
     
    stock.XCHNG
    Cofre de porquinho
    Selic estável reduz a chance de grandes ganhos na renda fixa

    São Paulo – Na primeira reunião do Copom em 2013, o Banco Central manteve a taxa Selic em 7,25% ao ano nesta quarta-feira. Isso significa que não há alterações no rendimento da caderneta de poupança e nas demais aplicações de renda fixa atreladas à taxa básica de juros e ao CDI, como fundos DI, alguns títulos do Tesouro Direto e os CDBs. Para o mercado, esse patamar de Selic veio pra ficar: de acordo com o último Boletim Focus, 2013 deve terminar com essa taxa de juros.
    Ou seja, se esta previsão se concretizar, os rendimentos das aplicações atreladas à taxa de juros, que são as mais seguras e que podem ser resgatadas a qualquer momento sem perdas, ficarão assim até o fim deste ano:


    Prazo de investimento Velha poupança* Nova Poupança* CDB 90% do CDI Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. Tesouro Direto**
    6 meses 3,04% 2,48% 2,48% 2,37% 2,64%
    12 meses 6,17% 5,03% 5,20% 5,00% 5,54%
    18 meses 9,39% 7,63% 8,18% 7,89% 8,72%
    24 meses 12,72% 10,30% 11,08% 10,73% 11,83%
    25 meses 13,28% 10,76% 11,92% 11,56% 12,73%

    (*) A TR foi considerada zero, pois varia de acordo com a data de aniversário da aplicação e, atualmente, a taxa média mensal tem se aproximado de zero.
    (**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto



    As rentabilidades da tabela estão líquidas de Imposto de Renda, cobrado a todas as aplicações de renda fixa, com exceção da poupança. É por isso que a caderneta, mesmo sob as novas regras que a remuneram em 70% da Selic mais TR, chega a render mais que as demais aplicações nos prazos mais curtos, quando incide sobre os rendimentos da renda fixa uma alíquota de IR maior. Agora você pode calcular o rendimento dessas aplicações por meio da calculadora comparadora de rentabilidades de EXAME.com, elaborada pelo professor da FGV Samy Dana.

    Mesmo que a taxa de juros não se mantenha intocada por mais um ano, é possível que o Banco Central faça pequenos ajustes para cima ou para baixo ao longo desse período. O que, na prática, não muda muita coisa para o pequeno investidor. Trata-se, aparentemente, de uma era de juro mais baixo e razoavelmente estável, em que convém observar certos pontos na hora de investir em renda fixa.
    Um deles são os custos dos investimentos, na forma da taxa de administração de fundos e do Tesouro Direto, por exemplo. Isso porque dependendo do prazo, a cobrança de IR e as taxas cobradas para investir podem se tornar bem pesadas sobre uma rentabilidade bruta tão modesta quanto 7,25% ao ano.

    A poupança não tem custos nem sofre a incidência de IR. Mas, no momento, CDBs devem pagar mais de 90% do CDI para serem mais vantajosos que a poupança, em função do imposto de renda. Já os fundos DI precisam cobrar no máximo 0,7% ao ano para serem mais vantajosos que a poupança em qualquer prazo.

    Pelo mesmo raciocínio, para que as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) sejam mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo, é preciso que a corretora não cobre mais que 0,3% ao ano de taxa de administração. Algumas chegam a “cobrar” taxa zero. Mas para quem está disposto a deixar o dinheiro aplicado por mais de um ano, a corretora pode cobrar uma taxa de até 0,7% ao ano que o Tesouro Direto mantém sua vantagem sobre a poupança. Isso porque o Tesouro Direto já tem um custo fixo, a taxa de custódia de 0,3% ao ano, cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A taxa de negociação de 0,1% foi abolida no início deste ano, deixando o Tesouro Direto mais rentável.


    • Outros títulos do Tesouro perdem seu maior atrativo
    O Tesouro Direto oferece ainda outros dois tipos de títulos públicos: as NTN-Fs e LTNs são prefixadas, isto é, acordam uma taxa de juros a ser paga no momento da compra; já as NTN-Bs têm uma parte da remuneração prefixada e outra parte pós-fixada atrelada à inflação pelo IPCA.

    Para quem compra esses títulos e os mantém até o vencimento, investir neles é apenas outra forma de investir em renda fixa. No primeiro caso, já sabendo a rentabilidade final, independentemente da taxa de juros; no segundo caso, protegendo o patrimônio da inflação. Contudo, esses títulos se valorizam
    bastante quando a Selic está em queda, sendo possível lucrar com sua venda antes do vencimento.

