domingo, 3 de janeiro de 2016

BRASIL 2016: ANO DO DESEMPREGO



2016: 
O ano em que o
desemprego vai 
marcar dois dígitos 
no Brasil


2016: O ano em que o desemprego vai marcar dois dígitos no Brasil



2016: O ano em que o desemprego vai marcar dois dígitos no Brasil, alerta chefe no BNDES



Um Brasil com mais desempregados certamente nos espera ao longo deste ano. Se, em 2015, o País foi palco de taxas de desemprego recordes, com mais de 8 milhões de desempregados, este novo ano será pior, com taxa de desemprego batendo os dois dígitos.
A previsão é do economista Fabio Giambiagi, chefe do Departamento de Gestão de Risco de Mercado do BNDES, um dos maiores especialistas brasileiros de finanças públicas, autor das obras Reforma da Previdência e Brasil – Raízes do atraso.
Em entrevista ao HuffPost Brasil, o economista avisa que os trabalhadores vão sentirainda mais o efeito da crise econômica em 2016. "Vai ultrapassar os 10%", sobre a taxa de desemprego medida pelo IBGE.
"Em poucos anos, estamos saindo de uma situação em que estávamos acostumados com um padrão referencial de 5% para uma taxa de desemprego para um ano em que eu não me espantaria se ficasse entre 11% e 12%."
fabio giambiagi
Fabio Giambiagi faz projeção da economia brasileira em 2016

Se a alta se confirmar, esta seria a maior taxa de desemprego já registrada pelo IBGE.
Contudo, Giambiagi pondera um ponto fundamental: a PME (Pesquisa Mensal do Emprego) vai parar de ser divulgada pelo IBGE, substituída inteiramente pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, iniciada em 2012. Até 2015, as duas pesquisas eram publicadas, sendo que a Pnad, na média histórica, sempre divulgou uma taxa mais elevada que a PME.
"Enquanto a PME daria uma taxa de desemprego entre 9% e 10% em 2016 ,a Pnad daria entre 11% e 12%."
Mesmo assim, o percentual é bem preocupante. No terceiro trimestre de 2015, a taxa de desemprego medida pela Pnad ficou em 8,9%.
Em números absolutos, a população desocupada no País, mas à procura de emprego, chegava a nove milhões de pessoas. Se a taxa subir para 12%, serão mais ou menos 12 milhões de desempregados. "Nível de dois dígitos é um elemento muito emblemático."
O desemprego tem avançado a níveis históricos por conta da delicada situação econômica no Brasil. Fatores como inflação, juros altos, dólar valorizado diante o Real, confiança dos consumidores e empresários, além da queda de investimentos no País, influenciam o índice.
Um exemplo simples: com a inflação alta, o consumo das famílias tende a cair e, portanto, a produtividade de uma empresa também, para a produção se equilibrar com a oferta. Se a empresa produz menos, ela vai ter lucro menor e, consequentemente, cortar empregos.


