quarta-feira, 5 de setembro de 2012

BRASIL AVANÇA EM COMPETITIVIDADE

Brasil foi único dos Brics a avançar em ranking de competividade, diz pesquisa

País voltou a subir cinco posições e ultrapassou a África do Sul entre os países do bloco

 
BBC |
 

BBC


O Brasil foi a única economia do chamado bloco dos Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que cresceu no Relatório de Competitividade Global 2012-2013, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
O país teve um aumento de cinco posições em relação ao ano anterior, passando para a 48ª colocação e ultrapassou a África do Sul, assumindo a segunda posição entre os Brics. Em 2011, o Brasil também já havia subido no ranking na mesma proporção em relação a 2010, passando da 58ª para a 53ª colocação.
Apesar de ter caído três posições na classificação geral, a China, que ocupa a 29ª colocação, ainda lidera o grupo. Os demais países do grupo também registraram quedas em relação ao ano passado.
A Índia caiu três posições passando para 59ª colocação, a África do Sul passou da 50ª para a 52ª colocação e a Rússia desceu uma posição no ranking, passando para o 67º lugar.
O ranking de competitividade é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com 14 mil empresários em 144 países no mundo.



Brasil

O relatório de Competitividade Global destaca que o Brasil aparece agora entre as 50 economias mais competitivas do ranking, e que a melhora de posição acontece "apesar do índice de inflação de quase 7%".
O estudo afirma que o Brasil melhorou nas suas condições macroeconômicas e tira proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo.
O país também é elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação e no acesso a financiamentos para projetos de investimentos.
No entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre eficiência do governo e confiança em políticos.
"Mas apesar destes pontos fortes, o país também enfrenta desafios importantes. A confiança em políticos é baixa (121º no ranking específico para o tema), assim como a eficiência do governo (111º), por causa de excesso de regulação governamental (144º) e desperdício em gastos (135º)."
"A qualidade da infraestrutura de transportes continua como um desafio de longo prazo que não foi abordado, e a qualidade da educação não condiz com a necessidade cada vez maior de força de trabalho qualificada."
Os esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos, mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores, com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na economia.
O relatório diz que algumas percepções dos empresários não refletem necessariamente a realidade brasileira.
Sobre competitividade sustentável, "o desempenho geral relativamente bom do Brasil mascara uma série de preocupações ambientais, como desmatamento da Amazônia, com o país registrando um dos maiores índices de desmatamento do mundo. E apesar de o Brasil demonstrar um desempenho geral razoável na área de sustentabilidade social, a desigualdade enorme do país segue preocupante".



América Latina

Na América Latina, o Chile, em 33º lugar, manteve a sua liderança mesmo tendo caído duas posições e vários países latino-americanos registram avanços, como o Panamá, que foi do 49º lugar para o 40º, o México, que foi do 58º para o 53º e o Peru, que passou da 67ª para a 61ª colocação.
Nas primeiras posições da tabela, pelo quarto ano consecutivo, a Suíça ocupou o primeiro lugar. E Cingapura permaneceu na segunda colocação. A Finlândia ultrapassou a Suécia, passando a ocupar o terceiro lugar.
O top ten do ranking traz ainda, por ordem, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão.
Ainda que tenha aumentado sua posição geral, os Estados Unidos seguem em queda, pelo quarto ano consecutivo, tendo perdido duas posições.
Sobre os Estados Unidos, o relatório cita o aumento das vulnerabilidades macroeconômicas e aspectos do ambiente institucional do país como fatores de preocupação na classe empresarial, particularmente a pouca confiança pública nos políticos e uma perceptível falta de eficiência do governo.
Mas o estudo indica ainda que o país permanece sendo uma potência global em termos de inovação e que seus mercados funcionam de forma eficaz.


Ranking da competitividade 2012-2013

1. Suíça (1º no ranking anterior)
2. Cingapura (2)
3. Finlândia (4)
4. Suécia (3)
5. Holanda (7)
6. Alemanha (6)
7. EUA (5)
8. Grã-Bretanha (10)
9. Hong Kong (11)
10. Japão (9)
29. China (26)
48. Brasil (53)
52. África do Sul (50)
59. Índia (56)
67. Rússia (66)

FONTE> IG ECONOMIA

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Executivo aconselha jovens a buscar por paixão profissional


Executivo da TAM mudou o rumo da carreira diversas vezes 
  
Marcelo Mendonça trocou de faculdade, fez carreira na imprensa e migrou para a comunicação corporativa
               

Marcelo Mendonça, 54 anos, diretor de Assuntos Corporativos da TAM, começou a carreira aos 18 anos, como técnico de distribuição em energia elétrica. Ele acha curioso o fato de muitos jovens pensarem apenas em balada, enquanto ele, com a mesma idade, era responsável por desligar a energia elétrica de uma cidade, por exemplo. “Acho que eu cresci rápido”, afirma.

Ainda na faculdade, Mendonça descobriu que sua verdadeira paixão era o Jornalismo e não titubeou na hora de mudar de curso. Hoje atuando com comunicação corporativa, o executivo relembra na entrevista a seguir outros momentos de sua carreira.


Mudança de faculdade
Sou técnico em eletrotécnica e comecei fazendo tecnologia de Processamento de Dados e fui quase até a metade do curso, até me convencer de que não era isso que eu queria e que eu gostava de Comunicação, gostava de escrever. Uma vez que eu mudei de curso, me convenci que queria ser jornalista, repórter e correspondente internacional. Não foi uma mudança complicada. Eu saí para fazer algo que eu gostava mais, então foi motivo de prazer, de desafio intelectual, de sentir que eu estava no rumo que queria para mim. Me senti muito à vontade, foi um período de grande intensidade intelectual, de descobertas.

Primeiros empregos
Eu fiz colegial técnico e meu primeiro emprego foi na CPFL, como técnico de distribuição em energia elétrica, em Bauru. Fiquei cinco anos na empresa. Eu me convenci que provavelmente seria um técnico mediano, com um risco razoável de o mediano virar medíocre, porque aquilo não estava na minha alma. Depois eu passei cinco anos como escriturário do Banco do Brasil, em São Paulo. Até terminar o curso de Jornalismo e receber um convite da Folha de S. Paulo.

