sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

16 ATITUDES PARA TRANSFORMAR SUA VIDA FINANCEIRA EM 2011

POR DENISE GODOY

Curtir o salário, pagar todas as contas em dia, acabar com as pendências, começar a investir –administrar bem o seu dinheiro com certeza é parte da lista de desejos de muitos brasileiros às vésperas de começar um novo ano.

Para passar da promessa à ação e de fato mudar de vida em 2011, eis 16 ideias super eficazes:

1 – Tenha um grande objetivo
Começar a se organizar e poupar fica bem mais fácil quando existe um sonho que os recursos podem ajudar a tornar real, como a compra da casa própria ou uma viagem de intercâmbio cultural. Separar já no começo do mês os montantes destinados a formar uma reserva e só depois montar o orçamento da casa com o que sobra, e não o contrário, é uma estratégia que funciona bem.
Sugestões de Conrado Navarro, consultor do programa Consumidor Consciente, da Mastercard:

2 – Abandone o complexo de vítimaMuitas pessoas culpam o governo, os bancos, as lojas e a família pela sua realidade financeira ruim. A verdade, porém, é que os apertos são resultado da falta de planejamento e de más decisões tomadas. Assumir a responsabilidade por cada ato é fundamental para conseguir mudar.

3 – Tome pé da situaçãoNão é necessário adotar planilhas nem sistemas complexos. Em um singelo caderninho pode-se anotar, com rigor, todos os gastos da família. A contabilidade feita somente na cabeça engana.

4 – Automatize os investimentos
Não havendo o hábito de economizar uma parte das receitas da casa, programar aplicações para determinadas datas (por exemplo, o dia em que o salário cai na conta corrente) é a solução para evitar esquecimentos.

5 – Assuma o compromisso de fugir das dívidas carasO cartão de crédito e o cheque especial são ferramentas bastante úteis, mas com indicações e formas de uso específicas. Rolar a fatura do cartão e deixar o cheque especial descoberto por descuido significa pagar juros altíssimos. Trocando tais débitos por outros mais baratos, como o empréstimo consignado, e proibindo-se de voltar a abusar deles, o consumidor já aprimora a qualidade das suas finanças.
6 – Dedique tempo para se educar e aprender a gerir o seu dinheiroEm livros, jornais, sites, blogs e cursos especializados, pode-se obter muito conhecimento que auxilia na administração dos recursos e dos projetos. É ótimo entender, finalmente, o que o gerente do banco está dizendo e se sentir no controle.

7 – Pesquise preçosVale a pena andar um pouco mais e não comprar no primeiro estabelecimento que aparece. De centavo em centavo, no final a diferença pode ser bem grande.
8 – Concentre-se na sua qualidade de vidaO dinheiro é um meio para se viver bem; não precisa, portanto, virar uma fonte de preocupações e problemas. Esse conceito é que se deve ter em mente na hora de estudar as maneiras de ganhá-lo e gastá-lo.
Sugestões de Mauro Calil, diretor do Centro Calil & Calil de Estudos e Formação de Patrimônio e autor do livro “A Receita do Bolo” (Clube de Autores):

9 – Saiba exatamente quanto você ganha
Geralmente, a contabilidade da casa contempla as receitas brutas de cada um dos membros, e aproximada –é nacional a mania de arredondar os valores para cima, em uma matemática torta pela qual começam os erros na administração dos recursos.

10 – Estude com cuidado suas despesas para realizar cortes e substituições
Examine com lupa cada gasto e avalie se existe alguma forma de reduzi-lo. O excesso pode estar escondido nos 200 canais da TV a cabo ou nas pizzas que substituem o jantar caseiro noite sim, noite também.

11 – Diminua os limites dos cartões de crédito para 50% da sua renda líquida e o do cheque especial, para 10%
 Trata-se de é uma tática para controlar a tentação de comprar mais do que se deve, comprometendo o orçamento da casa. Somando todos os cartões, o montante disponível para compras deve ser de, no máximo, metade das receitas da família. Afinal, além da fatura, outras contas devem ser pagas: energia elétrica, condomínio, aluguel… O cheque especial precisa ter apenas o tamanho adequado para cumprir a sua função, que é a de solucionar alguma emergência.