2016: 
Juros altos, 
dólar caro e 
pequeno alívio nos preços

O que explica em parte o aumento do desemprego é a manutenção e até piora dos fatores que influenciam a taxa. O economista prevê um primeiro semestre difícil, com a continuação das tendências observadas ao longo doe 2015.
A inflação, por exemplo, deve aumentar nestes primeiros meses de 2016, pressionada por ajustes de início de ano na educação, como escolas e material escolar, e condomínio.
"Depois destes meses, a tendência é de queda. Poderemos observar uma trajetória declinante, esperando que, até o final do ano, pode chegar até ao teto da meta no final do ano, de 6,5%", projeta.
O possível alívio da inflação em relação a 2015, segundo o economista, se deve à trégua das altas nos preços administrados, como da energia, que no ano anterior tiveram sucessivos aumentos. "Acho que a tendência é de que o BC aumente os juros, o que certamente vai ser um elemento negativo de curto prazo para a dinâmica da atividade, mas, será um movimento consideravelmente importante para recolocar a inflação dentro da banda [meta]."
A Selic, taxa básica de juros da economia, é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. Se a taxa de juros sobe, o crédito fica mais caro, o banco consegue frear o consumo e, como consequência, a inflação cai. Por outro lado, em tempos de baixo consumo, a taxa básica de juros pode cair, aquecendo, assim, o mercado de crédito e de consumo.
Giambiagi analisa que o Banco Central está "preocupado" com a possibilidade do teto da inflação ser ultrapassado pelo segundo ano consecutivo. "A curto prazo, o que determina a dinâmica da inflação são os juros [Selic] e o câmbio."
"Eu costumo dividir a trajetória [da inflação] do regime de metas do governo PT em três etapas: uma foi até 2009, quando era um regime regido estritamente de acordo com o manual. Funcionava como um reloginho -- inflação subia, juros subiam, inflação descia, juros caíam. E se for pegar o período de 2005 a 2009, este regime praticamente acertou a meta. De 2010 até 2014, a gente teve um regime híbrido, que controlava a inflação, mas a meta não era mais o centro, e sim no espaço superior da banda [teto da meta]. O objetivo era em torno de 5,5% e 6,5% e todo mundo entendia que o governo faria o que fosse necessário para que a meta não fosse superada. Em 2015, o próprio teto foi superado. É desejado que não aconteça uma suspensão do regime de metas por um ano, mas muita gente entende e aceita, no pressuposto de que depois de 2015, o regime seria restabelecido. Agora, se novamente o governo não alcançar sequer o teto, aí iremos nos perguntar: qual é o regime, afinal?"
Sobre o câmbio, o economista prevê que, assim como em 2015, a variação do dólar ante o Real será influenciada pelo cenário político e pelo exterior, mas deve ficar no mesmo patamar de 2015, em média. Ou seja, dólar a R$ 2 não se verá tão cedo.
Apesar de o dólar valorizado frear o consumo no exterior e diminuir as viagens internacionais dos brasileiros, ele ajuda a balança comercial do Brasil, assim como incentiva o turismo nacional.


Já sobre os juros, 
a previsão é que só comecem
 a baixar em 2017.

 "Durante boa parte de 2016 vai ser difícil."
O País também sentirá os efeitos da retirada do selo de bom pagador pelas duas agências de classificação de risco, Standard & Poor's e Fitch, afirma Giambiagi.
"O problema é que isso afeta, sobretudo, os fundos de pensão. Eles exigem que pelo menos duas agências tenham grade de investimento para manter as aplicações no País. Então, o rebaixamento é relevante, pois vai sair muito dinheiro do Brasil."
O economista vê como certo o rebaixamento pela Moody's, mas acredita que o impacto será um pouco menor. "Já tendo ocorrido dois rebaixamentos, o efeito será limitado. 100% dos analistas já sabem que ela vai rebaixar também, senão ficará muito destoante."
Entre os setores que mais vão sofrer com a continuação da crise econômica neste ano, estão aqueles associados a investimentos. "Além do País perder o selo de bom pagador, outros investimentos e empresas serão impactados pelos desdobramentos de operações contra a corrupção, como a Lava-Jato. Enquanto o panorama não clareia, serão anos horríveis em matéria de investimento."
Por outro lado, Giambiagi vê uma melhora nos setores ligados à exportação, pela valorização do dólar.
O setor de serviços, um dos maiores geradores de emprego, também deve ter um ano ruim, mas tende a ter alguma melhora no final do período.




FONTE:


BRASILPOST

Publicado: Atualizado: 

TIRIRICA: PROPOSTAS EM 2015




Saiba quais foram 
as propostas de
Tiririca em 2015







Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, 
cumpre o segundo mandato como deputado federal. 
Tiririca, 
que foi reeleito com 1.016.796 votos, 
apresentou três projetos de sua autoria no Congresso.

Segundo informações disponíveis no site da Câmara dos Deputados, Tiririca apresentou em fevereiro de 2015 o pedido de desarquivamento de todas as proposições de sua autoria. 
A tramitação do requerimento foi finalizada e foi deferido o desarquivamento das PL 1527/2011, PL 3543/2012, PL 3544/2012, PL 5094/2013, PL 5095/2013, PLP 20/2007 e PLP 425/2014.

PROJETO 1: PRORGRAMA DE APOIO AOS CIRCOS
Em março de 2015, o deputado federal encaminhou um proposta onde sugere ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que sejam tomadas providências no sentido de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito da economia da cultura, desenvolva programa de apoio específico aos circos.
Na indicação, Tiririca defende que o banco deve valorizar esse “importante meio popular de entretenimento e de formação de profissionais para o mencionado setor econômico” e refere que essa forma de expressão cultural (circos) vem passando por uma crise e merece atenção.