Bagagem como jornalista
O fato de eu ter uma carreira construída na imprensa é representativo, criei um relacionamento com as pessoas que estão na imprensa, conheço o funcionamento dos veículos de comunicação, o dia a dia de uma redação, os humores e até algumas idiossincrasias próprias da atividade jornalística. Ter experiência em jornalismo político também me ajuda, porque na TAM, a área de Assuntos Corporativos tem uma gerência de relações com a imprensa e uma gerência de relações institucionais e governamentais. No entanto, eu senti necessidade de buscar mais formação, além dessa em Comunicação. Por isso estou fazendo MBA em Gestão Empresarial na FGV. Existem algumas ferramentas próprias da gestão de empresas que o profissional que só tem uma formação na área de comunicação precisa buscar, seja para aperfeiçoar competências de liderança ou conhecimentos de finanças corporativas.

24 horas por dia, 7 dias por semana
Se formos falar de carga horária de trabalho, eu estou sempre disponível, mas posso dizer que é uma média de dez a 12 horas de trabalho por dia e o telefone toca de fim de semana, toca à noite. É muito intenso, porque a nossa atividade não é só com o consumidor. A companhia voa 24 horas por dia e existe demanda nesse período, mas a gente se organiza. Na área de relações com a imprensa, por exemplo, tem um celular de plantão que fora do horário comercial fica sempre com uma pessoa da equipe, para as demandas mais corriqueiras. Se existe uma demanda mais complexa, que exige a minha participação ou que precisam me consultar, eu sou acionado.

Conciliar trabalho e lazer
Ainda que os telefones fiquem ligados, eu procuro ficar com a minha mulher, encontrar a família, tentar ir ao cinema, sair para jantar e viajar. Como eu viajo bastante, sempre que há oportunidade, por exemplo uma viagem a trabalho, eu tento levar minha mulher para, de repente, aproveitar o fim de semana.

Achar o rumo e batalhar por ele
Se você gosta de algo e você tem energia e talento para buscar isso, sempre vai ter espaço no mercado de trabalho, por mais saturado que ele esteja. Quem está começando não pode ter receio de fazer uma mudança no meio do caminho. Eu passei por uma troca de carreira e só depois de dez anos que cheguei naquilo que eu queria. Isso não foi impedimento para eu crescer na carreira. Tem que gostar, ter paixão por aquilo que faz, e se capacitar.

Amadurecimento rápido
Eu olho para trás e veja como se desenvolveu a minha história, o meu começo de carreira. Eu comecei a trabalhar com 18 anos, na CPFL, em Bauru. Eu lembro que eu tirei carta e logo em seguida passei a pegar os carros da companhia. E eu gostava de balada, ia na boate da faculdade, mas quando eu penso no que eu fazia com 18, acho curioso – não é muito o que a gente vê hoje em dia. Tinha sábado que eu acordava às cinco da manhã e ia trabalhar, porque um empreiteiro ia remover uma linha de alta tensão que estava dentro de um lago, por exemplo. Então íamos lá desligar a energia elétrica da cidade e resolver todos os problemas que aconteciam durante essa ação. Aí eu paro e penso: eu fazia tudo isso com 19 anos! Acho que eu cresci rápido (eu tive que crescer), com as responsabilidades que eu assumi muito novo. Eu tenho orgulho disso! Ajudou a construir quem eu sou hoje. Eu podia ter tido mais baladas também, mas é uma coisa que eu olho para trás e acho bacana.
 
 
Rachel Sciré
 
 
 

COMPORTAMENTO INADEQUADO GERA DEMISSÕES

 
       
      Conheça e evite estes 6 comportamentos e características que os chefes abominam


      Existe uma máxima no mundo corporativo que afirma que os profissionais são contratados pelas suas competências técnicas e demitidos pelas suas competências comportamentais. Ou seja, a maioria dos profissionais é demitida porque não sabe se comportar de maneira adequada.

      Para não ser pego de surpresa, o Portal InfoMoney entrevistou dois especialistas, o Consultor de Carreira da Thomas Case & Associados, Renato Waberski, e Sócio da Search Consultoria em Recursos Humanos, Paulo Naef, que destacaram quais são os comportamentos e características que os líderes e empresas mais abominam nos profissionais.


      Confira:

      FALTA DE COMPROMETIMENTO

      Comprometimento não tem nada a ver com ser o primeiro a chegar e o último a sair. Comprometimento, segundo Naef, é quando o profissional se “envolve profundamente com seu trabalho, com os objetivos da empresa e com a sua própria carreira”. Ele acrescenta que as empresas querem pessoas que “tenham brilho nos olhos” e que se esforcem o máximo que puder para entregar suas atividades. Para o especialista, quem é comprometido é o primeiro a ser lembrado em caso de promoção.

      FALTA DE BOM SENSO

      Não ter bom senso é prejudicial, principalmente, nas relações de trabalho. Geralmente, a pessoa que não tem bom senso causa desarmonia dentro da empresa e mal-estar entre colegas e chefes.

      MUDANÇA DE HUMOR

      Existem profissionais que chegam bem dispostos para trabalhar, mas basta receber um e-mail ou telefonema que o mau humor começa a imperar. Já outros são tão mal humorados de manhã que o colega tem até medo de dar “bom dia”. Passada a hora do almoço, o bom humor aparece. “Este tipo de comportamento gera desconforto. Os líderes e os colegas possuem dificuldades de lidar com o profissional”, explica Waberski.

      PARANOIA

      Alguns profissionais têm mania de perseguição e acham que o chefe só quer prejudicá-los ou os colegas sempre estão armando algo. Quem vive desconfiando dos outros perde muito tempo pensando em maneiras de se proteger, o que pode atrapalhar a produtividade.

      MANIPULADOR

      Este profissional transita muito bem no ambiente corporativo, pois tem boa relação com todos e sabe fazer um “social” como ninguém. “Ele pode ser até visto como competente, mas ele só pensa no seu próprio objetivo. Para alcançá-lo, a pessoa é capaz de manipular os outros em benefício próprio”, acrescenta Waberski.

      INSATISFEITO

      É fácil reconhecer um insatisfeito. Ele reclama de tudo e de todos, gosta de apontar falhas na empresa, nos colegas e no chefe. Mas, claro, que isso não inclui o seu trabalho, os errados são sempre os outros. Para o consultor da Thomas Case & Associados, o principal erro de pessoas assim é achar que a empresa tem que se adaptar a ele e não o contrário.

      FONTE: DINHEIRO - MSN

    Captação de clientes: grandes contas


    Captação de clientes: grandes contas













     
     
     
    A ferramenta Captação de clientes: grandes contas é um guia prático para empresas de pequeno porte que querem conquistar grandes clientes.
     
    Ela orienta o micro e pequeno empreendedor a se preparar para apresentar sua empresa aos potenciais consumidores.
    Se por um lado um cliente de peso pode ser um sinônimo de qualidade para uma empresa de serviços, por outro ele pode significar mais risco para uma pequena fábrica.
     