12 – Mantenha uma reserva de recursos para aproveitar as promoções
Ofertas de produtos que são muito demandados em casa (fraldas, material escolar, mantimentos etc) apresentam-se como uma ótima chance de economia. Por isso, é recomendável separar uma quantia do orçamento justamente para ser gasta quando aparecem essas boas oportunidades. Lançar mão do estratagema requer, entretanto, que o consumidor saiba exatamente quanto gasta com cada item, pois assim pode identificar bem as vantagens.
Sugestões de Cristiana Dias Baptista, planejadora financeira certificada:

13 – Planeje suas aquisiçõesÉ preferível poupar um pouquinho todo mês até ter dinheiro suficiente para comprar um bem do que parcelar. Mesmo sem juros, dividir o pagamento dá a falsa sensação de ter dinheiro sobrando.

14 – Não parcele compras que se repetem todos os meses
De nada adianta dividir despesas recorrentes, como as de farmácia e supermercado. Em pouco tempo, as parcelas vão se sobrepor, criando uma bola de neve.

15 – Evite ir ao shopping com a cabeça cheia
Problemas e estresse são péssimos conselheiros na hora de fazer compras.

16 – Espalhe pela casa avisos lembrando a si mesmo da sua decisão de cuidar das suas finançasComo faz quem está de dieta, colocar no papel, ler, refletir e repetir as resoluções sobre dinheiro tomadas contribui para fixá-las e fortalecê-las internamente.



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FONTE: IG - SEU DINHEIRO

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ouro foi a única aplicação que bateu a inflação em 2010

Bolsa de Valores marca o segundo pior desempenho do governo Lula, só perdendo para a queda de 41% registrada em 2008


Nelson Rocco, iG São Paulo | 30/12/2010 05:54
 
 
O ouro encerra o ano de 2010 como a aplicação mais rentável e como a única que bateu a inflação. As ações, que já foram as grandes vedetes da década, tiveram desvalorização de 0,8% no último ano do governo Lula, a segunda pior marca desde que assumiu a Presidência da República, em 2003.

O metal acumulou valorização de 30,64% até o dia 28 de dezembro, quase 20 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IGP-M, de 11,32%. Se a comparação for com o IPCA, a inflação oficial, estimada para fechar o ano em 5,89%, o ganho é ainda mais expressivo. A busca da preservação do valor em oposição aos riscos de outros investimentos é a explicação dos analistas para a alta. Os títulos de renda fixa atrelados aos índices de inflação superaram a alta de preços, mas devido ás características desse tipo de papel. A poupança rendeu 6,9%, enquanto o dólar teve queda de 2,98% até dia 28.







Foto: AE
Barras de ouro, metal que teve valorização de mais de 30% neste ano


O desempenho do ouro neste ano se assemelha à valorização registrada em 2008, quando a piora da crise internacional puxou para baixo a cotação da maioria dos ativos e o mercado procurou um porto seguro no metal, que subiu mais de 32%. Em 2009, ele devolveu os ganhos e fechou em queda de 3,05%.

“O ouro foi a vedete deste ano”, sentencia José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.

“O ouro tem a característica de preservar valor no montante de sua escassez combinada com o atributo de não gerar riqueza”, diz. Ele ressalta que, apesar de não render juros ou dividendos, o metal não tem custos de armazenagem. E, num momento em que a preocupação dos investidores é com a preservação de valor, o ouro é uma alternativa aos riscos que outros ativos oferecem.

 

As aplicações em 2010

Aquiles Pereira Salerno Júnior, gerente de operações com ouro da distribuidora Ouro Minas, lembra que o metal passou anos em baixa devido à abundancia no mercado, o que levou à retração dos investimentos em exploração em meados da década de 1980. “As mineradoras só voltaram a investir em 1999, quando começaram a colocar o ouro no mercado novamente. Com o ataque às Torres Gêmeas nos EUA, em 2001, os investidores passaram a olhar para o metal e começou a faltar ouro.” Agora, com a crise na Europa e as incertezas nos Estados Unidos, o mercado voltou a procurar o ouro.
Salerno lembra que as cotações do metal subiram mais de 300% em dez anos. Segundo ele, as previsões do setor são de que o metal irá fechar o ano de 2011 com a cotação da onça-troy por volta de US$ 2.500. Se isso ocorrer, o rendimento deverá ser superior às previsões anteriores de valorização de 40% sobre as cotações do final de 2010. Nesta quarta-feira, a onça-troy fechou na casa dos US$ 1.400 em Nova York. Onça-troy é a medida padrão de negociação do metal, que equivale a 31,104 gramas.


Bolsa

A Bolsa de Valores, um importante termômetro do humor dos investidores, vem se mantendo “de lado”, como dizem os operadores, desde o início do ano. Até o dia 28 de dezembro, o Ibovespa – índice que mede a variação dos preços dos papéis mais negociados na Bolsa paulista – acumulava queda de 0,80%. É o segundo pior desempenho dos mercado acionário do governo Lula – só perde para a queda de 41,2% registrada em 2008, ano em que o agravamento da crise financeira internacional espalhou pânico pelo mercados do mundo todo.

