segunda-feira, 11 de março de 2013

CORTE DE IMPOSTOS

Consumidor sentirá só parte do corte de impostos da cesta básica, dizem bancos

Para Bradesco, impacto será sentido já em março; Itaú prevê que carne terá maior queda

Vitor Sorano e Taís Laporta- iG São Paulo | - Atualizada às
 

Apesar dos pedidos do governo, a desoneração da cesta básica, anunciada pelo governo na última sexta-feira (8), chegará apenas parcialmente ao consumidor final, segundo economistas dos dois maiores bancos brasileiros e da Fundação Getulio Vargas (FGV).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
O departamento de pesquisas econômicas do Bradesco projeta que dois terços da desoneração anunciada na sexta-feira serão repassados ao preço dos produtos. Esse impacto começará a ser sentido em março, mas apenas estará completamente integrado em maio. O Itaú Unibanco estima um repasse ainda menor, de apenas um quarto. Nesta segunda-feira (11), o ministro Guido Mantega, da Fazenda, defendeu que o benefício chegasse integralmente ao consumidor final.
 
Para o Itaú, os impactos maiores deverão ocorrer nos preços da carne e do açúcar. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, previu que a carne, que deixou de pagar 9,25% de PIS/Cofins e 5% de IPI, ficaria 6% mais barata. Os demais produtos, cerca de 3%.
“(O repasse menor) acontece porque o varejo há outros custos, como aluguel, energia e propaganda, que não estão se alterando”, argumenta Salomão Quadros, superintendente-adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas.
 
Isso acontece porque o varejo há custos, como aluguel, energia, propaganda, que não se alteram
Na sexta-feira (8), quando anunciou o fim das alíquotas de 9,25% do PIS/Cofins e de 5% do IPI para todos os produtos da cesta básica, a presidente Dilma Rousseff disse contar com empresários para que isso significasse uma redução de "pelo menos" 9,25% no preço das carnes, do café, manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes e nos sabonetes, entre outros.
 
 
 
 
Eficiência limitada na inflação

Zerar os impostos federais da cesta básica é mais uma das estratégias do governo federal para conter a alta da inflação – hoje em 6,31% ao ano, beirando o teto da meta de 6,5% – sem ter que subir os juros. Mas o repasse parcial significa também que a eficiência da medida será mais tímida do que o possível.

O Bradesco estima que o corte dos impostos significará um impacto de -0,4 ponto percentual no IPCA no curto prazo. Se toda a desoneração fosse de fato repassada, a influência seria de -0,6 ponto percentual. Para o Itaú, a medida, em vez do 0,48 ponto, tirará 0,12 do índice – o banco, inclusive, reviu para cima sua expectativa de inflação para março.

“Numa primeira avaliação, o impacto sobre o IPC-BR (FGV) será de aproximadamente -0,3 ponto percentual. Este impacto vai ocorrer ao longo do tempo, à medida que os produtos desonerados na indústria cheguem ao varejo”, diz Quadros.

Para o economista-chefe do BB-DTVM, Marcelo Arnosti, se as medidas do governo não forem suficientes para conter aumento da inflação nos próximos meses, há espaço para uma correção moderada da taxa Selic. “Os juros devem voltar a subir entre 100 e 150 pontos-base este ano”, estima. (BB-DTVM).

FONTE: IG ECONOMIA

INTELIGENCIA SOCIAL & SUA CARREIRA

Como a "inteligência social" pode alavancar sua carreira

Ter bons relacionamentos ajuda a ganhar pontos no ambiente de trabalho. Veja as dicas dos especialistas

Verônica Mambrini, iG São Paulo
Que tal transformar todas as horas gastas em redes sociais num instrumento poderoso para achar uma oportunidade de trabalho incrível? Já pensou em usar sua habilidade como ombro amigo para conseguir um aumento? Habilidades como essas tornam-se competências fundamentais para avaliar sua inteligência social, um conceito novo definido como a capacidade de lidar com as outras pessoas e entender os sentimentos alheios.
Thinkstock/Getty Images
Inteligência social é a capacidade de se relacionar com as pessoas e fazer com que as reações sejam empáticas
Cada vez mais valorizadas em ambientes de trabalho, as habilidades sociais podem ser a diferença entre crescer profissionalmente ou permanecer estagnado. “Se um gênio acadêmico ou técnico aumenta sua habilidade social, torna-se um profissional imbatível”, afirma Alexandre Bortoletto, instrutor da SBPNL – Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.

O conceito é um desdobramento e uma ampliação da teoria das inteligência múltiplas do psicólogo norteamericano da Universidade de Harvard, Howard Gardner. No livro "Estruturas da Mente", Gardner descreve inteligência como a capacidade humana de criar e de resolver problemas e afirma que existem vários tipos de inteligência, todos igualmente importantes.
 
A teoria das inteligências múltiplas já deu origem a pelo menos um best seller, " Inteligência emocional", de Daniel Goleman, que fez sucesso nos anos 1990.
 
Nesse seu novo livro “ Inteligência Social”, Daniel Goleman, afirma que o modo como interagimos influencia nosso comportamento e o funcionamento do corpo, com impactos até na neuroquímica do humor, por exemplo. Além de literalmente, fazer bem para nós, valores positivos, como empatia, altruísmo e generosidade têm poder de nos conectar com outras pessoas e trazem ganhos sociais. E a melhor maneira de desenvolvê-los é praticando. “Mudanças grandes de ambiente são necessárias para desenvolver habilidade sociais”, diz Bortoletto.
 
 
 
 
Se um gênio acadêmico ou técnico aumenta sua habilidade social, torna-se um profissional imbatível.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A professora doutora da FEA-SP e coordenadora do Programa de Vida e Carreira, Tania Casado, no entanto, embora cautelosa em relação a 'termos da moda', concorda. Habilidades sociais, interesse pelos outros e capacidade de estabelecer relações são e sempre foram importantes nas empresas.