    Ao usar uma abordagem simples, em dez passos que podem ser seguidos pelos empreendedores ou adaptados à realidade de seus negócios, a ferramenta quebra alguns mitos e prepara o empreendedor enfrentar essa situação importante.








    fonte: PEGN

    Principais erros de quem poupa para aposentadoria



     
    Preocupar-se com a aposentadoria é quase que uma obrigação para quem pensa em dispor de uma renda que cubra as necessidades do futuro. Confiar na previdência social (INSS) ou num único plano de previdência privada pode ser um tiro no pé, caso algo dê errado.
     
    Principais erros de quem poupa para aposentadoria
     








    Além de existirem muitas pessoas que não poupam para aposentadoria, há outras que mesmo poupando, ainda cometem erros que reduzem sua capacidade de poupança ou retardar o alcance da independência financeira.



    Li na semana passada a excelente matéria “12 erros de quem poupa para aposentadoria“, publicada no Portal Exame, com o consultor financeiro Gustavo Cerbasi. Todas as dicas são muito valiosas, mas duas delas impactam diretamente na rentabilidade do investimento e na capacidade de poupança ao longo do tempo. E esses principais erros de quem poupa para aposentadoria serão explorados ao longo deste artigo.



    Excesso de conservadorismo até entre os mais jovens

    É impressionante a quantidade de pessoas que optam por fazer planos de previdência muito conservadores, mesmo quando possuem o tempo a seu favor. A partir do momento que o plano para aposentadoria tem duração de 20 ou 30 anos, não faz sentido deixar quase que a totalidade do dinheiro em renda fixa.
    É de conhecimento geral que investimentos em renda variável (ações, por exemplo), a longo prazo, tendem a render bem mais que a renda fixa. Principalmente quando atravessemos períodos de baixa na bolsa, como o que estamos passando agora, onde o potencial de rentabilidade é ainda maior para o futuro.
    Apesar disso, pesquisas mostram que apenas 33% dos investidores abaixo de 30 anos optam por planos de previdência agressivos (até 49% do patrimônio em renda variável). Isso é, na minha opinião, desperdiçar excelentes oportunidades de construção de patrimônio para o futuro.
    Fazendo a opção por planos mais agressivos no início e migrando esses investimentos para planos mais conservadores com o passar do tempo, fará com que você construa um patrimônio bem interessante nos primeiros anos e mantenha esse patrimônio no final.



    Comprar imóvel cedo demais

    Quem já leu artigos no Quero Ficar Rico como por exemplo “Comprar casa própria ou alugar imóvel?” conhece minha opinião sobre essa questão. Sou totalmente a favor de alugar um imóvel ao invés de comprá-lo, sobretudo no começo da vida a dois.
    Vivemos numa cultura onde as primeiras grandes conquistas são a compra de um carro e a compra da casa própria. Além de serem dois bens destruidores de riqueza (ler o artigo “O que é ser rico para você?“), podem trazer grandes problemas quando comprados sem planejamento ou na hora errada.
    No caso do imóvel (tema desse tópico), a compra desse bem por volta dos 30 anos traz dois problemas. Em primeiro lugar, se o jovem for casado, vai comprar um imóvel maior que suas necessidades atuais. Como sua renda ainda não é muito alta, será necessário financiá-lo por um prazo longo. Ou seja, o imóvel terá que ser adequado para suprir as necessidades do casal durante um bom tempo, inclusive quando os filhos vierem.
    Em segundo lugar, ao comprometer boa parte de sua renda com um financiamento longo, o jovem sem filhos deixa de poupar para a aposentadoria justamente na época em sua capacidade de poupança é maior. Além disso, ele perde a mobilidade e a liberdade de buscar um emprego do outro lado da cidade, em outro estado ou mesmo em outro país.



    Conclusão

    Optar por planos conservadores quando você tem o tempo a seu favor ou tomar decisões que comprometem sua renda por prazos muito longos (financiamento de automóvel ou imóvel) podem atrasar ou até comprometer seu planejamento para aposentadoria.
    Geralmente essas atitudes são tomadas por pessoas que não possuem educação financeira e/ou encaram a poupança como sacrifício e privação da felicidade (outra dica citada na matéria). Isso é outro ponto já bastante abordado no Quero Ficar Rico, como no artigo “Viver ou juntar dinheiro? Escolho os dois!“.
    Todas as decisões tomadas (não apenas as financeiras!) devem ser muito bem planejadas e as consequências levadas em consideração. Ao adquirir um bem através de um financiamento, a renda (e consequentemente a capacidade de poupança) ficará comprometida por muito tempo, o que pode prejudicar diversos planos, caso esse gasto não esteja nos planos.
    Faça seu planejamento com equilíbrio e siga-o com bastante disciplina.




    Publicado em 11.07.2011 por Rafael Seabra em Aposentadoria

    fonte: Quero ficar rico - educação financeira

    segunda-feira, 3 de setembro de 2012

    Itaú Unibanco lança nova ferramenta de educação financeira

     

    Itaú Unibanco lança nova ferramenta de educação financeira


    Entrou no ar o novo portal de uso consciente do dinheiro do Itaú Unibanco. O site interativo é uma das mais inovadoras ferramentas de educação financeira.
     
    Com uma abordagem inédita e próxima, tem o objetivo de ajudar as pessoas a usarem melhor o dinheiro nos diferentes momentos de vida.
     
    “Com frequência, lemos nas manchetes dos jornais questões sobre o desenvolvimento da economia, a consequente expansão do crédito e o endividamento das famílias.
     
    Nesse contexto, cresce a importância e a necessidade de aproximar o conhecimento financeiro do dia a dia das pessoas”, afirma Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade do Itaú Unibanco.

     

    Novo portal de uso consciente do dinheiro

     
    No novo portal, o internauta – cliente do banco ou não – tem acesso a mais de 200 itens entre simuladores, testes, artigos, tutoriais, vídeos e podcasts, que abordam situações cotidianas, como:
    - dicas para sair do vermelho;
    - economizar sem abrir mão do consumo;
    - falar sobre dinheiro em família;
    - a escolha do melhor crédito; e o que fazer quando sobrar dinheiro no fim do mês.
     
    Os visitantes podem também enviar dúvidas que serão respondidas por especialistas da instituição.
     
    Esta é mais uma das dezenas de ações desenvolvidas pelo Itaú Unibanco para promover a educação financeira. O banco foi pioneiro no tema no país ao iniciar, em 2004, a discussão sobre uso consciente do dinheiro.
     
    “Os efeitos que esperamos com essas iniciativas são mudanças de atitudes nos indivíduos e o amadurecimento da cultura financeira na sociedade”, explica Denise Hills. “Afinal, entendemos que o papel de um banco não é apenas o de oferecer produtos e serviços, mas também oferecer conhecimento para que as pessoas possam fazer melhores escolhas”.
     