Gonçalves, do Fator, vê duas razões para o fraco desempenho do mercado acionário neste ano: a crise europeia e as incertezas quando ao crescimento da China associadas à piora dos indicadores dos Estados Unidos. Segundo ele, a crise dos deficits europeus marcou o desempenho da Bolsa no primeiro semestre e levou à alta do dólar. “A valorização do dólar no primeiro semestre mostrou que o mercado fugiu de qualquer coisa que o euro pudesse afetar. Quando se vislumbrou uma solução para os deficits crescentes dos países europeus, em junho, a Bolsa melhorou um pouco”, lembra.

 

Bolsa no governo Lula

De acordo com o economista-chefe do Fator, o movimento de alta foi frustrado no segundo semestre pelos riscos de que o crescimento da China não seja, no futuro, tão vigoroso como se esperava. Além disso, pesou também o anúncio de injeção de US$ 600 bilhões na economia americana pelo governo para tentar estancar os efeitos da crise.

Para completar, houve incertezas políticas que afetaram as cotações das ações da Petrobras e os rumores de sucessão na Vale, que também abalaram seus papéis, o que ajudou a desvalorizar o mercado acionário. As ações da Petrobras e da Vale têm grande peso no Ibovespa.

Outro fator que conturbou os mercados, na opinião de Fabio Colombo, administrador de investimentos, foi a chamada “guerra das moedas”, onde se viu os EUA tomando medidas para desvalorizar o dólar, de modo a tentar nivelar sua balança comercial e de pagamentos, situação que afetou a maioria dos países, inclusive o Brasil.

Para 2011, Gonçalves diz não ver grandes “expectativas” para a Bolsa no Brasil. “O ano de 2011 está mais para papéis de renda fixa e títulos públicos”, diz ele, lembrando que as expectativas são de alta da inflação e de elevação das taxas de juros justamente para tentar conter o aumento de preços. Fabio Colombo, administrador de investimentos, projeta um ponto médio para o Ibovespa de 66 mil pontos em 2011, devendo oscilar entre o máximo de 85 mil pontos e o mínimo de 39 mil pontos. No dia 28, o Ibovespa fechou levemente acima dos 68 mil pontos.

FONTE: IG ECONOMIA - MERCADOS

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Poupança tem o pior desempenho em 43 anos, diz Economatica

Segundo estudo elaborado pela consultoria, rendimento da aplicação mais popular do País deve encerrar 2010 em 6,9%

iG São Paulo | 28/12/2010 11:51
 
O rendimento da poupança em 2010 ficou em 6,9%, segundo dados divulgados pela consultoria Economatica. Esse desempenho, representa o pior resultado em 43 anos. Até então, a menor rentabilidade havia sido registrada no ano passado, quando o investidor obteve ganho de 7,05% com a caderneta de poupança.

A queda de rentabilidade vem ocorrendo nos últimos anos. Dos cinco piores resultados, além dos de 2010 e 2009, estão: 2007 (7,77%), 2008 (7,9%) e 2004 (8,1%). Considerando o ganho real da poupança (descontada a inflação acumulada no ano), 2010 tem valorização de 1,57%. O dado, porém, ainda não leva em conta a inflação de dezembro, que será divulgada no início de 2011.

Para realizar o estudo com dados compilados desde 1967, a Economatica utilizou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geogrfai e Estatística (IBGE) que mede a inflação oficial no País.

Observando o ganho real da poupança, o pior resultado registrado no período analisado foi em 2002, quando o investidor perdeu 2,9% do poder aquisitivo.

FONTE: IG ECONOMIA

FGV: Empresários estão otimistas e devem começar ano contratando

Os setores que apresentaram maior otimismo foram os de minerais não metálicos, vestuários e calçados, têxteis e alimentares

AE | 28/12/2010 19:05

 
As perspectivas dos empresários da indústria brasileira para o início de 2011 são otimistas, de acordo com os resultados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de dezembro, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento mostra que o indicador emprego previsto atingiu 126 pontos, o melhor nível desde maio deste ano, quando chegou a 126,2 pontos. "A indústria deve começar o ano contratando", disse o especialista em análises econômicas do Ibre, Jorge Braga.