PROJETO 2: SUSPENSÃO DOS POLÍTICOS EM AÇÃO PENAL
Tiririca também entrou com um projeto de lei que pede a alteração do inciso VI do art. 319 do Código de Processo Penal, a fim de acrescentar ao texto a possibilidade de suspensão da função pública em razão do receio de interferência no processo.

PROJETO 3: NÃO FAVORECIMENTO DOS POLITICOS EM AÇÃO PENAL
No pedido de setembro de 2015, o deputado justifica que “em razão das crescentes investigações envolvendo não só funcionário público, como também agentes políticos e de mandato eletivo, mostra-se essencial que o código de processo penal seja mais claro no tocante a suspensão da função ou do mandato eletivo quando o réu em um processo penal venha a utilizar de função pública para interferir negativamente ou a seu favor no curso da ação penal”. Esta proposta (PL-2917-2015) está aguardando designação do relator.

FONTE:




sábado, 2 de janeiro de 2016

DILMA PAGA PEDALADAS SÓ PARA SE LIVRAR DO IMPEACHMENT


Tesouro quita ‘pedaladas’ 

do governo no valor de R$ 72,4 bilhões 

(para calar a boca da oposição e

se livrar do impeachment)







Contas de Dilma foram reprovadas em 2014. (AFP)

O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (30) que a União pagou R$ 72,375 bilhões em passivos junto a bancos públicos e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Do total, R$ 55,572 bilhões se referem a passivos de 2014 e R$ 16,803 bilhões a obrigações de 2015.
O Tesouro explicou que fez os pagamentos seguindo entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU).
Do volume em pagamentos, R$ 70,9 bilhões são recursos da conta única do Tesouro. Destes, R$ 21,1 bilhões são recursos de emissões de títulos realizadas anteriormente, sem necessidade de emitir novos títulos. Os R$ 49,8 bilhões restantes vieram de outras fontes da conta única.
Além disso, o Tesouro informou que cerca de R$ 1,5 bilhão, devido ao Banco do Brasil, será acertado por meio da emissão direta de títulos, sem necessidade de realização de novos leilões. O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, concede entrevista esta tarde para falar sobre o pagamento dos repasses atrasados.

Pedaladas fiscais
Os valores das obrigações devidas ao Banco Nacional do desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ao Banco do Brasil referem-se à pratica que ficou conhecida como “pedaladas fiscais”; pagamentos atrasados que levaram o TCU a rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff em 2014.
Desta forma, o principal objetivo da gestão Dilma no momento ao quitar tais passivos é não criar abertura para que as tais “pedaladas” sejam usadas como argumento para um eventual impeachment da presidente.

FONTES:
30 de dezembro de 2015
* Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

SUCESSO EM TUDO, SIM EM TUDO MESMO !!




Cinco passos para 
ter sucesso em tudo. 

Sim, em tudo mesmo




Ser uma pessoa bem-sucedida não é apenas
 receber um bom salário e 
ter um carro de luxo. 

Mas, sim, ter sucesso naquilo que se faz diariamente, 
ter consciência das escolhas que se fazem e 
ter certezas quanto aos atos.


Segundo o Huffington Post, é possível ter sucesso em tudo. Porém, para isso, é preciso seguir alguns passos.
1. Aceitar as mudanças – mudar e estar disposto a mudar é uma forma de conseguir uma mais fácil e rápida adaptação às mais variadas situações. Uma pessoa bem-sucedida está constantemente em mudança e tem a plena noção de que o comodismo é apenas mais uma vertente do insucesso.
2. Ter confiança – uma pessoa pouco ou nada segura de si jamais conseguirá ter sucesso. Ter confiança é um estilo de vida e uma forma de arriscar e aceitar todas as mudanças que são necessárias para se alcançar o sucesso.
3. Aceitar as decepções – todos aprendemos com os erros, mas a forma mais eficaz de não os voltar a cometer é aceitá-los tal como são e reconhecer que não se tomou a decisão/ação mais correta. ‘Fazer as pazes com a decepção’, diz a publicação, é uma forma eficaz de evitar os sentimentos mais negativos.
4. Ter a saúde e bem-estar como prioridade – evitar o estresse, a ansiedade e os receios é uma estratégia que permite alcançar o sucesso. Segundo o Huffington Post, uma pessoa bem-sucedida é aquela que sabe que a sua saúde e o seu bem-estar são os pilares de todas as decisões que precisa tomar e, por isso, devem ser as verdadeiras prioridades.
5. Nunca desistir – insistir e persistir… mas só quando o fim é viável. Lutar por um objetivo, não desistir das ideias e manter-se focado são três maneiras de conseguir concluir algo com sucesso.