    De fato, esses títulos tiveram grandes ganhos desde que o ciclo de cortes na Selic começou. No ano
     passado, foi uma NTN-B a aplicação que mais se valorizou, com alta de quase 50%. Porém, quem investir neles agora, provavelmente não verá os mesmos ganhos com valorização durante um bom tempo. Com estabilidade na taxa de juros, os títulos prefixados tornam-se mais vantajosos para quem quer carregá-los até o vencimento, sabendo exatamente quanto vai ganhar. E as NTN-Bs mantêm, como sempre, a vantagem de sempre pagar uma rentabilidade pré-acordada acima da inflação.

    A boa notícia para esses títulos é que, se não houver mais cortes na Selic por um bom tempo, os
    novos títulos ofertados ao mercado não terão taxas prefixadas ainda menores. Se antes do início da queda dos juros ainda era possível encontrar NTN-Bs que pagavam mais de 5% ao ano acima da inflação, hoje em dia não dá para encontrar NTN-Bs que paguem mais do que 4% ao ano de juro real, e isso para prazos bem longos. A má notícia é que, se os juros também não subirem por um bom tempo, não serão ofertados novos títulos com taxas prefixadas mais altas para prazos mais curtos.


    Size_80_julia-wiltgen-140x105

    , de    EM 16/01/2013

    FONTE: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/renda-fixa/noticias/como-ficam-poupanca-e-renda-fixa-com-selic-estavel-em-2013?page=2

     

    Ainda é vantagem investir nos fundos mais rentáveis de 2012?

    Saiba como funcionam os fundos de inflação, os mais rentáveis do ano passado, e se ainda dá para ganhar dinheiro investindo neles

     
     
     
    Donald Cook/SXC
    Escultura de dragão
    Dragão da inflação: fundos que investem em papéis atrelados a índices de preços foram os melhores do ano passado

    São Paulo – Os fundos mais rentáveis do ano passado foram aqueles classificados como Renda Fixa – Índices pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Na média, esses fundos obtiveram rentabilidade de 21,71%, contra 8,36% do CDI – taxa de juro que se aproxima da taxa básica da economia – e 7,40% do principal índice da Bolsa, o Ibovespa.

    Mas apesar de serem fundos de renda fixa, esses fundos de investimento não são tão familiares para o investidor brasileiro, há muito acostumado à poupança, aos fundos DI e aos fundos de renda fixa comuns. Chamados também de fundos de inflação, esses produtos investem em papéis de renda fixa públicos ou privados atrelados a índices de preços, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

    Outra particularidade dos fundos de inflação é que, assim como os demais fundos de renda fixa tentam vencer o CDI, os fundos de renda fixa – índices tentam acompanhar ou bater índices de renda fixa chamados IMAs (Índices de Mercado Anbima). Esses índices replicam o desempenho de uma carteira teórica de títulos públicos de determinada natureza, assim como o Ibovespa replica o desempenho de uma carteira teórica de ações.
    Normalmente, os fundos de inflação seguem o IMA-Geral, cuja carteira teórica é composta por títulos pré e pós-fixados, além daqueles atrelados à inflação; ou o IMA-B, cuja carteira teórica contém apenas os títulos atrelados à inflação, as Notas do Tesouro Nacional-série B (NTN-B). Esses títulos já começam a fazer parte do repertório do investidor pessoa física, que pode comprá-los diretamente no Tesouro Direto, plataforma online de negociação de títulos do Tesouro Nacional.
    Os fundos de inflação, portanto, basicamente investem em títulos públicos ligados à inflação, além de um ou outro papel privado atrelado a índice de preços. A carteira é composta por títulos de diferentes vencimentos, e pode ainda tentar seguir uma subdivisão do IMA-B: o IMA-B 5, para fundos que investem em papéis de prazos inferiores a cinco anos; e o IMA-B 5+, para fundos que investem em papéis de prazos superiores a cinco anos.
     