Agora preste atenção nas dicas dos especialistas para melhorar suas habilidades sociais no trabalho
 
 
 
Tente imaginar como as pessoas vêem você

Não existe um padrão para uma apresentação pessoal correta: isso depende do meio profissional. Terno bem cortado, postura e linguagem formal podem destoar num ambiente mais descolado, como uma agência de design. A regra é mimetizar. Se quiser ser sempre convidado para o almoço com o pessoal do escritório (e lembrado em projetos e indicações para vagas no futuro), preste atenção na forma que as pessoas se vestem, falam e os assuntos preferidos. Mesmo que não sejam os seus, vale a pena fazer pequenos ajustes.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além do networking, tente causar impressões positivas

Fazer e manter contatos profissionais são componentes da inteligência social, mas não dizem tudo. Todo contato precisa ser associado a uma experiência positiva com o outro. Emails ou ligações inconvenientes podem mais fazer estrago do que trazer benefícios.

Ter um elogio pertinente a algum trabalho recente na ponta da língua ou fazer um comentário interessante podem ajudar o outro a lembrar de você positivamente. “Não significa bajular. A melhor forma de não ser mal interpretado é ter um plano de ação para seu crescimento pessoal”, diz Richeli Sachetti, coach e instrutora da Sociedade Brasileira de Coaching.
 
 
 
Empatia é a palavra-chave para se aproximar de alguém.“Se uma pessoa que fala muito rápido, ao conversar com uma outra, que fala muito devagar, conseguir desalecerar, também vai conseguir entrar na mesma sintonia do outro”, lembra Alexandre. É o tal do “rapport”, expressão francesa que significa estabelecer uma conexão. Uma dica de João Oliveira é escutar mais do que falar. “A briga começa porque alguém interrompe o outro. Quem tem escuta passiva é amigo de todo mundo”, diz o especialista.
 
 
 
A briga começa porque alguém interrompe o outro. Quem tem escuta passiva é amigo de todo mundo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A professora Tania Casado lembra que o sucesso de uma rede profissional depende da simetria na relação.
“Ninguém constrói uma rede sem ter reputação e reciprocidade. Não adianta querer que a rede se mobilize a seu favor, se você não se coloca a disposição dela”, afirma. Ou seja, é preciso ser generoso e disponível para poder contar com os outros. “Isso transmite éticas e valores, porque ninguém chega lá sozinho”, lembra Sachetti.
 
 
 
Mantenha-se conectado com o mundo e use as redes sociais com inteligência

Redes sociais são uma ótima oportunidade para alimentar a engrenagem social a favor da carreira. São um poço de informações sobre cultura organizacional das empresas, perfis profissionais e pessoais, que podem ser usadas para estreitar laços e se adaptar a ambientes. Como num happy-hour, o clima é informal e mais próximo, mas deve-se ter cuidado com gafes, já que o vexame online nem sempre pode ser deletado.
É importante saber ser relevante também. “Quem não tem algum amigo que só posta bobagens? Correntes, solicitações, recomendações: as pessoas perderam a noção e abusam, tratam a rede de relacionamentos com pouco respeito”, afirma Tania. Postar conteúdo de qualidade e ser atencioso com as pessoas é o melhor caminho para se tornar referência e ganhar influência.
 
 
 
 
Descubra o que o seu corpo fala

João Oliveira, autor do livro “ Saiba Quem Está à Sua Frente” (Wak Editora), é especialista em linguagem corporal e dá cinco dicas para você pôr em prática no trabalho. “A mais importante é mover menos as mãos. Quem mexe muito as mãos demonstra ignorância linguística, faltam símbolos verbais”, diz Oliveira. Sorrir é importante, mesmo que o sorriso não seja 100% espontâneo. “As pessoas correspondem”, diz. Mantenha a postura e o ângulo da cabeça em 90º. “Isso demonstra que você é seguro de si.” Ao andar, o ideal é não balançar os braços. Por fim, numa entrevista ou reunião, não bloqueie com bolsa e objetos o caminho entre você e o interlocutor.
 
 
 
Saiba falar, ouvir e, sobretudo, perguntar

Feedback no fundo é como um jogo onde é preciso saber falar, ouvir e perguntar. “Se eu me relaciono bem, escuto melhor meu colega, recebo e dou feedback melhor”, afirma Bortoletto. Richeli Sachetti, coach e instrutora da Sociedade Brasileira de Coaching, afirma que muitas vezes saber onde melhorar é um enigma. “Quando a pesssoa não sabe em qual aspecto ela precisa melhorar, precisa pedir feedbacks específicos”, diz Sachetti. Em outras palavras, quanto mais concretos os exemplos de atitudes e comportamentos que devem ser trabalhados, maiores as chances do feedback trazer mudanças concretas. É preciso saber falar e ouvir de forma racional, de maneira não ofensiva e sem levar comentários para o lado pessoal. “Receber e dar feedbacks são dois lados do mesmo aprendizado. Quem sabe receber críticas e feedback também sabe dar feedback. Eu melhoro para ouvir quando eu aprendo a falar”, recomenda Bortoletto.
 
 
FONTE: IG DELAS - COMPORTAMENTO

NOVA SELIC

Mercado eleva projeção para taxa Selic a 8,0% neste ano

Em mais um ajuste de suas previsões, os analistas consultados pela pesquisa Focus também elevaram a projeção para a inflação neste ano a 5,82%, ante 5,70% anteriormente

Reuters |
 

Reuters


O mercado elevou sua projeção para a Selic neste ano a 8,00%, ante 7,25% atualmente, depois de o Banco Central ter deixado a porta aberta para a elevação dos juros no futuro, mostrou a pesquisa Focus da autoridade monetária divulgada nesta segunda-feira.


Veja também: Copom mantém Selic em 7,25%


Em mais um ajuste de suas previsões, os analistas consultados também elevaram a projeção para o IPCA neste ano a 5,82%, ante 5,70% anteriormente.

Por sua vez, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 é de 3,10%, ante 3,09%.