    Para saber mais, clique aqui e conheça o novo portal de uso consciente do dinheiro do Itaú Unibanco.
     
    Publicado em 03.09.2012 por Rafael Seabra em Geral
     
    fonte: Quero ficar rico - educação financeira
     

    Foi demitido ou quer pedir demissão?

    Faça as contas de tudo o que tem a receber

    Se você foi mandado embora sem justa causa, pode receber ao menos duas vezes o valor do salário, caso tenha ficado um ano na empresa

    Danielle Brant- iG São Paulo | - Atualizada às

    Agência Brasil
    Muitos trabalhadores têm dúvidas sobre os benefícios que têm a receber

    Graziele Cabral de Almeida, de 30 anos, trabalhava havia quatro anos em uma empresa de transportes de valores localizada em Santos (SP) quando foi demitida. Passada a surpresa, a paulista, moradora da cidade vizinha Guarujá, ficou sem saber como agir e, principalmente, quais benefícios teria que receber. A dúvida de Graziele é muito comum entre os trabalhadores, de acordo com Mihoko Sirley Kimura, sócia da área trabalhista do escritório TozziniFreire Advogados.
    Isso porque, conforme explica a advogada, o valor pode variar de acordo com três situações previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): demissão sem justa causa, demissão por justa causa ou pedido de demissão. E o empregado demitido pode receber ao menos duas vezes o valor do salário na rescisão, caso tenha permanecido no mínimo um ano na empresa.


    Mais: Governo muda regra para seguro-desemprego


    O cálculo mais fácil de ser feito é quando o próprio funcionário pede demissão. “Quando isso acontece, o empregador pode descontar o cumprimento do aviso prévio, e isso já faz uma grande diferença na conta”, explica Dora Ramos, diretora da agência contábil Fharos. O empregado deve dar o aviso prévio à empresa, para informar se vai seguir trabalhando ou se vai ser dispensado antes do término.
    A empresa tem o direito também de exigir que o empregado cumpra o aviso prévio, ou então, caso o funcionário não queira cumpri-lo, pode descontar o valor do salário na rescisão. Nessa hipótese, o funcionário recebe as férias não usufruídas e as proporcionais, além do 13º salário do ano proporcional.


    Também: Segredos para ter sucesso na carreira


    Quando pede demissão, o empregado perde direito ao saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) acumulado no período e à multa de 40% que incide sobre o valor. O FGTS descontado mensalmente é de 8% sobre o valor do salário. Ele só poderá resgatar o montante em caso de doença ou para comprar a casa própria. Fora isso, somente após três anos corridos sem registro na carteira de trabalho.


    Você está demitido

    Há também a possibilidade de demissão com ou sem justa causa. No primeiro caso, o empregado é mandado embora após cometer uma falta grave, que pode envolver improbidade administrativa, fraude, roubo ou qualquer outra ação dolosa, explica Kimura, do TozziniFreire Advogados. “O empregado perde praticamente todos os benefícios, inclusive o 13º salário e as férias proporcionais. Já as férias vencidas ele recebe de forma indenizada, junto com o um terço sobre as férias vencidas”, explica a advogada. Ele recebe também o saldo do salário, mas não tem direito a seguro-desemprego.


    Leia: Tá difícil? Saiba como passar em uma seleção de emprego


    Por outro lado, a demissão sem justa causa dá direito a uma série de benefícios que podem ajudar o ex-funcionário a arcar com suas finanças antes de ser admitido em outra empresa. Nessa situação, o empregador deve informar se deseja que o empregado cumpra aviso prévio ou não. Se optar por dispensá-lo, deve pagar o equivalente a um salário referente aos dias que o empregado foi liberado de trabalhar.
    Se quiser que ele cumpra o aviso, deve pagar pelos dias trabalhados. O funcionário pode escolher entre trabalhar 23 dias ou sair duas horas mais cedo do expediente, para ajudá-lo a encontrar novo emprego. Recentemente, o governo aprovou uma nova lei que amplia o prazo máximo de aviso prévio no caso dos trabalhadores demitidos. O tempo mínimo continua sendo de 30 dias, mas, a cada ano adicional trabalhado, o funcionário ganha mais três dias de aviso prévio, até o máximo de 90 dias.


    E ainda: Mais de 70% das empresas brasileiras sentem dificuldade para contratar


    A demissão sem justa causa dá direito também a férias vencidas, férias proporcionais, um terço das férias vencidas e proporcionais, 13º salário proporcional, FGTS e 40% do FGTS, calculado sobre o período em que o funcionário trabalhou na companhia. “Para ter direito a um avo do 13º salário, a pessoa tem que ter trabalhado pelo menos até o dia 15 do mês. Se for demitida antes disso, não recebe”, ressalta Dora Ramos, da Fharos.
    Além disso, poderá receber seguro-desemprego por até cinco meses, proporcional ao período trabalhado, no valor máximo de R$ 5.818,80, o que vai depender dos três últimos salários e do número de meses de trabalho. Vale lembrar que quem recebeu seguro-desemprego nos últimos 16 meses não pode contar com o benefício. “É preciso lembrar também que cada sindicato tem sua convenção, que pode incluir outros benefícios em caso de demissão”, alerta Dora.


    O que entra nas contas

    - Se você pediu demissão:
    • Salário a receber
    • Aviso prévio (se for cumprir)
    • Férias vencidas e proporcionais e um terço sobre as férias vencidas e proporcionais
    • 13º salário proporcional
    • O FGTS vai estar disponível após três anos ou em caso de doença e para dar entrada na casa própria
    - Se foi demitido por justa causa:
    • Saldo do salário
    • Férias vencidas e um terço sobre as férias vencidas
    - Se foi demitido sem justa causa:
    • Salário a receber
    • Aviso prévio
    • Férias vencidas e proporcionais e um terço sobre as férias vencidas e proporcionais
    • 13º salário proporcional
    • FGTS + 40% do FGTS
    • Seguro-desemprego
    FONTE: IG ECONOMIA

    sábado, 1 de setembro de 2012

    Como proteger os dados da minha empresa? (PARTE 2 DE 2)

    Vários tipos de ameaça podem estar rondando o seu computador (ou smartphone) neste exato momento. Saiba como driblá-los


              
      
    CARTILHA VALIOSA
    Durante os debates sobre segurança nas empresas, o Comitê de Tecnologia da Informação da Fecomércio/SP chegou a duas conclusões.
     
    A primeira é que as grandes empresas já têm planos estratégicos e plataformas preparadas para enfrentar inimigos como vírus, malware e spams.
     