     
     
    • Ganho em 2012 se deveu à queda da Selic
     
    Mas por que investir em fundos de renda fixa – índices se o investidor pode comprar NTN-B de vários prazos diretamente pelo Tesouro Direto, por quantias modestas? Por ter uma gestão profissional, os fundos de inflação compram e vendem títulos de modo a ganhar não só com sua rentabilidade – inflação mais um percentual prefixado – mas também com a valorização dos papéis.
    Desde 2011, as NTN-B vêm se valorizando bastante, em função da queda nos juros reais (diferença entre a taxa básica de juros, a Selic, e a inflação). Como uma parte de sua remuneração é prefixada e a outra parte é pós-fixada à inflação, o comportamento dos preços desses títulos é de alta quando a Selic está em queda. Assim, antes de a Selic entrar nesse ciclo de cortes, era possível encontrar no mercado NTN-B que pagava juro de 4% a 6% mais IPCA, dependendo do prazo. Hoje, a parte prefixada da remuneração desses papéis não ultrapassa mais 4% para os prazos mais longos.
     
    Ou seja, pela marcação a mercado, as NTN-B que pagavam 6% de juro real se valorizaram quando a Selic foi reduzida. “Como esses fundos têm marcação a mercado e houve grande procura por esses títulos, os preços subiram e a expectativa de uma taxa de juros ainda menor se refletiu no valor das cotas”, explica Beto Domenici, estrategista da gestora Rio Bravo.
    É por isso que o investimento em títulos desse tipo pode ter rendimentos de dois dígitos. Bons gestores conseguem, inclusive, superar os IMAs. No ano passado, o IMA-B superou os 25%, e o IMA Geral fechou em 17,73%.
     
     
     
    • Riscos

    Acontece que os fundos de renda fixa – índices são mais arriscados que os fundos de renda fixa comuns, que tentam apenas bater o CDI. É que assim como as cotas se valorizam quando a Selic está em queda, quando a taxa de juro volta a subir – ou ao menos quando esta é a expectativa do mercado – o rendimento pode ser negativo. As oscilações nos valores das cotas são bruscas em comparação com outros fundos de renda fixa. “O fundo de inflação tem volatilidade em torno de 4% ou 5% ao ano, o que é comparável aos fundos multimercados mais agressivos. A volatilidade de um fundo atrelado ao CDI é de 0,5%”, diz Domenici.
    Se houvesse uma reversão de expectativas em relação à taxa Selic, o fundo ficaria com desempenho negativo pelo menos por alguns meses. Depois haveria uma correção e ele voltaria a render. Se o investidor for paciente e deixar o dinheiro no fundo por mais tempo, não corre o risco de perder dinheiro. A perda pode ocorrer se ele se desesperar e sacar na hora errada, quando as cotas estiverem desvalorizando.
    “O investidor tem que estar consciente de que é uma perda temporária. Se ele sai do fundo em um momento de queda, equivale a comprar o ativo na alta e vender na baixa”, explica o estrategista da Rio Bravo. Por outro lado, se sacar na hora certa, o cotista pode ter um grande ganho. Basta que o fundo tenha conseguido se beneficiar de um período de queda nos juros e se valorizado bastante.
    A estratégia dos fundos de inflação pode também ser replicada pelo investidor pessoa física pelo Tesouro Direto, que é livre para comprar NTN-B de vários prazos e especular com elas, vendendo-as antes do vencimento para embolsar ganhos. Porém, essa prática pode ser arriscada, pois demanda conhecimento que o investidor individual pode não deter. O risco de perder dinheiro, nesse caso, é alto.


    • Ainda vale a pena investir nesses fundos?
    O ciclo de queda na taxa básica de juros parece ter chegado ao fim, ao menos por ora. O mercado espera que até o fim de 2013, a Selic permaneça exatamente onde está, em 7,25%. O motivo é a inflação, que já pressiona: no ano passado, o IPCA fechou em 5,84%, bem acima do centro da meta de 4,5% e próximo ao teto de 6,5%. Em função disso, os fundos de inflação já não têm mais tanto espaço para ganhar com valorização.