FONTE: IG ECONOMIA

AD SENSE



MISSÃO EMPRESARIAL TURCA

Brasil: destino da primeira missão empresarial de mulheres turcas

País, 6º fornecedor da UE, tenta diversificar mercados; curiosidade sobre novela marca visita

Vitor SoranoiG São Paulo |
 

Efsane Turan só lamenta duas coisas de sua visita ao Brasil, no início de março. Uma é o pouco tempo para fazer turismo. Outra foi não ter podido assistir mais cenas da novela Salve Jorge.
“Disseram-me que as mulheres usam o lenço com o cabelo aparecendo. Mas, na Turquia, se uma muçulmana usa o lenço, cobre todo o cabelo, por exemplo”, diz ela.
Divulgação/Associação Empresarial Brasil-Turquia
Turcas e brasileiras durante rodada de negócios
Os negócios, que eram o objetivo principal da viagem, correram muito bem – refletindo o que tem acontecido com as vendas da Turquia para o Brasil nos últimos anos. Entre 2007 e 2012, as importações cresceram 360%, para US$ 964 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. As exportações brasileiras aumentaram, só que mais timidamente: 74%, para US$ 1,2 bilhão no mesmo período.
“Receberei uma visita daqui a 15 dias em Istambul, de interessados em nossas bermudas. E há outras pessoas que se interessaram em camisetas”, diz Efsane, diretora da fábrica de roupas masculinas Hatemoglu e uma das 23 mulheres de uma inédita missão empresarial internacional exclusivamente feminina da Turquia.
O evento foi organizado pela Tuskon, a associação industrial do país. O Brasil foi o primeiro destino.
“Para entrar na América Latina, temos que entrar no Brasil”, diz, Yüksel Isik Nalbant, membro da Tuskon e diretora da Ada Trade, de comercialização de máquinas para indústria têxtil e metal-mecânica, não vendo a hora de terminar a rodada de negócios na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). São Paulo nem a assustou.
“É exatamente como Istambul: cheio de gente e de trânsito.“
Segundo Ali Sipahi, diretor da Asociação Empresarial Brasil-Turquia, parte das empresárias fala em voltar para fechar os negócios alinhavados durante a visita.




'Fábrica da Europa'

Sexto maior parceiro comercial da União Europeia (UE), a Turquia tem visto o espaço para os seus produtos diminuírem por lá. Em 2007, o bloco respondia por 3,3% das importações do bloco, parcela que caiu para 2,5% no terceiro trimestre de 2012, segundo dados da Diretoria Geral de Comércio da UE
Vitor Sorano
Efsane Turan durante rodada de negociações
Ainda assim, em 2011, o país vendeu US$ 47 bilhões – 46% das exportações – ao exigente mercado europeu. Um cartão de visitas nada negligenciável na necessária busca por outros parceiros comerciais. O Brasil, com o equivalente a 40% da população do bloco e uma economia relativamente mais aquecida (em 2012, o PIB do País cresceu 0,9% ante uma queda de 0,3% no da UE), é alguém interessante para quem entregá-lo.
“A Turquia é a fábrica da Europa. Todo mundo sabe, na África e no Oriente Médio, que os produtos que compram de países europeus são todos produzidos na Turquia. Então há um alto padrão de produção”, argumenta Efsane, da Hatemoglu e também membro da Tuskon.
O cônsul-geral do país em São Paulo, Özgun Arman, reconhece um interesse crescente dos brasileiros pelo país. "Há voos da Turkish Arilnes quatro vezes por semana para a Turquia, e estão sempre cheios", diz. Segundo ele, o número de turistas brasileiros saltou de 30 mil em 2011 para 100 mil em 2012.
"No voo de volta eu encontrei com um casal de brasileiros e eles me mostraram mais algumas cenas da novela. Não entendi nada, mas deu para ver as roupas", diz Efsane.
Esse maior fluxo, avalia o cônsul, pode ajudar a estimular negócios entre os dois países, mas a similaridade das indústrias e a carga tributária brasileira são vistas como entraves. Atualmente, há 20 empresas turcas no Brasil.
“Acho que os compradores estão conhecendo cada vez mais o mercado turco e isso vai aumentar as exportações, mas as barreiras tarifárias deixam o empresariado turco um pouco tímido para estabelecer negócios no Brasil", diz.


FONTE: IG ECONOMIA

OS HIPERMERCADOS

Hipermercado descobre cidades menores

Grandes redes miram municípios menores e longe de capitais para expandir cadeia de lojas

Agência Estado |
 

Agência Estado


Grandes redes de supermercados miram cidades menores, com cerca de 130 mil habitantes ou um pouco mais e longe das capitais, para expandir a sua cadeia de lojas. A mudança é recente. Foi iniciada nos últimos dois anos e desencadeada pelo elevado custo de expansão nos grandes centros, combinado com o movimento de ascensão das classes com menor renda. Esses dois fatores tornaram os municípios menores mais atraentes como mercado de consumo.
"Cinco anos atrás, se você me perguntasse se eu iria para Paulínia (município do interior do Estado de São Paulo), eu diria que era uma cidade muito pequena. Hoje eu já estou lá", afirma o diretor vice-presidente de negócios do varejo do Grupo Pão de Açúcar, José Roberto Tambasco. Das 12 lojas com a bandeira Extra inauguradas pela companhia no ano passado, oito foram em cidades menores.

Divulgação
Extra: das 12 lojas da bandeira inauguradas no ano passado, 8 foram em cidades menores


"Até 2010, as inaugurações do Walmart eram concentradas nas capitais e nas grandes cidades", diz o vice-presidente do Walmart Brasil, Rafael Vasquez. Já em 2012, cinco das oito lojas abertas foram em municípios com menos de 140 mil habitantes. Mais duas lojas da empresa em cidades pequenas estão com inauguração prevista para este semestre: uma em Sumaré e outra em Assis, ambas no interior do Estado de São Paulo.
Lá o consumo patina e as empresas tentam, de todas as formas, ampliar as vendas. Nos grandes centros, é o custo elevado especialmente da compra de terrenos, que empurra as redes de supermercados para as cidades do interior do País. "O investimento na aquisição de um grande terreno na cidade de São Paulo, por exemplo, é mais que o dobro do que num município do interior do Estado", compara Vasquez.