    A segunda é que as empresas de menor porte ou não têm conhecimento sobre o assunto ou não têm como avançar na questão por razões de orçamento.
     
    Foi mirando esse universo que a entidade lançou, em maio, a Cartilha Segurança da Informação para Empresas.
     
    Com 46 páginas, o material reúne informações básicas que vão da compra do equipamento ao gerenciamento de informações e a capacitação da equipe.
     
    “Estão ficando comuns os casos de funcionários que enviam por e-mail ou revelam nas redes sociais informações sigilosas das empresas”, diz Opice Blum, presidente do comitê.
     
    “Criamos um material simples, para que os empreendedores pudessem tomar providências.”
     
     
    A cartilha está disponível em http://bit.ly/KszHqP.
     
     
    por Felipe Datt | Ilustrações Beto Uechi / Pingado
     
    FONTE: PEGN

    Como proteger os dados da minha empresa? (PARTE 1 DE 2)

    Vários tipos de ameaça podem estar rondando o seu computador (ou smartphone) neste exato momento. Saiba como driblá-los

    por Felipe Datt | Ilustrações Beto Uechi / Pingado
    Editora Globo
    O tema segurança nunca deixa de ser prioridade — sempre há alguém planejando um novo tipo de golpe. O Relatório 2011 sobre Ameaças à Segurança na Internet, elaborado pela Symantec, mostra que, enquanto os níveis de spam caíram 20% no ano passado, os ataques maliciosos direcionados aumentaram 81%. E o pior: as pequenas e médias empresas são o novo alvo dos invasores. Os dados mostram que 18% dos ataques foram direcionados a empresas com menos de 250 computadores. “Em 2010, os hackers miravam as grandes corporações ou órgãos do governo. Agora, a lógica é que as pequenas e médias fazem parte de uma cadeia onde o alvo principal são as empresas maiores”, afirma André Carrareto, estrategista em segurança da Symantec.

    As pequenas e médias também ficam mais atrativas à medida que investem mais em tecnologia — e abrem novas portas de entrada. Um estudo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti) mostra que o segmento corporativo respondeu por 70% das aquisições de tecnologia da informação no Brasil em 2011. Desse total, 39% vieram das micro e pequenas. Só que, enquanto crescem os gastos com tecnologia, a preocupação com a segurança da informação ainda não é assunto relevante nos orçamentos das companhias de menor porte. “A segurança deve ser pensada no momento de compra de máquinas e software”, diz Renato Opice Blum, presidente do Conselho de Segurança da Informação da Fecomercio-SP.

    Vários tipos de vulnerabilidades podem colocar uma empresa em risco. Eles vão desde as invasões de sistema por vírus, spams e links maliciosos a funcionários que expõem dados sensíveis. Com a popularização dos smartphones, ganham força as ameaças que atingem os dispositivos móveis. Saiba, a seguir, quais são os principais vilões — e como evitá-los.




    A AMEAÇA QUE VEM DE FORA
    Editora Globo
    Seja uma loja de pequeno porte com um único computador, seja uma plataforma de comércio eletrônico com 250 máquinas e equipe de TI própria, é importante trabalhar com hardware e software originais, que contam com garantia dos fabricantes. Um pacote de segurança, com ferramentas como antivírus, fire¬wall e antispam, é fundamental para qualquer tamanho de empresa. Uma consultoria especializada pode ajudar a escolher o melhor modelo de tecnologia — e de proteção — para o perfil do seu negócio. “Novas tecnologias, como a virtualização e a computação em nuvem podem ter custos menores do que os gerados pela compra da infra¬estrutura própria. E a empresa saberá quanto vai gastar conforme suas operações crescem”, afirma Carrareto, da Symantec.

    Os golpistas têm muitas táticas para atrair cliques indevidos — uma das mais recentes teve como isca supostas fotos da atriz Carolina Dieck¬mann, de carona no noticiário. Por isso, é necessário se blindar, também, contra incidentes como o do funcionário que inocentemente (ou de forma distraída) clica em um link malicioso. Como consequência, a empresa pode ter seus dados sequestrados, perder informações da base de fornecedores ou até vazar os dados de cartão de crédito da clientela — um prejuízo tão grande (nas finanças e na reputação) que pode levar ao fechamento do negócio. É fundamental educar os funcionários sobre esses perigos e configurar o soft¬ware de segurança para que bloqueie links suspeitos.


    FIQUE DE OLHO
    NAS NUVENS > Vale a pena estudar os custos do uso de virtualização e da computação em nuvem. Pode haver economia nos gastos com a infraestrutura do negócio.
    ATUALIZE, SEMPRE!
    Soluções de segurança contra ataques de vírus e links maliciosos precisam ser atualizadas constantemente, para permitir uma varredura automática eficiente.
    BLOQUEIO EFICAZ
    Não menospreze a necessidade de ter um firewall protegendo a rede da empresa.




    O PERIGO MORA EM CASA
    Editora Globo
    Levantamento com 1.275 executivos de todo o mundo, realizado pela consultoria Kroll, em parceria com a The Economist Intelligence Unit, aponta que 75% das empresas registraram algum tipo de violação de segurança em 2011. Houve queda de 13 pontos percentuais em relação a 2010. Mas um dado preocupante é que 60% dos entrevistados identificaram que o ataque veio de um funcionário ou fornecedor. Do total, 25% relataram roubos de ativos físicos e 23% detectaram o sumiço de informações. Os consultores recomendam uma política clara para definir quem deve ter acesso a dados estratégicos.

    Especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão empresarial, o ERP, a empresa paulista Deak Sistemas conviveu por anos com situações como a de programadores que desapareciam com informações estratégicas de códigos-fonte. “Já tive funcionário que saiu daqui levando complementos do nosso software. Ele sai, monta uma empresa e começa a prestar o mesmo serviço, como concorrente”, diz Alfredo Deak, sócio da empresa. A situação o levou a rever os procedimentos. Desde 2005, Deak passou a fazer um bloqueio rigoroso contra ameaças e restringiu o acesso à internet. “Antes, não tínhamos qualquer controle ou proteção em relação aos programas desenvolvidos.”

    A gestão interna da segurança virou uma preocupação central para a ZipCode, que faturou R$ 13,5 milhões em 2011. Com atuação focada nas áreas de mar¬keting direto, crédito e cobrança, a empresa administra uma base de dados que supera os 2,5 terabytes, com informações de milhares de consumidores brasileiros. Proteger esses dados é vital para a sobrevivência do negócio — uma cláusula de confidencialidade no contrato obriga a ZipCode a se resguardar contra potenciais vazamentos e roubo de informações. Elas estão armazenadas em um datacenter localizado fora da sede da empresa.