    “A perspectiva para esses fundos é boa, mas eles não vão ter em 2013 o ganho que tiveram no ano passado. Mas o desempenho vai ser melhor que o dos fundos pós-fixados à Selic. Acreditamos que o governo só vá mexer nos juros no ano que vem, dependendo do nosso crescimento econômico. Achamos que o governo vai fazer de tudo para não aumentar o juro neste ano. A inflação vai ficar um pouco mais alta mesmo, mas IPCA mais 3% já está muito, muito bom”, opina Beto Domenici.
    O diretor da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt, faz um alerta: em função da pressão inflacionária, o mais indicado para quem pretende começar a investir nesse tipo de fundo agora é preferir um fundo que tenha como parâmetro o IMA-B, isto é, que invista em papéis de prazo mais curto, de até cinco anos. Ele considera os fundos de papéis mais longos, que seguem o IMA-B 5+ muito arriscados neste momento.
    “Os fundos de papéis mais curtos são mais raros, mas os de papéis mais longos na verdade estão pagando uma rentabilidade que reflete o passado. Os papéis mais curtos são menos voláteis. Então, na hora da marcação a mercado, o impacto da expectativa de inflação nesses títulos é menor”, diz. Ele explica ainda que quem já investe em fundos mais longos há mais tempo não tem muito com que se preocupar, pois um eventual impacto negativo nas cotas em 2013 não deve ocasionar grandes perdas para quem já obteve tanta rentabilidade no último ano.
    Seja como for, os fundos de inflação têm uma qualidade atemporal: a proteção do patrimônio contra a inflação. Tanto o investimento nesses fundos quanto a aplicação direta em NTN-B fazem com que o investidor não perca seu poder de compra, o que é ideal para planejar despesas de médio prazo que serão afetadas pela inflação, como a entrada em um apartamento, e para planos de prazo mais longo, como a aposentadoria.



    • Quem pode investir nos fundos de inflação?
    Qualquer investidor pode aplicar em fundos de inflação, desde que esteja consciente dos riscos e que use o fundo para poupar para objetivos de médio e longo prazo. “Não pode sacar na hora errada. Não é o dinheiro do dia a dia, é um dinheiro estratégico, que você deixa lá e não mexe”, diz Beto Domenici, da Rio Bravo.
    “É menos para quem e mais para quando: como o desempenho desse fundo flutua em relação à expectativa de inflação, você não vai ver um resultado consistente antes de dois ou três anos de aplicação. Se você sabe que a parcela das chaves do seu apartamento comprado na planta vai vencer daqui a 24 ou 30 meses, já pode ir poupando em um fundo desses, pois essa parcela em geral é corrigida por algum índice de inflação”, diz Paulo Bittencourt.
    Também é importante lembrar que se deve aplicar apenas entre 15% e 30% da cateira de investimentos nesse tipo de fundo. Não dá para prescindir, por exemplo, de aplicações atreladas ao CDI e de alta liquidez para emergências, como CDBs, Letras Financeiras do Tesouro (LFT) ou fundos DI.
    Os grandes bancos já oferecem hoje fundos de renda fixa – índices atrelados ao IMA-B e ao IMA Geral. Existem ainda aqueles que seguem o IRF-M, cuja carteira teórica é composta apenas por títulos prefixados (LTN e NTN-F). Há fundos com aplicação inicial de 1.000 reais. Paulo Bittencourt considera que a taxa de administração não deve ultrapassar algo como 1,20% ou 1,25% ao ano. O fundo de inflação IMA-B 5 da Apogeo, por exemplo, cobra 1% ao ano.
    Eventualmente o fundo de inflação pode cobrar uma taxa de performance, que é um percentual sobre o que exceder o índice que o baliza. No caso do fundo da Apogeo, a taxa é de 20%. Já no fundo Rio Bravo Juros, atrelado ao IMA Geral, essa taxa é de 10%. Em 2012, o gestor levou seu percentual de performance, pois o fundo rendeu 18,98%, acima dos 17,73% do índice, tecnicamente chamado de benchmark.



    Size_80_julia-wiltgen-140x105

    , de      EM 18/01/2013
     

    15 respostas essenciais sobre o Tesouro Direto

    O que um investidor precisa saber para aproveitar os juros bem acima da média internacional pagos pelo governo brasileiro

     
    Reprodução
    Tesouro Direto oferece títulos indexados à inflação
    Site do Tesouro Direto: investimento seguro e com taxas ainda atrativas
    São Paulo – No Brasil, investir diretamente em títulos públicos é uma forma interessante de obter juros ainda elevados com um risco baixíssimo. Qualquer pessoa física pode comprar os papéis por meio de uma plataforma desenvolvida pelo governo que foi batizada de Tesouro Direto. A ferramenta é bastante vantajosa para quem investe em renda fixa devido aos custos reduzidos de transação, mas sua utilização não é tão simples e amigável quanto deveria. Para negociar títulos públicos, o investidor precisa ter conta em corretora e estar familiarizado com papéis com nomes enigmáticos, como NTN-B, LFT e LTN. Para desvendar os segredos da ferramenta, EXAME.com conversou com Beto Veiga, consultor financeiro e autor do livro “Tesouro Direto”. Veja a seguir 15 perguntas e respostas que podem ajudá-lo a negociar títulos públicos (quase) como um profissional:

    1.  Qual é o melhor título público para ser comprado no Tesouro Direto?


    Depende do perfil de risco e do objetivo do investidor. Há três tipos principais de títulos negociados pelo Tesouro Direto: as LFT, as NTN-B e as LTN. Cada um deles serve para diferentes objetivos.