 

Foco na vizinhança
 
Na análise de Reynaldo Saad, sócio líder da área de varejo da consultoria Delloite, o movimento de ida das grandes redes de supermercados para cidades menores é a segunda batalha da guerra pela hiperconcorrência. "Elas estão sentindo o acirramento da competição nas capitais."
A escolha das cidades menores pelas grandes redes supermercadistas para abrir lojas é ditada pela influência regional do município. "Às vezes a cidade não tem toda essa população, mas funciona como um centro de determinada região", explica Tambasco, do Grupo Pão de Açúcar.
Getty Images
Walmart: Loja aberta em Passos (MG) visa potencial de consumo de 300 mil pessoas em 23 cidades
Como exemplo, ele cita o município de Palmas, no Estado de Tocantins. Palmas é uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. Quando o Grupo Pão de Açúcar decidiu abrir uma loja Extra lá, a empresa avaliou todos os municípios vizinhos, não apenas o potencial da cidade. "Hoje estamos em Palmas com o Extra. Mas tem Atacadão, Makro e as redes locais. Se somarmos a venda de todos, é o dobro do potencial de consumo da cidade", diz Tambasco. Isso é válido para outros municípios, como Campina Grande, a segunda cidade da Paraíba, depois da capital.
Vasquez, do Walmart, faz análise semelhante à do concorrente Pão de Açúcar. Quando a rede decidiu abrir uma loja em Passos, em Minas Gerais, que tem 107 mil habitantes e é a menor cidade onde a empresa está, o critério usado foi a área de influência. Isto é, o potencial de consumo dos 23 municípios num raio de 40 quilômetros de distância, que somam cerca de 300 mil pessoas. "Foi o critério mais importante para a escolha", disse.
Na análise de Tambasco, não existe uma regra de qual é o modelo de loja mais adequado para as grandes redes supermercadistas se estabelecerem em cidades menores. Em Palmas, por exemplo, ele conta que abriu um grande hipermercado. Já em Taubaté e Paulínia, a opção foi por um hipermercado compacto. Procurado, o Carrefour informou que não fala sobre a sua estratégia de expansão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 10 de março de 2013

IR 2013: CUSTO DE ANTECIPAR A RESTITUIÇÃO

TEMOS PADRÃO SUÍCO

Brasileiro tem padrão suíço na hora de comprar tênis, aponta pesquisa

Com renda menor, consumidor gasta quase o mesmo que europeu em calçado esportivo

Vinícius Oliveira- iG São Paulo | - Atualizada às


Perto da Copa de 2014 e das Olimpíadas do Rio, as vendas de calçados esportivos já mostram aquecimento e o consumidor abre o bolso. De acordo com pesquisa da GfK, mesmo com renda anual per capita pouco acima de US$ 11 mil, o brasileiro gasta em média US$ 94 com tênis, padrão semelhante ao do suíço, que despende US$ 100, mas com uma renda cinco vezes maior.
Num setor que deve movimentar US$ 145 bilhões em 2015, o mercado nacional se aproxima do suíço também no segmento de luxo. A pesquisa revela que 10% dos consumidores brasileiros compram modelos acima de US$ 150, padrão próximo ao do país europeu, onde o índice é de 18%.
Esse comportamento não é visto, por exemplo, no Chile, país vizinho, nem na África do Sul, que entrou na pesquisa por ter sido palco da última Copa do Mundo, em 2010. “Existe uma oportunidade para nós se esse preço for mais acessível ao consumidor”, diz Cláudia Bindo, gerente de negócios da GfK.

Wikimedia Commons/Josiah Mackenzie
As corridas de rua movimentam no Brasil cerca de R$ 3 bilhões ao ano, com taxa de crescimento anual de 20%



Atrás do corredor

Com 730 provas de rua, que atraem 4,5 milhões de adeptos, o mercado brasileiro de tênis para corridas é dominado pelas marcas internacionais. Mesmo com impostos de 35% (limite do permitido pela Organização Mundial do Comércio) e de US$ 13,95 sobre pares chineses, as marcas internacionais são líderes na categoria de alto desempenho, com 85% das vendas, contra 15% das nacionais.
Executivos do setor negam que isso encareça o produto vendido no País. “Não tem razão para vender mais caro no Brasil, tendo em vista os eventos que a gente tem pela frente, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, diz Giovani Becker, presidente da Asics Brasil.
Por conta da taxa extra sobre o calçado chinês, a marca decidiu pulverizar a produção pela Ásia entre Vietnã, Indonésia e Camboja, o que também ajuda a encarecer o produto final pelo frete mais alto. “Tênis com muita tecnologia chega a usar 90 peças, o que faz com que ele passe por muitas pessoas e que a produção fique mais cara”, explica Becker.
Para fidelizar clientes, as grandes marcas montam lojas itinerantes, que pinçam o corredor logo no momento da retirada do número de inscrição para uma prova. O resultado da estratégia é evidente: R$ 3 bilhões em negócios e 20% de crescimento ao ano.



África do Sul pós-Copa

O levantamento também mostra que houve uma mudança no mercado sul-africano desde a Copa do Mundo de 2010, o que pode mostrar uma tendência de aquecimento no Brasil. No país sul-africano, a venda de calçados esportivos apresenta contínuo crescimento, mesmo dois anos após o ano do Mundial.
Em 2010, foi percebida uma mudança pontual naquele país. As vendas, que em geral tiveram faixas de preço mais altas, se concentraram na primeira metade do ano. Calçados entre US$ 100 e US$ 150 dólares alcançaram 20% dos negócios, algo que não se repetiu.
“Isso significa que num ano de um evento forte como a Copa do Mundo as pessoas ficam mais envolvidas. No Brasil, devemos nos preparar para atender o consumidor esportista atingido por esse marketing todo, que quer consumir produtos de maior qualidade”, afirma a representante da GfK.

FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 8 de março de 2013

IR 2013: AÇÕES DE BANCOS LIQUIDADOS

O QUE VEM PRIMEIRO: CARREIRA OU SAÚDE ?

Desacelere a vida profissional para preservar a sua saúde

Privilegiar a carreira traz resultados a curto prazo, mas consequência pode ser irreparável

