sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Caminhadas ao ar livre fortalecem a vida profissional

Prática do trekking proporciona a serenidade e a força necessárias para que executivos consigam atingir suas metas, mesmo as mais ousadas



Brasil Econômico- Vanessa Correia e Flavia Furlan |



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As belas paisagens proporcionadas por uma caminhada ao ar livre e o esforço empreendido para que se alcance o objetivo traçado podem trazer serenidade e a força necessária para que executivos alcancem suas metas profissionais. Por essa e outras razões que o número de adeptos do trekking, ou caminhada ao ar livre, cresce dia a dia.

Geraldo Isoldi, 36 anos, ex-sócio da corretora de valores Isoldi, é um exemplo. Ele largou o mercado financeiro para se tornar sócio da assessoria esportiva Selva Aventura, que ajuda a epararinteressados em praticar esportes ao ar livre, como trilhas e corridas de aventura. “Atuava há 13 anos no mercado financeiro e o cenário já se mostrava bastante desafiador para as corretoras independentes na época em que tomei a decisão. Em 2010, durante um treinamento para uma corrida de aventura na selva, me propuseram a sociedade e aceitei”, lembra o empresário.

O engenheiro Marcio Moniz Chafino, de 40 anos, é outro adepto de trekking. A última expedição dele e da mulher Silvana foi na passagem do ano passado para este ano, para o monte Kilimanjaro, na Tanzânia. “Fizemos o que chamamos popularmente de escalaminhada, ou caminhada em trilhas de ascensão. Demoramos quatro dias para chegarmos ao cume, caminhando mil metros ao dia, e dois dias para descermos”, diz.

Mas esse não foi o único trekking feito por ele. Chafino soma mais de 12 viagens, e os roteiros incluem Venezuela, Bolívia e Patagônia. “Essa integração com o meio ambiente é muito bacana. Mais até do que o esporte em si”, ressalta.

Sempre que executa atividades como esta, ele procura fazer uma analogia com a vida profissional: se não tiver concentração, força de vontade e preparação não entregará os resultados esperados. “Atividades como esta me dão força para alcançar meus objetivos profissionais, assim como também busco força na vida profissional para chegar ao cume ou ao fim de cada caminhada.”

Assim como qualquer atividade física que exige muito esforço, os praticantes de trekking devem, antes de tudo, fazer um check-up. O próximo passo é se preparar, tanto física quanto psicologicamente. “Embora não seja possível fazer trilha todos os dias, é importante que os interessados e praticantes de trekking façam atividades físicas e aeróbicas regulamente”, diz Renata Castro, cardiologista especialista em medicina do exercício do Vita Check-Up Center.

Ela lembra que os benefícios trazidos com a prática regular de exercícios físicos são inúmeros: melhora a saúde cardiovascular, controla a pressão arterial e o diabetes, melhora o perfil lipídico e até mesmo previne alguns tipos de câncer. “Ao aplicar essas condições à vida profissional será possível observar melhora da resistência, da qualidade do sono, redução do estresse e aumento da capacidade de enfrentar as adversidades”, diz Renata.

Além disso, é na caminhada que as pessoas conseguem desenvolver o autoconhecimento — algumas pessoas se aventuram, inclusive, sozinhas —, já que é o momento de se testar limites e saber como reagirá diante de desafios. “É preciso treinar o psicológico para se desapegar do que ficou para trás. Quando a pessoa se desliga, ela desenvolve novos pensamentos e ideias que vão ajudar na vida profissional”, destaca Isoldi.

Para quem está iniciando a prática de trekking, ele recomenda trajetos mais curtos e mais próximos de casa. “Não são coisas perigosas de se fazer, como muita gente pensa, mas não adianta escolher um trajeto muito longo se nunca andou na vida”, diz.


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FONTE: IG ECONOMIA

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