    2. Para quem são indicadas as LFT?
    As LFT (Letras Financeiras do Tesouro) são recomendadas para quem não gosta de correr riscos e para quem pode precisar resgatar o dinheiro a qualquer momento. Não é à toa que esses são os papéis da dívida pública preferidos pelas tesourarias dos grandes bancos e também os que o Tesouro Nacional menos gosta de emitir. As LFT pagam juros equivalentes à taxa Selic (os juros básicos da economia brasileira). O investidor que odeia volatilidade e não suporta a ideia de perder dinheiro - nem que seja apenas por alguns dias ou semanas - deve comprar apenas esses títulos. Os outros, apesar de também serem de renda fixa, podem ter fortes oscilações de valor de mercado, pespegando pesadas perdas aos poupadores que quiserem revende-los antes do vencimento.
    A LFT também é o melhor papel para deixar investida a chamada reserva de emergência. Especialistas em finanças costumam recomendar que qualquer pessoa tenha cerca de seis a nove salários guardados em alguma aplicação com liquidez para usar os recursos somente em casos de necessidade. Uma pessoa que ganha 15.000 reais por mês teria então de separar ao menos 90.000 reais para a reserva de emergência. Esse dinheiro serviria para a pessoa manter o padrão de vida caso fique desempregada ou tenha algum problema de saúde na família, por exemplo.
     
    3. Quem deve investir em NTN-B?
    Esses são os títulos indicados para quem tem um objetivo claro de longo prazo. Alguém que planeja dar a entrada em um imóvel financiado daqui a cinco anos e gostaria que o capital já acumulado fosse remunerado com uma taxa atrativa, por exemplo, deve comprar uma NTN-B com vencimento em 2017. Já alguém que planeja se aposentar daqui a 23 ano deve comprar uma NTN-B Principal 2035, e assim por diante.
    Hoje, as NTN-B pagam ao investidor a inflação medida pelo IPCA mais uma taxa de juros de 5% a 6% ao ano. O investidor que compra esse título tem a segurança de proteger seu dinheiro dos efeitos corrosivos da inflação. O risco que precisa ser aceito é o das oscilações das taxas de juros no Brasil. Se daqui a dois anos os juros reais estiverem em 8%, por exemplo, o investidor que carrega um papel que paga 6% terá de aceitar um grande desconto no valor de mercado ao vendê-lo antes do vencimento. Já se os juros reais caírem para 3% ao ano, esse investidor ganhará um bom dinheiro.
     
    4. E qual é a diferença entre NTN-B e NTN-C?

    As NTN-C são semelhantes às NTN-B, só que o componente variável (a taxa de inflação) é diferente. As NTN-C estão indexadas ao IGP-M (índice que dá maior importância aos preços cobrados no atacado) enquanto as NTN-B pagam o IPCA (índice de preços ao consumidor). O investidor, no entanto, não deve considerar as NTN-C uma opção porque hoje o Tesouro Nacional não emite mais esse papel. Apenas as pessoas que possuem esse tipo de título em carteira podem revendê-lo ao governo. Outro papel público que não está disponível para pessoas físicas via Tesouro Direto é a NTN-D, um título cambial.