Brasil Econômico- Vanessa Correia |
Brasil Econômico

O susto que Elísio João Viciana e Rosângela Ojuara tomaram mudou radicalmente suas vidas. Estresse, sedentarismo e alimentação desregrada os levaram a ter problemas de saúde e, consequentemente, a repensarem sua forma de encarar a vida profissional.
Aos 25 anos, Viciana quase teve um enfarte. Mesmo seus pais terem tido problemas coronários, o executivo, que hoje é vice-presidente da Mapfre Investimentos, trabalhava 16 horas por dia, não praticava atividades físicas e quase todos os dias comia fast food em sua mesa do escritório.
“A busca pelo sucesso e pelo bônus anual os estimulava a seguir essa rotina. Achava que lazer era perda de tempo”, lembra Viciana, que ficou oito anos sem sair de férias.
Desde o episódio, o executivo mudou sua alimentação, passou a praticar atividade física e a viajar em suas férias. Ele não chegou a se afastar da gestora de recursos para qual trabalhava –e administrava R$ 4,5 bilhões de terceiros–, mas mudou radicalmente sua postura.
Getty Images
Para cuidar da saúde e trabalhar mais disposto é preciso fazer exercício físico e comer comida balanceada
"Busquei melhorar minha alimentação, principalmente no que diz respeito à qualidade dos alimentos. Também passei a frequentar a academia três vezes por semana e busquei reduzir o ritmo frenético do trabalho, embora este último tenha sido mais difícil”, diz.
O executivo, hoje com 39 anos, mantém até hoje a rotina que adotou desde os 25 anos. “Se pudesse dar um conselho aos profissionais que buscam, a qualquer custo, sucesso e retorno financeiro é: tenha mais equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Você pode até ver o resultado no curto prazo, porém o prejuízo no longo prazo, principalmente no que diz respeito à saúde, pode ser grande”, sugere.
Já Rosângela se alimentava bem e praticava exercícios físicos regularmente. Porém, seu "calcanhar de Aquiles" era o estresse e pressão que sofria por resultados. “Certa vez, estava fazendo exercícios e meus batimentos cardíacos foram a 200 por minuto. Me levaram ao hospital e o médico me disse que o caso era grave e que precisaria operar. Não dei ouvidos. Consultei mais dois especialistas que disseram o mesmo. Um deles, inclusive, disse que se não o fizesse teria só mais um mês de vida”, lembra.



Demissão

Rosângela tinha um problema congênito no coração, agravado pelo estresse. O trauma a fez pedir demissão mesmo estando afastada do trabalho por três meses. Foi então que ela decidiu virar coaching. “Continuo fazendo absolutamente tudo o que fazia antes. Porém agora meus horários são flexíveis”, diz, ponderando que quando a mudança de vida é muito radical, a pessoa precisa saber que se privará de algumas coisas e se poupará de outras.
Especialistas dizem que casos como os de Elísio e Rosângela são mais comuns do que imaginamos e, para evitá-los, é preciso alguns cuidados. “As pessoas têm a ideia de que o tempo precisa ser aproveitado ao máximo e, consequentemente família, amigos e até a própria saúde ficam de lado”, alerta Antonio Carlos Till, diretor-médico da clínica Vita Check-Up Center, lembrando que muitas vezes um susto, seja com ele ou com pessoas próximas, é sempre um fator motivador de mudanças.
Andrea Sette, clínica geral da Rede D'Or São Luiz diz que é preciso praticar atividade física, de três a quatro vezes por semana e alimentar-se adequadamente, ou seja, reduzir a ingestão de alimentos processados, refrigerante e frituras. “A primeira medida é entender os fatores que levam ao enfarte e ao acidente vascular cerebral (AVC) e evitá-los, já que são os problemas mais graves, e mais comuns, de executivos de alta liderança”, afirma.
Para os que já sofreram algum tipo de problema, os cuidados passam a ser ainda mais intensos, e as visitas aos médicos constantes. “A vigilância é permanente”, diz o diretor-médico da Vita Check-Up Center.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 7 de março de 2013

IR: PORTADORES DE DEFICIENCIA


 
 

IR: portadores de deficiência ou com doenças graves têm prioridade na restituição

 
 
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Contribuinte também conta com a isenção do imposto sobre todos os rendimentos relativos a aposentadoria, pensão ou reforma



  • SÃO PAULO – Os contribuintes que têm doenças graves ou são portadores de deficiência física ou mental terão prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda de 2013. O benefício já era previsto na Lei nº 9.784/1999, mas era preciso requerer a prioridade em uma das delegacias da Receita Federal .

    De acordo com a Receita, um novo campo foi inserido na ficha de “Identificação do Contribuinte”, no qual é possível assinalar se um dos declarantes é uma pessoa com doença grave ou portadora de deficiência.

    Entre as doenças consideradas graves estão tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids), ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada.




    Isenção

    As pessoas que se encaixam nessas condições também contam com a isenção do imposto sobre todos os rendimentos relativos a aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo a complementação recebida de entidade privada e pensão alimentícia.




    Idosos

    Os contribuinte com mais de 60 anos já tinham prioridade na restituição, com base no Estatuto do Idoso.

     

    Declaração passo a passo

    Entrega da declaração do IR 2013 vai de 1º de março a 30 de abril (© MSN/Office)
     
     
    Entrega da declaração do Imposto de Renda 2013 vai de 1º de março a 30 de abril
     
     
     
    Atualizado: 05/03/2013 10:59 | Por InfoMoney, InfoMoney
     
    FONTE: MSN

    AS MULHERES DECIDEM

    Mulheres decidem compras em 86% dos lares e viagens em 79%, diz Data Popular

    Pesquisa mostra maior poder feminino, mas responsável questiona: "elas querem isso?"

    Pedro Carvalho- iG São Paulo |

    Paulo Liebert/AE
    Mulher faz compra em supermercado do Jardim Ângela (SP): "poder também pode ser um ônus"

    As mulheres decidem as compras do supermercado em 86% dos lares, e em 79% deles são também as responsáveis por escolher as viagens de férias da família, afirma pesquisa do instituto Data Popular feita com 800 homens casados, em 44 cidades brasileiras, no último trimestre do ano passado.


    - Veja:dados mostram que ascensão da classe C incomoda consumidores da elite


    O levantamento mostra ainda que 71% dos maridos admitem que as esposas são as principais responsáveis por escolher as próprias roupas deles. Além disso, são elas que batem o martelo na compra do carro da família em 58% dos casos, dado que varia para 53% quando o bem em questão é o computador da casa.

    "Cada vez mais, a ida da mulher ao mercado de trabalho dá a ela uma posição ativa em casa", afirma Renato Meirelles, responsável pelo levantamento no Data Popular. "Além disso, coloca o marido numa posição de não querer encrenca, até porque muitas vezes ela ganha mais que ele", diz o pesquisador.

    Meirelles acredita que a pesquisa "revela uma certa acomodação dos maridos", diz. "Muitas vezes, as mulheres trabalham, mas eles não fazem as tarefas domésticas. Ou seja, elas acabam fazendo jornada dupla", afirma.

    "É um empoderamento feminino, mas também é um ônus. Quem falou que elas querem decidir esse tipo de coisa", questiona.

    Entre os pesquisados, 61% afirmam que a esposa confere sua conta no banco e sabem exatamente o que eles ganham; 71% dizem preferir mudar de opinião para não brigar com a esposa; e 79% têm certeza que a esposa possui dinheiro guardado sem ele saber.