    A política de segurança criada pela empresa mira, principalmente, os colaboradores internos. “Os computadores não permitem a gravação de CD ou DVD ou a leitura de pen drives, impedindo que funcionários copiem informações”, diz Karla Ynonye, gerente de TI da ZipCode. Se alguém roubar o HD e ligá-lo em outra máquina, não conseguirá fazer a leitura — os arquivos são criptografados. Além disso, o acesso a e-mail pessoal e às redes sociais é bloqueado. “No momento da contratação, explicamos os princípios da empresa e as razões dessas medidas. Todos assinam um termo de confidencialidade.”

    FIQUE DE OLHO
    AS REGRAS DA CASA > Adote um código de ética, explicando aos funcionários as melhores práticas e a importância de proteger os dados.
    ACESSO RESTRITO > Os funcionários devem manejar apenas os dados necessários para seu trabalho.
    ERA UMA VEZ UM FACEBOOK > A regra é polêmica, mas a limitação de acesso às redes sociais é uma medida eficaz de prevenção.




    O ATAQUE TAMBÉM É MÓVEL
    Editora Globo
    Segundo dados da consultoria Teleco, já existem 52 milhões de smartphones em operação no Brasil. A tendência é que esse número dê novos saltos. Levantamento do instituto IDC estima que foram vendidas 9 milhões de unidades desses aparelhos no ano passado, alta de 84% ante o ano anterior. No mesmo período foram comercializados 400 mil tablets.

    A mobilidade é tendência, mas a chegada dos portáteis no universo corporativo trouxe um novo desafio para as empresas: gerenciar a segurança desses dispositivos. A regra é que os aparelhos móveis requerem a mesma atenção dos tradicionais — se o orçamento prevê solução de antivírus para o universo PC, preocupe-se também com smart¬phones e tablets. A medida ajuda a dados que são acessados remotamente, como e-mails corporativos, por exemplo.

    Um estudo do fabricante de antivírus Kaspersky mostra que o número de ameaças virtuais para smartphones e tablets aumentou 65% em 2011. A maioria das pragas (que variam das que gravam ligações e roubam a lista de contatos e e-mails àquelas que copiam dados pessoais, como senhas) infecta os aparelhos através de downloads de aplicativos e tem como alvo o sistema operacional Android, do Google. O número de programas maliciosos para essa plataforma cresceu de 16, no início de 2011, para 1.930, no fim do ano. “Verificamos um aumento de 93% nas vulnerabilidades que afetam dispositivos móveis. As pessoas querem estar conectadas, mas as empresas têm de estar alertas e garantir que os funcionários que trabalham remotamente não comprometam nenhum dado corporativo sensível”, diz Carrareto, da Symantec.

    FIQUE DE OLHO
    TELA BLOQUEADA > Opções de segurança, como senhas, devem ser utilizadas principalmente em notebooks, um aparelho com alto índice de roubo.
    TUDO EM CÓDIGO > Tecnologias como criptografia evitam que as informações sejam acessadas sem senha, e bloqueiam o acesso aos dados copiados para outro computador.
    CÓPIA DE SEGURANÇA > Com ou sem acesso remoto dos funcionários, faça regularmente um backup de todas as informações relevantes — da lista dos fornecedores e clientes às tabelas de preços.


    FONTE: PEGN

    Dívidas preocupam 62% das famílias que moram nas capitais brasileiras

    Para tentar entender o gigantesco universo de compras, dívidas e juros, a Federação do Comércio de São Paulo estudou o comportamento das famílias brasileiras nos últimos dois anos.

    ISABELA ASSUMPÇÃO E ROSANE MARCHETTISão Paulo e Porto Alegre


    Era uma vez um povo que sonhava em morar numa casa espaçosa, confortável. Na cozinha, fogão e geladeira novos. Na sala, a televisão enorme e o computador de última geração. Na porta da casa, mostrando o quanto a vida melhorou, o carro novo à espera da próxima aventura da família.
     
    Milhões de brasileiros dão duro todos os dias para transformar esse sonho em realidade. Desejamos, planejamos. Estamos sempre fazendo contas. E mesmo quando não temos todo o dinheiro pra levar pra casa o nosso objeto do desejo, nada nos impede. Afinal, quem sonha, tem crédito.
     
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    E são bilhões de reais em crédito. Para tentar entender esse gigantesco universo de compras, dívidas e juros, a Federação do Comércio de São Paulo estudou o comportamento das famílias brasileiras nos últimos dois anos.
    Com informações de consumidores das 26 capitais e do Distrito Federal, foi se desenhando um mapa do endividamento no país. A conclusão? Dívidas? Atire a primeira pedra quem não tem nenhuma?
    Ao todo, 62% das famílias que vivem nas capitais brasileiras têm algum tipo de dívida. O músico e publicitário Rafael. O analista de compras Rafael. Dois jovens que antes dos 30 vivem seus últimos momentos de solteiro. E como diz o velho ditado: quem casa, quer casa.
    “Eu não quero casar endividado, eu só caso com você se não tiver dívida. Se tiver eu não vou casar”, ressaltou o analista de compras Rafael Bezerra.
    “Eu concordei na hora. Nossa, mudou, viramos adultos”, lembrou a assistente financeira Bruna Vila Toledo.
    Deixar o mundo do faz de conta, onde tudo dá certo, não foi fácil. Logo no início da vida profissional, Rafael e Bruna foram enfeitiçados pela magia do consumo. Gastaram bem mais do que podiam. E ainda enfrentaram o pesadelo do desemprego. Tudo, tudo parecia conspirar contra o final feliz.
    “Tínhamos o carro. Roubaram o carro. Não tínhamos o seguro, por conta de não ter pago o seguro. Aí ficamos com a dívida do carro. Então acumulou o cheque especial, a dívida do carro, o boleto”, contou Bruna.
    “Chegou alguma hora que vocês olharam aquilo e viram que tavam realmente em apuros ou não?”, perguntou a repórter.
    “Não, nem olhava, a gente já sabia que tava em apuros. Nem vou olhar . Meu Deus”, disse Rafael.
    Mas o que os olhos não veem, o coração sente. E muito. Os problemas financeiros abalaram o romance.
    “Se você não tiver cabeça, essas coisas entram no relacionamento e acabam. Não tem jeito”, revelou Rafael.
    “Ele ficou muito nervoso, ficou muito revoltado na época. Não tinha paciência com nada, nem comigo, muito menos comigo. Resolveu falar, eu vou curtir a minha vida e fica cada um pro seu lado. Falei, então está bom”, disse Bruna.
    “Aí depois de três meses a gente voltou o namoro”, lembrou Rafael.