     
    5. E as LTN, para quem são ideais?
    O especialista Beto Veiga costuma afirmar ironicamente que a compra de LTN é para quem quer dar uma de George Soros. O título paga uma taxa de juros prefixada. O investidor que comprar o papel vai receber, por exemplo, 11% ao ano até seu vencimento. Para a definição desse percentual, o mercado leva em conta a taxa de juros atual mais as expectativas futuras para a Selic. O investidor vai ganhar dinheiro com a LTN em uma situação em que os juros caiam mais do que o esperado pelo mercado no momento da compra do papel.
    Como é difícil antever o futuro melhor do que grandes bancos, que contam com equipes de economistas inteiramente dedicados a essa tarefa, Veiga aconselha o investidor comum a ser humilde o suficiente para evitar esse papel a não ser em momentos em que pareça muito claro que os juros cairão e permanecerão baixos por muito tempo. As LTN possuem um título-irmão, as NTN-F. A principal diferença entre os dois papéis é que a NTN-F paga uma remuneração semestral (entenda isso na próxima pergunta).
    6. Qual a diferença entre títulos com ou sem cupom?
    Pelo Tesouro Direto, é possível comprar títulos com cupom semestral (NTN-B e NTN-F) e sem cupom semestral (LTN, NTN-B Principal e LFT). O cupom é o pagamento de juros do papel. Uma NTN-F com cupom semestral de 5% e valor de mercado de 1.000 reais, por exemplo, vai pagar 50 reais de juros ao investidor a cada seis meses. O termo “cupom” vem do tempo em que os títulos públicos eram impressos em papel e possuíam pequenos cupons que eram destacados e trocados pelo equivalente em dinheiro aos juros. Hoje os títulos não são mais físicos, mas o termo continuou a ser usado.
    Beto Veiga só recomenda a compra de títulos com cupom para quem precisa receber os juros dos papéis para “viver de renda”. Os investidores que planejam manter os recursos investidos por longos períodos só vão perder tempo e dinheiro com um título com cupom. A perda de dinheiro acontece porque toda vez que o investidor recebe o cupom paga Imposto de Renda (veja a regra dos impostos logo a seguir). Com um título que não paga cupom, o valor equivalente ao IR só será recolhido no resgate e renderá juros até lá.
    Já a perda de tempo deve-se à necessidade de reinvestir o cupom. Um investidor que tenha apenas 1.000 reais aplicados e receba 50 reais de cupom semestral, por exemplo, não conseguirá reinvestir esse valor porque a aplicação mínima no Tesouro Direto é maior. Para resolver esse problema, o governo estuda duas mudanças na ferramenta: permitir aplicações a partir de apenas 30 reais e criar uma opção de reinvestimento automático do cupom. Não se sabe ainda se haverá cobrança de IR nesses casos.
     
     
    7. Mas como se dá a remuneração dos títulos sem cupom?

     

    Quem compra um título sem cupom tem nas mãos um papel que se valoriza diariamente na proporção da taxa de juros. Imagine, por exemplo, que uma LFT vale 1.000 reais e que a Selic do dia é equivalente a 10% ao ano. No dia seguinte, o papel vai valer 1.000,40 reais. Os 40 centavos são equivalente aos juros de um dia útil para uma taxa de 10% a cada 252 dias úteis. O valor do papel tende a crescer dia a dia até a data do vencimento. Quem vende o título antes disso, portanto, se apropria dos ganhos proporcionais ao tempo em que o carregou.
    8. Que impostos precisam ser pagos no Tesouro Direto?
    A maioria dos investimentos em renda fixa no Brasil está sujeita ao recolhimento na fonte de Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Com o Tesouro Direto, não é diferente. O IOF é cobrado apenas para aplicações com prazo de até 30 dias. Já o Imposto de Renda segue uma tabela regressiva em que a alíquota cai à medida que o tempo passa. Será recolhido na fonte um IR equivalente a 22,5% dos lucros para aplicações de até 180 dias corridos, 20% para prazos entre 181 e 360 dias, 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos por mais de 720 dias.
    É importante notar que os títulos que pagam cupom seguem uma dinâmica própria. O parcela de cupom paga antes de seis meses de investimento será taxada em 22,5%, o pagamento seguinte terá 20% do lucro descontado na fonte, e assim por diante, mesmo que o investidor não se desfaça da aplicação. É por esse motivo que o investidor de longo prazo não deve comprar papéis com pagamento de cupom.
    9. Se eu não conseguir definir que títulos comprar, é uma boa ideia montar uma carteira diversificada com vários títulos?
    No caso do Tesouro Direto, nem sempre diversificar reduz o risco da carteira como na bolsa. O investidor precisa ter cuidado para não fazer uma diversificação burra e comprar, por exemplo, uma LTN pouco antes de o Banco Central começar inesperadamente a subir os juros. A maneira mais simples de ter uma carteira de baixo risco é comprar apenas LFT. A diversificação deve ser feita quando os objetivos de cada porção de dinheiro são diferentes e estão muito bem definidos.
    10. O que preciso fazer para começar a investir?
    É preciso ter uma conta em um banco ou corretora habilitada a intermediar negociações com títulos públicos (quase todas). As negociações poderão ser feitas pelo próprio site da corretora ou pela página do Tesouro Direto. Os títulos podem ser comprados em qualquer dia.
    11. Qual é o custo de investir pelo Tesouro Direto?
    Além dos impostos, os investidores também terão o lucro corroído pelas taxas de negociação e custódia dos títulos. A cada operação, é cobrada uma taxa de negociação equivalente a 0,10% do valor dos papéis. Também existe a taxa de custódia da BM&FBovespa, que alcança 0,30% ao ano. É cobrada semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro ou julho. Por último, existe a taxa de administração da corretora. Os valores cobrados por cada uma variam de zero (Banif, Título, Concórdia, Spinelli e Socopa) a 1% ao ano (TOV). Clique aqui e veja quanto cobra cada instituição.
     