    "No fim, a pesquisa mostra que os maridos revelam que, em muitos casos, é a esposa que manda", conclui Meirelles.


    FONTE: IG ECONOMIA

    CONSTRUÇÃO¨& MATERIAIS SUSTENTÁVEIS

    VISUAL NO PROCESSO SELETIVO

    INICIATIVA

    terça-feira, 5 de março de 2013

    Melhor Investimento a Longo Prazo

    Investir em conhecimento sempre rende os melhores juros.
     
    A frase eternizada por Benjamin Franklin pode ser interpretada por várias formas, mas a essência dela é uma só: aprofundar seus conhecimentos só traz resultados positivos para a vida de qualquer um, independentemente da área a ser estudada.

    Melhor Investimento a Longo Prazo


    Pensando dessa forma, o melhor investimento a longo prazo é, sem dúvida, investir na sua educação financeira.
    O objetivo deste artigo é mostrar o cenário atual dos nossos aposentados e entender a importância de aprender a investir e conquistar a independência financeira no futuro.



    Situação atual dos nossos aposentados

    Para entender a situação atual dos aposentados no Brasil, vamos dar uma olhada no gráfico a seguir:

    Situação atual dos aposentados no Brasil


    Como pode ser visto no gráfico acima, 46% dos aposentados dependem de parentes, 28% dependem de caridade, 25% são obrigados a trabalhar e apenas 1% são financeiramente independentes.
    Em outras palavras, todo o patrimônio financeiro e contribuições para a previdência acumulados ao longo de toda a vida não foram suficientes para uma aposentadoria tranquila para 99% dos aposentados.
    É importante ressaltar que o objetivo de alcançar a independência financeira não é parar de trabalhar. Mas trabalhar apenas no que gostamos, e não por obrigação ou necessidade.


    Melhor investimento a longo prazo

    Por conta desse cenário que acabo de apresentar, temos que nos preocupar em montar um plano para a aposentadoria, seja através da previdência privada ou investindo por conta própria.
    As vantagens da previdência privada são a praticidade, a comodidade e a disciplina “forçada”. As desvantagens são as altíssimas taxas cobradas (administração e carregamento), além da carga tributária se precisar resgatar no curto prazo.
    Ao investir por conta própria, o investidor economiza bastante nas taxas cobradas, o que certamente fará bastante diferença no longo prazo. Aliado a isso, há também a facilidade de administrar uma carteira utilizando a estratégia de alocação de ativos.
    No entanto, o investidor precisa, nesse caso, ter bastante disciplina tanto para investir mensalmente quanto para não realizar resgates antes do tempo, o que certamente colocaria todo o plano a perder.


    Conclusão

    Como falei no começo do texto, o propósito deste artigo era mostrar a situação atual dos nossos aposentados e o que você pode fazer agora para mudar seu futuro.
    Ao longo dos artigos que já escrevi, recomendei bastante material de qualidade, tanto gratuito quanto pago.
    Muitas vezes, o barato sai caro, de modo que é importante saber identificar o que realmente é gratuito e de qualidade.
    Livros impressos são excepcionais, tanto que procuro ler pelo menos um livro por mês para me manter atualizado e adquirir mais conhecimento.
    Entretanto estamos numa fase de produtos digitais, onde podemos acessar tudo pelo computador, clicar em links, assistir a vídeos e – principalmente – interagir com o autor do material, tanto para tirar dúvidas e trocar ideias quanto para receber sugestões de leituras complementares.
    Pensando nisso, criei o eBook Como Investir Dinheiro justamente para ensinar tudo que sei sobre investimentos, mostrar as estratégias que realmente utilizo e oferecer a possibilidade de entrar em contato comigo, através de um e-mail exclusivo.
    Ressalto entretanto que este eBook é apenas uma das inúmeras formas de se adquirir educação financeira.
    O mais importante: comece agora a investir em sua educação financeira. E seja mais um a alcançar a independência financeira quando se aposentar.


    Agora eu tenho uma pergunta para você…

    O que você tem feito para melhorar sua educação financeira? Está a caminho da sua independência financeira?
    Se você tiver qualquer dúvida ou informação adicional que complemente este artigo, deixe um comentário.
    Bons investimentos!


    Imagem de Rafael Seabra

    Rafael Seabra é educador financeiro, MBA em Finanças pelo Ibmec, editor do Quero Ficar Rico, um dos sites de maior audiência do país na área de Educação Financeira, e autor do livro Como Investir Dinheiro. No Twitter: @QueroFicarRico
    em 05.03.2013 por em Educação Financeira

    FONTE: Quero ficar rico - educação financeira

    NOVA GERAÇÃO NOS EUA

    Para geração com 20 e poucos anos, ambição tem preço

    Jovens têm baixo salário, longa jornada e ficam disponíveis 24h por dia para subir na carreira