FONTE:

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CENARIO DO DOLAR EM 2015



Dólar fecha 2015 
com alta de
 quase 50%




SÃO PAULO - O dólar fechou 2015 com uma valorização de 48,9%, cotado a R$ 3,9601. Há exatamente um ano, a moeda americana era negociada a R$ 2,659. Esse salto de quase 50% ganhou um impulso nesta quarta-feira, última sessão do ano, quando a divisa chegou a ultrapassar a cotação dos R$ 4,00, em alta de mais de 3%.
A cotação foi bastante influenciada pela disputa técnica dos investidores em torno da formação da taxa Ptax, que ficou em R$ 3,9048 (+1,44%) . Essa briga em torno da taxa, que serve de referência para diversos contratos futuros (leia mais abaixo), acentuou a volatilidade.
"Não houve uma saída grande nem pontual na sessão que justificasse o salto da moeda", garantiu um operador de tesouraria de um grande banco que não quer ser identificado. Para a fonte, um pouco desse movimento foi especulativo em razão do giro baixo naquele horário (por volta das 14h) e parte dele refletiu reação aoMpagamento pelo Tesouro Nacional de R$ 72 bilhões das "pedaladas fiscais" devidas, valor acima do esperado, de cerca de R$ 57 bilhões, já que contabilizou os números de 2014 e deste ano.
Com a realização dos leilões de linha de até US$ 1,4 bilhão pelo Banco Central a partir das 15h15, a moeda desacelerou. No fechamento, a valorização foi de 1,95%. Em dezembro, o ganho foi de 2,14%.
"Contabilizado o impacto de baixa do fluxo cambial positivo recente e já definida a Ptax de hoje, o mercado ficou livre para se ajustar ao cenário econômico interno de incertezas", comentou José Carlos Amado, operador da Spinelli Coretora. O dólar também se fortaleceu à tarde no exterior, disse um outro agente de corretora, que viu correlação do movimento interno do dólar com o recuo acentuado do petróleo no exterior.
FONTE:

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

EMPREGO e DECISÕES RADICAIS

'Para quem não tem emprego, 

esta é a hora de 

tomar decisões radicais, 

como empreender ou 

mudar de cidade', 

diz economista



RISK BUSINESS

O ano de 2016 promete ser difícil, 
segundo economistas e 
especialista na área de Recursos Humanos. 

As apostas são de mais desdobramentos 
da crise que ganhou força 
ao longo de 2015 e, agora, 
terá maiores efeitos no 
desemprego e inflação.


"A perspectiva é de um ano ruim, com atividade econômica ainda fraca, queda no PIB [Produto Interno Bruto] de 2% a 3%", resume o economista e presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Júlio Miragaya.

Na opinião de Miragaya, a taxa de desemprego deve aumentar ainda mais, chegando a 10% ao longo do ano. "Quem tem emprego, é o momento de segurá-lo, que não tem, é hora de tomar decisões radicais, como empreender ou buscar oportunidades em outras cidades", diz o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Arão Sapiro.

Mas dois pontos "positivos" devem acontecer no ano: o dólar permanecer alto diante do real, o que favorece a balança comercial, o turismo e a indústria nacional, e um alívio na inflação.