De acordo com ele, os setores que apresentaram maior otimismo foram os de minerais não metálicos, vestuário e calçados, produtos têxteis e produtos alimentares. "Todos os setores são intensivos em mão de obra e foram beneficiados pelo aumento da renda e do crédito", afirmou. Outro indicador que registrou otimismo é o de produção prevista que atingiu 142,1 pontos, o melhor nível desde dezembro de 2009, quando estava em 144,1 pontos. De acordo com o levantamento, 42,9% dos empresários acreditam que a produção deve crescer nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e apenas 0,8% acreditam que deve diminuir.

O indicador tendências dos negócios para os próximos seis meses registrou 145,2 pontos. De acordo com Braga, embora em um patamar elevado, o resultado está distante do registrado em fevereiro deste ano, quando atingiu 169,6 pontos. Para 46,8% dos industriais, a situação dos negócios deve melhorar nos próximos seis meses. Para 1,6%, deve haver piora. Para Braga, os dados indicam perspectivas favoráveis para o início de 2011.

Braga citou que o indicador de estoques, que atingiu 98,7% em dezembro, aponta que as indústrias conseguiram ajustar os estoques no fim deste ano depois de terem acumulado mercadorias no terceiro trimestre que foi o mais fraco em vendas. Para 6,5% dos consultados, os estoques estão excessivos e para 5,2% estão baixos, confirmando que para a maioria dos industriais os estoques estão ajustados. Na avaliação de Braga, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) é uma síntese desses resultados. "A média do ICI do quarto trimestre superou a média do terceiro trimestre, mas ficou abaixo do primeiro e do segundo trimestres deste ano", disse.



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Brasil bate recorde de produção de petróleo em novembro, diz ANP

Petrobras respondeu por 91,2% de todo o petróleo produzido no País



Reuters   27/12/2010 18:14



O Brasil fechou novembro com produção recorde de petróleo e gás natural, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta segunda-feira. A produção atingiu 2,089 milhões de barris diários de petróleo e 66,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia.



Segundo a ANP, o aumento na produção de petróleo ficou em torno de 5,2% em comparação com novembro de 2009 e em 4,6% sobre outubro deste ano. No gás, a elevação foi de cerca de 12% contra novembro de 2009 e de 2% em relação a outubro de 2010.



A Petrobras foi responsável por 91,2% da produção nacional. No pré-sal, a estatal produziu 63.679 barris diários e 2,301 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia no campo de Jubarte e nos testes de longa de duração na área de Tupi. Em outubro, a produção no pré-sal havia sido de 43.978 barris diários de petróleo e de 1,607 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.



A Shell segue como segunda maior produtora de petróleo no Brasil, com 88,6 mil barris diários, seguida pela Chevron com 65,1 mil barris.



Dos 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural (em barris de óleo equivalente) no país, três são operados por empresas estrangeiras: o campo de Ostra (Shell), Frade (Chevron) e Polvo (Devon), informou a ANP.



A agência disse ainda que em novembro houve redução de 15,1% na queima de gás natural em comparação com o mesmo mês do ano passado. Já em relação a outubro a queima aumentou em 22,8%.



"Do volume total de gás queimado, 80,45% são oriundos de campos na fase de produção e 19,55 por cento de testes de longa duração em campos na fase de exploração (que ainda não iniciaram a produção)", explicou a ANP em comunicado.





FONTE: IG ECONOMIA - EMPRESAS

domingo, 26 de dezembro de 2010

Tabela de desconto do IR tem defasagem de 64%

Cálculos mostram que trabalhador com salário de R$ 2.550 paga 800% mais Imposto de Renda do que deveria com a tabela reajustada




Nelson Rocco, iG São Paulo 13/12/2010 05:55



Na virada deste ano para 2011, os trabalhadores com carteira assinada irão amargar mais algumas perdas. É que a lei que determina a correção da tabela de desconto do Imposto de Renda na Fonte (IRPF) sobre os salários não prevê novo reajuste no início do ano que vem, como tem ocorrido nos últimos quatro anos. Assim, as pessoas que têm emprego formal passam a acumular novas perdas. Segundo os especialistas em Imposto de Renda, a defasagem da tabela em relação à inflação já deve fechar este ano em 64,10%.



A falta de reajuste na tabela impõe prejuízos aos trabalhadores que podem chegar a mais de 800%. Esse percentual leva em conta um salário de R$ 2.550,00 sem as deduções previstas, como dependentes e previdência oficial. Pela tabela em vigor, esse trabalhador paga de IR R$ 101,56 mensalmente. Se a tabela tivesse acompanhado a variação dos preços, ele pagaria apenas R$ 11,26, ou R$ 90,30 a menos por mês (veja quadro).