    NYT- Teddy Wayne |
    NYT


    Cada geração tem seu próprio hino para representar a jornada que vai da ingenuidade juvenil à realidade adulta, seja "Old Man", de Neil Young, "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana, ou, mais recentemente, talvez, a canção "22", de Taylor Swift.
    "Hoje é a noite em que esqueceremos os prazos", ela canta. "Parece uma daquelas noites, em que não vamos dormir."
    Mas não é tão fácil para os fãs menos afluentes de Swift esquecer os prazos, como é para a cantora e compositora agora um pouco mais experiente aos 23. Noites sem dormir são mais prováveis porque estão trabalhando, e não em alguma casa noturna.
    Deidre Schoo/The New York Times
    Casey McIntyre, uma editora de livros que aposta em grandes doses de café para aguentar longas jornadas
    "Se eu não estou no escritório, eu estou sempre no meu BlackBerry", disse Casey McIntyre, 28, uma editora de livros de Nova York. "Eu nunca sinto que estou totalmente fora do trabalho."
    McIntyre é apenas uma jovem da geração agora com 20 e poucos anos - uma população historicamente explorado como mão de obra barata - a descobrir que longas horas e baixos salários vão de mãos dadas na classe criativa. A recessão não facilitou a entrada em posições iniciantes, onde centenas de candidatos disputam por estágios não remunerados em que precisam estar sempre com o iPhone na mão, usando o Twitter e representando sua empresa em todas as horas.
    "Precisamos contratar um 22-22-22", explicou um gerente de novas mídias recentemente, significando um jovem de 22 anos de idade, disposto a trabalhar 22 horas por dia por US$ 22.000 ao ano. Talvez o período de trabalho seja um exagero, mas os demais certamente não são. De acordo com um relatório de 2011 do Centro Pew, o valor médio líquido de chefes de família com menos de 35 anos caiu em 68% de 1984 a 2009, chegando a apenas US$3.662. Antes que você pense que é um mero efeito colateral da crise econômica, para aqueles com mais de 65 anos, ele subiu 42%, para US$170,494 (em grande parte por causa de um ganho global nos valores de propriedades). Por isso, 1,2 milhões a mais de jovens de 25 a 34 anos de idade viviam com seus pais em 2011 em relação a quatro anos antes.
    Deidre Schoo/The New York Times
    Ross Perlin, autor do livro "Nação Estagiária"
    Uma vaga publicada recentemente pela Dalkey Archive, uma editora de vanguarda de Champaign, Illinois, em busca de estagiários não remunerados para seu escritório em Londres, denota as exigências bizarras feitas aos jovens funcionários. A descrição dos motivos para "demissão imediata" incluíam "chegar mais tarde ou sair mais cedo, sem autorização prévia", "estar indisponível durante à noite ou nos fins de semana" e "não responder a e-mails em tempo hábil."
    "A noção de trabalho de nível iniciante tradicional está desaparecendo", disse Ross Perlin, 29, o autor de "Intern Nation" (Nação Estagiária, em tradução literal). Estágios os substituíram, disse ele, "mas também bolsas e outros títulos que soam nebulosamente prestigiosos e pagam pouco, o que significa que você ganha menos de US$ 15.000 por ano".
    Antes um compromisso de curto prazo, no máximo, os estágios se tornaram um rito de passagem obrigatório, que muitas vezes se arrastam por anos.
    "Particularmente em algumas profissões mais rock-star - cinema e TV, editoração e mídia - as empresas pressionam para ver o que podem conseguir dos jovens com pouco investimento", disse Perlin. "E as pessoas estão desesperadas o suficiente para aceitar isso."
    Isso é o que Katherine Myers, 27, descobriu quando se formou na faculdade em 2008. Após meses de busca, ela conseguiu uma posição como coordenadora de desenvolvimento em um canal a cabo em Nova York.
    "Eu estava disposta a aceitar qualquer coisa", disse. "Eu nunca almoçava, chegava mais cedo e trabalhava até tarde."
    Ainda assim, sua experiência foi mais agradável do que a de dois de seus amigos que, sucessivamente, trabalharam para uma grande produtora de cinema.
    "No ano passado, nós fizemos uma festa de aniversário surpresa para um deles e ele não pode aparecer porque o seu chefe o chamou para acompanhar uma cabine", disse. "Durante um ano nós nunca o vimos. Ele levantava às cinco e ficava no trabalaho até à 1h."
    Mas Myers, agora em uma posição hierarquicamente superior no site CollegeHumor, está empenhada em seu campo, assim como Cathy Pitoun, 25. Há dois anos, como assistente de produção em uma empresa de Culver City, na Califórnia, que corta trailers de filmes, Pitoun ganhava US$ 10 por hora sem benefícios, com plantão aos fins de semana. Depois de seis meses, ela foi promovida a uma posição "onde qualquer erro era motivo para demissão", observou ela, e recebeu um aumento para US$ 12 por hora com benefícios. Ela estima que trabalhava pelo menos 60 horas por semana.
    "Havia dias em que eu trabalhava até às 4h só para enviar um comercial de tevê para um cliente no Japão e depois tinha de que acordar quatro horas mais tarde para um dia totalmente novo", disse Pitoun, "e dias que eu tinha de estar no trabalho às 5h para fazer gravacões de voz com atores da Europa para compensar a sua mudança de horário e ainda ficava até às 21h."
    Seu investimento, como Myers, valeu a pena: ela é agora o assistente do diretor-executivo, embora saiba que o caminho para a produção, seu objetivo a longo prazo, "vai piorar antes de melhorar", explicou.
    O trabalho de Pitoun certamente teria sido menos exigente na era pré-Internet e smartphones. Se ela desligava o telefone por algumas horas, seu aparelho ficava inundado com e-mails, mensagens de texto e chamadas não atendidas.
    "Eu tinha de estar ao alcance 100% do tempo, mesmo aos sábados e domingos", disse, "então eu costumo usar os fins de semana para fazer as tarefas em torno de meu apartamento e esperar que o telefone toque."
    McIntyre, a editora, estima que recebe de 300 a 400 e-mails por dia e tenta responder a pelo menos 80% deles. Como tem energia para essa digitação incessante, sem mencionar as 16 horas por dia viajando em turnê com os autores?
    "Eu tomo café antes de sair de casa, há um Dunkin'Donuts convenientemente na estação de metrô onde eu desço e eu recebo um outro café durante o dia", disse ela. "E eles são cafés grandes."
    Para complicar as coisas há o fato de que não se sabe ainda como quantificar ou definir o trabalho digital. Muito menos e-mail.
    "Twitter é trabalho? Facebook é trabalho?", questiona Perlin.
    Ironicamente, os millennials, frequentemente responsáveis por monitorar mídias sociais e e-mails de maneira contínua, podem estar subestimando o valor de tal trabalho. Seus hábitos de consumo de cultura gratuita na Internet, sugeriu ele, "transitaram para o mundo do trabalho, de modo que estão mais dispostos a aceitar a troca ou o pagamento em espécie", como almoços grátis. E o seu pagamento principal é a construção de "capital cultural" em oposição a "capital do capital".
    Nestas profissões casuais as empresas também "têm tentado romper com o pesadelo da homogeneização da década de 1950", disse Perlin, substituindo cubículos com mesas de pebolim e outros apetrechos para aliciar trabalhadores a ficarem até mais tarde e a criarem vínculos com os colegas de trabalho.
    "Mas nós temos algo mais sinistro agora", disse. "As pessoas estão trabalhando muito mais e estão convencidas a investir-se de corpo e alma. Existe uma tentativa de tentar fazer você esquecer a diferenciação entre o seu local de trabalho e a sua casa - quem são seus colegas de trabalho e quem são seus amigos?"
    Filhos de pais mais investidos, que foram sobrecarregados desde a creche, podem achar especialmente difícil definir limites profissionais. Como parte da geração "que tem sido ensinada a se envolver em trabalhos por amor", disse Perlin.
    "Você não pode conseguir um emprego, dizendo: 'Eu só quero um emprego'", disse. "Seu coração tem que estar nele e você tem que demonstrar isso ficando até tarde ou respondendo e-mails às 23h".
    Nathan Weber/The New York Times
    Lucy Schiller, 24, que passou por vários estágios até voltar para a casa dos pais
    Este compromisso é o que Lucy Schiller, 24, demonstrou ao longo de dois anos em Denver e São Francisco, mas nada funcionou. Schiller cai na categoria que Perlin define como "estagiário em série". Ela trabalhou como garçonete das 04h45 às 15h quatro dias por semana por um salário mínimo, enquanto fez estágios não remunerados em cinco instituições artísticas e culturais.
    Perlin destacou que "alguns estudos mostram que esses jovens trabalham em oito ou nove empregos em um curto período de suas vidas, o que economistas veem como uma coisa boa, mas eles não analisam o estresse pessoal que é necessário."
    Os pais de Myers, também, "apreciam e incentivam a filha, mas ficam perplexos com" a sua carreira no mundo do entretenimento, disse.
    "Eles não acreditam que eu esteja no caminho para algo", disse ela. "Eles acham que não faz sentido a menos que você ganhe algum dinheiro.
    "Essa é uma questão legítima", ela continuou. "Eu vou completar 30 anos nos próximos anos e é difícil ser jovem e ver a diferença entre a minha posição no setor e a de outros que estão tão bem. Para sair da cama todas as manhãs, eu tenho que pensar que eu vou ser uma dessas pessoas. Mas acontece que sou uma pessoa delirantemente positiva".