    “Esses três meses que ficamos separados serviu muito. Cada um sentou e pensou realmente, existe um futuro, nós vamos ficar velhos, foi uma lição mesmo pra nós”, destacou Bruna.
    Com paciência e amor, eles recomeçaram. Emprego novo. Vida nova.
    “Eu olhei pra dívida, eu tive coragem de olhar pra ela, falei assim, agora vamos conversar”, completou Rafael.
    “O brasileiro é um bom pagador. Todos os indicadores de inadimplência que nós temos disponíveis mostram isso. De R$ 600 bilhões que estão emprestados no mercado, apenas 8% estão sem pagamento, estão inadimplentes”, afirmou o assessor econômico da Fecomercio/SP, Altamiro Carvalho.
    “Renegociamos tudo. Eu entrei em contato com os bancos”, contou Rafael.
    “Aí acabou cinema, restaurante, pizzaria”, disse Bruna.
    “Ou seja era possível. Era uma questão de organização, dedicação, foco naquilo que você tá fazendo”, completou Rafael.
    Foco? Organização? Isso nunca foi problema para outro Rafael, o publicitário que usa a música para passar a sua mensagem.
    “Eu comecei a trabalhar com uns 16 anos, mais ou menos. Então desde essa época eu já falei: ‘bom, algum dia eu vou querer comprar a minha própria casa, o meu próprio apartamento. Então já vou guardando dinheiro porque eu sei que algum dia eu vou precisar usar’”, disse o publicitário e músico Rafael Ortega.
    O dinheiro que estava na poupança, agora está todo em um apartamento. Com uma ajudinha da família, Rafael e Regiane vão começar a vida a dois com apartamento próprio, e reformado do jeito que eles sonharam.
    “A gente priorizou o apartamento em relação ao casamento, a festa”, contou Rafael.
    “A gente preferiu investir no apartamento porque é uma coisa que vai pra vida toda”, completou a quiropraxista Regiane Wiens.
    Nesse caso a vida real conspirou a favor. O pai e os tios de Rafael receberam o imóvel de herança e concordaram em vender para o casal. Um negócio de família, sem juros. A parte dos tios, os noivos já conseguiram pagar. A do pai. Bom, a do pai, “eu propus pra ele, eu falei: ‘pai, que você acha de eu pagar em quatro anos, R$ 1,5 mil por mês?’. Se eu fosse pagar um aluguel ia ser por aí. Então, ele falou: ‘claro, quatro anos, não tem problema. Eu quero te ajudar’”, explicou Rafael.
    Quem não sonha com uma facilidade dessa? Em todo o país, são três milhões de imóveis financiados. Juros em cima de juros. É como correr, correr e quase não sair do lugar.
    Tânia pagou R$ 768 este mês de prestação do apartamento, R$ 383 só de juros.
    “Você sofre um pouco quando vê todos esses papéis de todas as prestações que já foram e as que faltam ainda?”, perguntou a repórter.
    “Na verdade eu falo assim: ‘oba, isso aqui já passou, eu já paguei’”, disse a funcionária pública Tânia Maria Ferreira.
    O apartamento de 44 metros quadrados foi financiado em 20 anos. Dívida longa, com vista privilegiada.
    “Eu me animei porque eu tive conversando com o gerente, ele falou: ‘olha, 80% das pessoas que financiam, elas quitam o imóvel no máximo em 10 anos’. Eu pensei: ‘eu vou estar nessa faixa’”, lembrou Tânia.
    Dos R$ 69 mil que financiou, Tânia já pagou mais de R$ 40 mil. E ainda deve R$ 56 mil. Conta que assusta qualquer um.
    “Eu fiz os cálculos do nosso. A gente conversou sobre isso. O nosso daria dois apartamentos e meio”
    “E começar a vida com uma dívida já pesada não te pareceu uma boa?”, perguntou a repórter.
    “Não, não. Já começar com problema no relacionamento, não vale a pena”, respondeu Regiane.
    O Rafael e a Bruna sabem bem disso. No computador, a saída que eles encontraram para uma vida mais tranquila. Rafael trata como uma filha a planilha que ajudou o casal a escapar da crise financeira e amorosa.
    “O cartão de crédito meu e da Bruna, aí tem a mensalidade da escola, curso, academia, tem faculdade, tem dentista”, explicou Rafael.
    Tudo muito bem controlado por quem não quer repetir o erro.
    “Agora nesse caso de janeiro que vocês ficaram no negativo, isso quer dizer o quê? Que vocês entraram de novo no cheque especial?”, perguntou a repórter.
    “Não, a gente já tinha um dinheiro guardado. Na verdade ele também serve de um seguro pra você. Como a gente está em estado de casamento, sempre vai ter aquela coisinha que a gente vai ter que gastar. Não é estado de graça, é estado de casamento”, afirmou Rafael.
    E como quem casa, sempre quer casa. Rafael e Bruna já tem um apartamento pra chamar de seu. Vai ser entregue só em setembro, depois do casamento. Mas, tudo bem. Se o final for feliz, ninguém se importa de esperar mais um pouquinho.
    Em um mundo de tentações. Difícil resistir. A cada passo, a cada olhar, a gente sente que vai mesmo realizar um sonho. Afinal o crédito é fácil e as prestações baixinhas. Parecem caber direitinho no nosso bolso.
    Dona Cleide faz parte de um exército de brasileiros que carregam cada vez mais sacolas de compras.
    “Estou comprando mais do que eu comprava alguns anos atrás”, afirmou a aposentada Cleide Fernandes Neimaer.
    “Por que aumentou a sua renda ou facilitou o crédito?”, perguntou a repórter.
    “Facilitou o crédito filha, facilitou o cartão. Cartão facilita muito, tu sabendo trabalhar com ele. Tu não ter três cartões tudo em cada loja, não. Eu faço assim: eu termino de pagar esse, pego outro pago. E se aquele que está bom eu entro no meio”, respondeu Cleide.
    Comprar é muito bom. Ruim, é não poder pagar. Ninguém quer estragar o sonho de ninguém, mas se nessa hora de euforia a conta não for feita direitinho, perigo à vista. Ou melhor, à prazo. Em infinitas prestações.
    “O endividamento por si só ele não é uma coisa ruim. Quando a família se endivida, ela simplesmente está comprando a credito. O problema é quando as famílias não tem a capacidade de honrar as dividas que elas assumiram”, explicou a economista Patrícia Palermo.
    E as famílias de Porto Alegre têm a maior dívida média do Brasil. São R$ 2.180 por mês. Fomos atrás desses compradores. Cheios de contas pra pagar. Encontramos Anajara, com três financiamentos, muitas parcelas e apenas um salário mínimo. Ela entrou no SPC.
    "Meu sonho mesmo é pagar essas dívidas e ficar com o nome limpo para conseguir o meu cartãozinho normal", disse a empregada doméstica Anajara Martins Soares.
    Mas o que fazer para não ficar com o nome sujo na praça? Ouvimos economistas e consumidores. A regra número um e elementar: não gastar mais do que se ganha.
    “O que as pessoas têm que ter claro na sua cabeça é que acabou-se o tempo de se fazer contas baseadas na lembrança. As famílias vão ter que sim, sentar ao redor de uma mesa, botar nas contas num papel e deixar claro a todos os envolvidos quanto se ganha, quanto se gasta e quanto se pode gastar”, afirmou Patrícia Palermo.
    Seja um comprador. E também um poupador.
    “Ele pode adquirir coisas, ele pode ser feliz comprando coisas. Gastando, mas fazendo poupança”, ressaltou o economista PUC-RS Alfredo Meneghetti.
    E pesquise muito, para ter certeza de que não vai errar.
    “Primeiro eu estudo quanto dá de juro no final. Se vale a pena eu compro no carnê, se não vale a pena eu vou pro cartão, se não vale a pena o cartão, eu compro à vista”, afirmou a recreacionista Sílvia Marques.
    E ao comprar à vista. Peça desconto, ele parece pequeno, mas vale a pena.
    “Pelo histórico inflacionário as pessoas pensam que um bom desconto à vista fosse 20%, 10%, mas o que o lojista consegue repassar efetivamente como desconto à vista pro seu cliente acaba ficando em torno de 5%, que é o custo que ele tem se ele for antecipar esse recebível com uma operadora de cartão de crédito, com o banco”, explicou o presidente da CDL-Porto Alegre, Gustavo Schifino.
    E vale a pena comprar à prazo?
     