“A tabela não tem correção prevista a partir de 1º de janeiro e ela começa a acumular novas defasagens”, avalia Luiz Benedito, diretor de estudos técnicos do Sindifisco, o sindicato nacional dos auditores fiscais. “Qualquer correção seria melhor que nenhuma.” Ele calcula a necessidade de correção da tabela em 64,10% com base no reajuste que houve desde 1995 e a variação do IPCA, o índice de inflação oficial, estimando para este ano em 5,31%, de acordo com as projeções do mercado financeiro.



Benedito lembra que não há no Congresso qualquer notícia sobre projetos referentes ao reajuste da tabela. Pelos cálculos de Benedito, de 1995 a 2002, a inflação subiu 96,55, enquanto a tabela foi corrigida em 35,59%. Restou um resíduo de 44,96%. De 2002 a 2010, o IPCA acumula alta de 57,39%, enquanto a tabela teve reajuste de 39,03%, levando a uma diferença de 13,21%. Pelas contas do sindicalista, enquanto os preços subiram 209,36% em 15 anos, o desconto do IR na folha de pagamentos foi corrigido em 88,51%. É com base nesses dados que se chega à defasagem de 64,10%.



“A tabela sempre é corrigida abaixo da inflação”, critica Edino Garcia, coordenador editorial da consultoria IOB, especializada em tributos. “Caso os trabalhadores tenham conseguido reajuste acima dos índices de inflação, o trabalhador paga mais imposto ainda”, afirma.



Plano Real

No período de hiperinflação, a tabela do IR era corrigida automaticamente. Com o Plano Real, instituído em 1994, acabou a correção monetária. “O governo deu exemplo e não corrigiu mais a tabela”, lembra Benedito. “Hoje a inflação está mais comportada, mas existe, por isso traz prejuízos aos trabalhadores”, afirma.

Segundo Garcia, da IOB, as deduções também carecem de aumento. “Além da defasagem na tabela mensal e anual, encontram-se defasadas as deduções com instrução e por dependente, permitidas no cálculo do Imposto de Renda devido na ocasião da Declaração de Ajuste Anual”, afirma.

Ele calcula que um trabalhador com salário de R$ 2.500, dois dependentes e sujeito a uma alíquota de INSS de 11%, hoje paga R$ 31,84 de IR por mês. Caso a tabela tivesse um reajuste de 5,1% neste ano (inflação estimada), esse trabalhador passaria a pagar R$ 24,96. Se a correção fosse pelos 64,10%, ele estaria isento.



Veja também:


- Elevação de preços tem impacto maior que alta nas vendas da Vale

- Receita libera consulta ao 7º lote de restituições

- Para sair da malha fina, verifique pendências no site do fisco





FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS

sábado, 25 de dezembro de 2010

VENDAS DE NATAL NOS SHOPPINGS CRESCEM 13% EM 2010.

Segmentos de perfumaria, acessórios e eletrônicos ficaram entre os maiores avanços em relação ao ano passado


 AE 24/12/2010 10:50



Comércio no Natal: vendas crescem 13%

As vendas de Natal nos shopping centers em 2010 cresceram 13% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e divulgado nesta sexta-feira. A mostra, realizada nos dias que antecedem o Natal, foi feita com 150 empresas de varejo associadas à Alshop e que reúnem cerca de 6,3 mil lojas espalhadas por todo o Brasil.



De acordo com a associação, o segmento de perfumaria e cosméticos registrou no Natal deste ano crescimento de 17% em comparação com 2009. Durante o ano de 2010, o crescimento das vendas deste segmento foi de 14% em relação ao ano passado. Também apresentou bom desempenho o segmento de óculos, bijuterias e acessórios, com vendas nominais 18% superiores às do Natal de 2009. No período de janeiro a dezembro, as vendas deste setor foram 12% maiores, em comparação com o ano passado.


Os lojistas especializados em vestuário venderam 13% a mais neste Natal e 10% a mais no acumulado do ano, em relação aos mesmos períodos em análise de 2009. Já o segmento de calçados vendeu 12% a mais no Natal deste ano e 9% a mais no acumulado do ano, em relação a 2009.



Outro setor que também cresceu expressivamente foi o de eletrônicos e eletrodomésticos, com 17% de negócios realizados a mais neste Natal e 13% a mais no acumulado do ano, comparativamente ao ano passado. O segmento de livros, DVDs e CDs registrou crescimento nominal de 14% neste Natal e os valores mais comuns dos presentes ficaram entre R$ 35 e R$ 70.






FONTE: IG ECONOMIA - MERCADOS