    Por Teddy Wayne

    FONTE: IG ECONOMIA

    IR 2013: ANTECIPAÇÃO

    Imposto de Renda: vale antecipar restituição?
     


    É vantajoso antecipar a restituição do IR?

    Compare os juros mensais cobrados pelos bancos em 2013 e descubra em que casos é bom negócio optar por esta linha de crédito

    Taís Laporta- iG São Paulo |

    Getty Images
    Restituição antecipada é opção para quitar dívidas com juros mais altos

    Quem quiser antecipar o recebimento da restituição do Imposto de Renda em 2013 já pode comparar as taxas oferecidas pelos bancos para obter o empréstimo. Com valores reduzidos em relação a 2012, as linhas de crédito oferecem juros mensais entre 1,59% e 2,99%. No ano passado, a cobrança da taxa chegava a 3,59% ao mês.
    Banco do Brasil, HSBC, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander já divulgaram os limites de financiamento e os juros cobrados. A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que deve anunciar seus valores até a próxima quinta-feira (7).
    Todos os bancos aceitam financiar até 100% do valor a ser pago pela Receita Federal. O Bradesco, contudo, só oferece o benefício para clientes com conta salário. Para os demais, o limite do crédito do banco é de 80% da restituição. A dívida é quitada em parcela única no dia do pagamento da restituição ou até uma data estabelecida pelo banco. Os valores financiados têm limite mínimo de R$ 100 e máximo de R$ 30 mil (veja a tabela e compare os valores nos principais bancos *).



    COMPARE OS VALORES OFERECIDOS PELOS BANCOS:

    BANCORESTITUIÇÃO (%)LIMITE DO EMPRÉSTIMOJUROS MENSAIS
    Banco do BrasilAté 100%Até R$ 20 milA partir de 2,13%
    SantanderAté 100%A partir de R$ 100A partir de 1,59%
    HSBCAté 100%De R$ 300 a R$ 300 mil2,99%
    Itaú UnibancoAté 100%A partir de R$ 500A partir de 1,9%
    BradescoAté 100% (conta salário); até 80% (demais clientes)
    Até R$ 20 milA partir de 1,89%
    CaixaA definirA definirA definir
    * Valores pesquisados pelo IG


    Para ter acesso ao crédito, o cliente deve possuir uma conta corrente no banco escolhido. No Santander e no HSBC, o empréstimo é sujeito a aprovação. Em bancos como Itaú e Bradesco, o crédito é pré-aprovado. Nestes casos, é preciso apresentar documentos pessoais – como CPF e comprovante de residência – e uma cópia da declaração do Imposto de Renda 2013, preenchida com os dados da conta na qual será feita a devolução do imposto.
    Apesar da facilidade em obter o crédito, ele só é recomendado para quem tem urgência em quitar dívidas com juros muito altos, segundo Wilson Muller, consultor do Vida Investe e educador financeiro da Fundação Cesp. "Este tipo de empréstimo só é vantajoso para quem paga juros maiores aos da antecipação pelos bancos, como dívidas do cartão de crédito e do cheque especial, que têm taxas em torno de 8%".




    BOM NEGÓCIO?
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
    O professor de Mercado Financeiro e de Capitais da Trevisan Escola de Negócios, Helvídio Prisco, concorda. “A antecipação é válida para trocar uma dívida cara por outra mais barata, comparando os juros do antigo e do futuro financiamento", analisa. Se a taxa oferecida for menor, pode ser um bom negócio.
    Já quem pretende comprar algum bem com a restituição antecipada, como eletrônicos ou móveis, pode encontrar opções de crédito mais baratas no mercado, aconselha Muller, da Cesp. “O crédito consignado, por exemplo, tem juros bem mais vantajosos (0,75% ao mês para os beneficiários do INSS) que os oferecidos pela antecipação”, diz.
    Se a intenção do empréstimo é comprar um carro, Prisco, da Trevisan, lembra que as taxas de financiamento no mercado estão mais baixas, entre 1,07% e 1,53% ao mês. Com juros mensais a partir de 1,59% na linha de crédito da restituição, pode ser mais vantajoso financiar o automóvel pela via tradicional.



    MALHA FINA

    O maior risco em antecipar a restituição pelos bancos é cair na malha fina e, por consequência, ter o pagamento barrado pela Receita Federal. Neste caso, os bancos vão debitar o valor devido da conta do cliente e cobrar uma nova dívida, a juros mais altos. “Por isso é fundamental preencher a declaração corretamente, a fim de evitar problemas com o Leão e com o banco onde foi obtido o crédito”, completa Prisco.



    FONTE: IG ECONOMIA