    “O vilão nessa história não é o parcelamento, o parcelamento ele ajuda. Tu vai antecipar o prazer de uma compra. E sempre com cuidado de não pagar um juros muito alto nisso”, completou Gustavo Schifino.
    E não assuma dívidas antes de analisar o orçamento da casa. Lembre que você tem água, luz, telefone e o supermercado para pagar.
    Além da razão, o coração tranquilo também ajuda muito. Nunca devemos ir às compras sob efeito de sentimentos fortes como inveja, tristeza,raiva ou competitividade. Porque acabamos compensando essas frustrações nas compras. E mais um segredinho: não confunda necessidade com desejo de comprar.
     
    FONTE: GLOBO REPORTER

    Ouro supera Bolsa e se torna a melhor aplicação de agosto

     

    Metal, que foi a melhor opção do primeiro semestre e que já tinha fechado 2011 como investimento mais rentável, voltou a se confirmar na preferência dos investidores


    Olivia Alonso e Danielle Brant | - Atualizada às
     
     
    O ouro desbancou a bolsa (que foi a melhor aplicação de julho) e se tornou a opção que mais trouxe retorno ao investidor em agosto, após subir 4,67% no mês. Com isso, o metal, que foi também a melhor alternativa do primeiro semestre e já tinha fechado 2011 como investimento mais rentável, voltou a se confirmar na preferência dos investidores em momentos de crise, que recorrem ao ouro quando buscam aplicações seguras.
     
    Em agosto, o metal registrou grande valorização no exterior, e continua sendo uma opção conservadora para a diversificação, explica o administrador de investimentos Fábio Colombo. "O ouro é reflexo do que acontece lá fora. Como a situação está conturbada, os investidores se refugiam no ouro", afirma. O metal vem tendo uma escalada de alta e já soma ganhos de mais de 12% no ano.
     
     
     
     
    O ouro é uma opção de investimento com pouca liquidez no mercado interno, por isso as cotações podem ser um pouco imprecisas. O preço do metal, no Brasil, é composto por duas variáveis: o preço do dólar e a cotação do ouro no exterior. Assim, a alta do dólar nos últimos meses também colabora para a valorização do ouro.
     
    Com o bom desempenho no mês, o metal superou a alta da Bovespa (+ 1,72%), do euro (+ 1,39%), de títulos e fundos de renda fixa e da poupança. O dólar encerrou o mês com queda de 0,83%. Veja a comparação abaixo:

    Melhores aplicações de agosto

    Veja o desempenho das principais opções de investimento no mês (em %)
     
    Fabio Colombo

    Da metade do mês para a frente, as bolsas registraram uma pressão positiva de recuperação, na expectativa de que "algum coelho sairia da cartola" e ajudaria a solucionar a crise da dívida da zona do euro, explica Pedro Galdi, economista-chefe da corretora SLW. "Nessa semana, os mercados aguardaram a reunião dos presidentes dos Bancos Centrais dos Estados Unidos, e o pronunciamento do presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), que acabou não falando nada", afirma.
     
     
     
     
    No discurso, Ben Bernanke afirmou que o banco central vai agir "conforme necessário" para fortalecer a recuperação. No entanto, deixou claro que é preciso ver os prós e contras da adoção de mais estímulo monetário, embora tenha indicado que os custos podem valer a pena.
     
    Mesmo com a falta de novidades, alguns indicadores melhores que o esperado ajudaram a dar ânimo aos mercados no mês, em especial os referentes aos Estados Unidos. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano foi revisado para cima, de 1,5% para 1,7%, no segundo trimestre.
     
    Os investidores também esperavam que o Banco Central Europeu definisse seu plano de intervenção nos mercados da dívida da Espanha e da Itália, e isso não ficou esclarecido, ressalta Colombo.
     
    Já no Brasil a informação mais importante foi a divulgação do PIB, nesta sexta-feira, que mostrou avanço de 0,4% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre do ano.
     
    No próximo mês os investidores seguirão atentos às novidades sobre as intervenções do BCE e procurarão mais informações sobre o plano de socorro ao setor bancário da Espanha. Além disso, continuarão aguardando uma sinalização do Fed de que vai adotar medidas de afrouxamento monetário.
     
     
    Confira as melhores aplicações nos meses anteriores de 2012:
     
    Janeiro:Bovespa(+ 11,1%)
    Fevereiro: Bovespa(+ 4,34%)
    Março: dólar e euro (+ 6,5%)
    Abril:ouro(+ 5,3%)
    Maio:dólar(+ 5,8%)
    Junho: ouro (+ 2,33%)
    Julho: Bovespa (+ 3,2%)
    Primeiro semestre:ouro(+ 8,8%)
     
    fonte: IG ECONOMIA