     
    12. Qual é a melhor corretora para investir em títulos públicos?

     

    Não há grandes diferenças entre os serviços prestados por cada corretora no Tesouro Direto. A dica, portanto, é contratar uma das corretoras que cobra as menores taxas de administração. Certifique-se apenas que a instituição possui a infraestrutura mínima necessária para lhe ajudar com suas dúvidas.
    Para quem investe em bolsa, entretanto, a escolha de uma corretora é bem mais complexa. A confiabilidade da rede para o disparo de ordens de compra e venda é importantíssimo para que o investidor não perca a chance de fechar um bom negócio somente porque um site estava fora do ar. Corretoras mais sofisticadas também podem oferecer relatórios de analistas, equipes de profissionais dedicados a tirar dúvidas dos investidores, ferramentas para day trade, opinião sobre operações long and short, assessoria para estratégias com opções e ajuda no cálculo do Imposto de Renda devido, entre outras vantagens.
    13. Como faço para resgatar meu dinheiro?
    Quando compra um título com vencimento em 2035, por exemplo, o investidor não precisará esperar até lá para pegar seu dinheiro de volta corrigido com juros. As aplicações no Tesouro Direto possuem liquidez semanal. O governo recompra os papéis em poder do público todas as quartas-feiras – com exceção das semanas em que há reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), quando as recompras são feitas na quinta-feira. Quando revende um título e resgata seus recursos, o investidor ganha a rentabilidade do papel correspondente até aquela data.
    14. O Tesouro Direto é sempre melhor que a poupança, os fundos de DI e os CDBs?
    Não. Para Beto Veiga, os títulos públicos batem a poupança desde que a Selic esteja em 9% ou mais. Os fundos DI só são mais interessantes que o Tesouro Direto se a taxa de administração do fundo for menor que o custo de transação dos títulos – algo raro. Já os CDBs que pagam 100% do CDI são sempre mais interessantes do que o Tesouro Direto porque não há taxas para a compra dos papéis bancários. O risco de quebra de um banco, entretanto, é bem maior do que o do calote do governo. É interessante, portanto, investir em CDB 70.000 reais ou menos por instituição financeira porque o Fundo Garantidor de Crédito ressarce o prejuízo do investidor até esse patamar em caso de quebra do banco.
    15. Esse é um bom momento para investir em renda fixa?
    Os juros caíram muito no Brasil na última década. O país, entretanto, ainda paga uma das maiores taxas de juros do mundo. Títulos públicos continuam a ser, portanto, uma forma de acumular capital e obter uma remuneração atraente sem correr o risco elevado das aplicações de renda variável nem da abertura de um negócio próprio.
     
    João Sandrini, de     EM 13/01/2012

    No Tesouro Direto, a certeza de ganhar mais que a inflação


    No Tesouro Direto, a certeza de ganhar mais que a inflação


    As NTN-B, papéis indexados ao IPCA, vem ganhando espaço em um mercado pressionado pelas quedas na taxa Selic

    Conheça a característica de cada tipo de papel do Tesouro Direto

    LTN
    Tem rentabilidade prefixada, ou seja, é definida no momento da compra. É ideal para cenários de juros com possibilidade de queda, pois a rentabilidade fica “presa” a um patamar elevado.

    LFT
    Pós-fixado (com o rendimento definido na data de vencimento), é atualizado diariamente com base na Selic. É indicado para cenários em que os juros têm perspectivas de aumento.

    NTN-B Principal
    É um título pós-fixado e seu rendimento é atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O investimento é indicado para quem quer se proteger da inflação. Paga juros só no vencimento do papel.

    NTN-B
    Semelhante à NTN-B Principal. A diferença é que o pagamento dos juros é feito por cupom semestral. Apresenta maior liquidez.