"A cotação do dólar é difícil prever, pois depende muito da política e incertezas no exterior. Se a situação do impeachment for concluída, o dólar tende a ceder, mas não vai reduzir ao patamar em que ele estava anos atrás. Voltar para R$ 2,5 não volta", afirma o presidente da Cofecon.
Miragaya explica que o dólar ao patamar dos R$ 2, na verdade, é um desequilíbrio para a economia brasileira.
"Todo mundo acha que o dólar a R$ 3,80 é fora da curva, mas é ao contrário. Hoje, ele equilibra as contas externas do Brasil. A essa cotação chegamos ao ponto de equilíbrio. Desestimula viagens internacionais, aumenta o consumo interno e fortalece a indústria nacional. O real fora da curva era quando estava a R$ 1,80 ou R$ 2."
O economista cita um dos principais agravantes para este ano: a manutenção ou até novas altas da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central. O presidente da Cofecon defende que o aumento dos juros -- uma tentativa de conter a inflação ao frear o consumo da população -- já perdeu efeito há muito tempo.
"[O aumento] não tem efeito nenhum, pois ele já produziu efeito nos preços livres [preços não administrados]. A questão é: o câmbio faz a inflação subir, porque encarece o produto internamente. Mas, quando sobe ainda mais as taxas de juros, desestimula o investimento privado, o caixa das empresas privadas e, o mais importante, desestimula a economia real. Quem tem dinheiro prefere ganhar no mercado financeiro, não produzindo."
O economista faz referência à atração dos títulos públicos, que têm rentabilidade indexada à Selic. Então, em vez das pessoas colocarem seu dinheiro na economia, investindo em empresas, startups ou empreendendo, elas compram títulos da dívida pública, que têm um ótimo retorno sem risco.
"O gasto com juros da dívida pública foi de R$ 258 bilhões em 2013 e neste ano, deve chegar a R$ 500 bilhões. Ai tem que cortar investimentos em projetos para pagar os juros, mas em nome de quê? Nada."


Inflação
Para Miragaya, uma coisa boa que tende a acontecer neste ano é o alívio no aumento dos preços. "A inflação tende a ceder, mesmo pressionada pelo câmbio, preços administrados e outros impostos."
A explicação para a queda inflação é que o brasileiro está consumindo menos. "Não vai ter como consumir. A Grécia teve deflação por muito tempo, ninguém tem renda pra consumir. Estamos nos aproximando da Grécia, com a devida proporção."


Desemprego
Para o presidente da Cofecon, a tendência é que a taxa de desemprego chegue a 10% ao longo do ano, por conta da queda da atividade em todos os setores da economia. "Antes, atingia o setor da Indústria e da Construção. Agora, chegou ao Serviço, que mais emprega no País."
O desemprego em 2016, analisa o economista, será puxado pelas demissões no setor. "Serviços emprega 70% do pessoal e hoje já demite mais do que a Indústria. As coisas vão piorar este ano."
Por outro lado, a previsão é que o dólar valorizado estimule outras áreas da economia, como a indústria de transformação, que pode recuperar um pouco da competitividade, e o setor agropecuário.
Mas o mercado não deve ser tão ruim para profissionais mais qualificados, pondera Fernando Mantovani, Diretor de Operações da Robert Half, empresa especializada em recrutamento. "A demanda sempre ocorre, até na crise. Os profissionais demandados é que mudam."
Segundo ele, os profissionais mais procurados neste ano estão ligados às áreas que podem reduzir os custos das empresas, como nas áreas de gestão de negócios, logística, financeira, controladoria e jurídica, pela questão fiscal. O perfil do profissional "ideal" também teve mudanças: "As empresas procuram profissionais engajados, que tenham atitude de resolver problemas."
A verdade, diz o diretor, é que as empresas buscam quem faça mais por menos.
"Vamos lembrar que a gente vive um momento peculiar. Se fosse tempo de 'vagas gordas'... Mas não é muito o caso. Acho que as pessoas precisam ter na cabeça o seguinte: se entregar resultado na época difícil, elas certamente serão lembradas quando melhorar."


Afinal, há esperança?
"Olhando por cima, a perda de empregos, incapacidade de fazer superávit, déficit absurdo... A ideia é de que estamos vivendo o caos", diz o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Arão Sapiro. "Porém, se pensar que o PIB brasileiro é de um total de R$ 2,2 trilhões, se cair 2%, teremos ainda R$ 2 trilhões sendo produzidos", diz.
Ele analisa que hoje o País não vive uma crise, mas uma situação de "má gestão". "Por muito tempo, se privilegiou o consumo e não deu muita importância no investimento em tecnologia e inovação, não se pensa a longo prazo. Isso é um histórico brasileiro. "
Mas, para o economista, épocas difíceis são ambientes ideais para mudanças e investimentos. "Vendo aos olhos de empreendedores, temos R$ 2 trilhões e precisamos buscar espaço dentro deles. Muitas empresas que estão ganhando mercado fizeram o 'b-a-bá' estratégico: estudaram o mercado, criaram fidelização e apostaram no bom atendimento."
A melhor recomendação para 2016, segundo Sapiro, é construir valor e se arriscar.

FONTE:

 

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