    NTN-F
    Sua rentabilidade é prefixada como a LTN, mas o pagamento dos juros se dá por meio de cupom semestral, da mesma forma que a NTN-B. Indicado para quem acredita que a taxa de juros da economia vai cair.

     
    Como investir

    A aplicação no Tesouro Direto, passo a passo.


    1 Acesse o site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br) e confira as modalidades de títulos (veja acima). Lembre-se que comprar um título equivale a emprestar dinheiro ao governo brasileiro e recolher juros sobre este valor.

    2 Após entender como funcionam os títulos, é necessário escolher um agente de custódia – um banco ou corretora. Eles cobram taxas para fazer a operação. Na página do Tesouro há um link onde estão listados todos os agentes e os valores cobrados por cada um.

    3 Com um agente e senha em mãos, você passa a ter acesso a uma área restrita do site onde poderá comprar os títulos. Você deve escolher a modalidade (atrelado à Selic, ao IPCA ou prefixado) e a data de vencimento do título. Quanto maior o prazo, maior o retorno. O investimento inicial pode ser de R$ 30 a R$ 1 milhão.

    4 O acompanhamento pode ser feito online ou com o seu agente de custódia. Não é preciso esperar o vencimento do título para resgatar a aplicação. O Tesouro faz recompras de papéis às quartas-feiras. No entanto, se for preciso vender os títulos antes da data acordada, os títulos serão comercializados por valor de mercado.

    5 O Tesouro conta com algumas ferramentas avançadas, que permitem realizar compras e vendas programadas com antecedência. Também existe a possibilidade de realizar reinvestimentos automáticos na data de vencimento dos títulos ou dos cupons.
     

    Com rendimentos na casa dos dois dígitos fazendo parte do passado, ter na carteira de investimentos um papel garantido pelo governo que vai pagar inflação mais 4% ao ano até 2017 parece ser um bom negócio. Com rendimentos que variam de 2,95% a 4,6%, as Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) têm sido uma alternativa interessante a outras alternativas de investimento conservador – como a popular poupança, que tem seus rendimentos diminuídos a cada queda na taxa Selic.

    As NTN-B são atreladas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os investidores já notaram a atratividade desses papéis e o resultado tem sido um aumento na proporção desses papéis no total de negócios do Tesouro Direto. De janeiro a junho, o montante aplicado em NTN-B aumentou 21%, enquanto o total aplicado em títulos públicos cresceu 14%.

    “Com juros em baixa, todas as aplicações de baixo risco estão com ganhos muito menores do que antigamente. Os NTNs são interessantes, pois garantem que o valor poupado não será corroído pela inflação”, explica o economista Humberto Veiga, autor do e-book O essencial sobre o Tesouro Direto. Ele alerta, no entanto, que os títulos normalmente têm uma série de taxas que encarecem a compra dos papéis. “É possível negociar com o banco para que ele ofereça tarifas mais em conta. Quanto maior o aporte, mais chances disso acontecer”, aconselha.

    O professor de Finanças da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Pedro Piccoli relembra que, no ano passado, a rentabilidade foi ainda melhor, na casa dos 7%. “Mesmo que hoje as médias sejam de 3,5%, abaixo de patamares anteriores, as NTNs prevalecem diante de outros papéis”, explica.

    Esses títulos contam com várias opções de vencimentos, cada qual com sua rentabilidade prevista. Mesmo com retorno maior, Piccoli explica que nem sempre os investimentos datados para longuíssimo prazo são boas opções. “Existem papéis que vencem em 2025, 2035 e até em 2050, mas são prazos muito extensos e é preciso ter muita segurança sobre o futuro da economia para se planejar desta forma” afirma. Ele explica que por 0,3% a menos, é possível investir em títulos que vencem em 5 anos.

    Mesmo com uma relativa insegurança, os títulos a longo prazo cresceram 27% no primeiro semestre de 2012, frente aos 9% de aumento nos papéis de curto e médio prazo.

    Piccoli pondera que o Tesouro é uma alternativa interessante para quem não precisa dos recursos em breve e pode planejar o retorno do que foi investido. “O problema é quando é preciso retirar o dinheiro antes do planejado. Nesse caso, o investidor vai receber um rendimento estipulado pelo mercado, que pode ser menor”, pondera o professor.



    Publicado em 14/08/2012 | Pedro Brodbeck

    fonte: Jornal Gazeta do Povo