domingo, 27 de maio de 2012

Governo pode reduzir controle de gastos para ajudar economia

Equipe econômica discute afrouxamento das contas como um "plano B" para o caso de a crise internacional se intensificar

Agência Estado |
O governo pode reduzir o esforço fiscal previsto para este ano para estimular um crescimento maior da economia. Segundo apurou a reportagem, essa possibilidade está em discussão na equipe econômica e é considerada uma espécie de plano B, caso a crise internacional se intensifique e as medidas já anunciadas de estímulo ao crédito e ao consumo sejam insuficientes para atingir o novo objetivo: crescer mais do que os 2,7% de 2011.

Tema tabu - e definido como "coisa do demônio" por alguns economistas do governo -, a hipótese de fechar as contas com saldo menor para pagamento de juros da dívida, o chamado superávit primário, ganhou espaço nas discussões. A mudança daria mais fôlego para o governo adotar medidas de estímulo, como o aumento das despesas totais (não apenas os gastos com investimentos, mas também de custeio), mesmo num cenário de desaceleração da arrecadação.

O governo também quer abrir espaço para novas desonerações tributárias, medida que a presidente Dilma Rousseff considera fundamental para ajudar as empresas. O problema é que a arrecadação está fraca e o governo acaba tendo de recorrer, cada vez mais, às receitas extraordinárias para fechar as contas.

A equipe econômica também já aceita a hipótese de dar algum tipo de compensação aos Estados e municípios pela perda de arrecadação com as desonerações feitas com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tributo federal cuja arrecadação é compartilhada com governadores e prefeitos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que antes era refratário à flexibilização da política fiscal, agora reconhece internamente que a medida poderá ser necessária. Ele tem insistido que, em momentos de crise, a austeridade fiscal a todo custo, como tem sido a opção na Europa, acaba sendo um entrave. A avaliação é que o Brasil está com uma política fiscal sólida e uma flexibilização não comprometerá a sua credibilidade. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

fonte: IG ECONOMIA

sábado, 26 de maio de 2012

Saiba como responder a 5 perguntas "embaraçosas" na entrevista

No processo seletivo, existem algumas perguntas que podem deixar o profissional na "famosa saia justa". Geralmente, são perguntas que a pessoa não se preparou para responder e dependendo da resposta pode comprometer o desempenho do candidato

A consultora em Recursos Humanos e diretora Educacional da Drhíade, Angela Christofoletti, explica que este tipo de pergunta não é para constranger ninguém, mas sim, mais uma maneira que o recrutador tem de conhecer o profissional. 'Por isso é fundamental que a pessoa seja transparente, mas sempre com muita elegância'

Pensando nisso, o Portal InfoMoney, em parceria com a especialista, elaborou cinco perguntas que são consideradas difíceis de responder. Angela ressalta que a ideia é orientar o profissional e não ser utilizada como uma resposta padrão. 'Tudo que é ensaiado não é legal'.


Confira!


1. Quais são os seus pontos fracos?
Dizer que é perfeccionista e detalhista está bem longe do que o recrutador deseja ouvir.
A consultora explica que este tipo de pergunta é para que o profissional de Recursos Humanos possa relacionar as características pessoais com o cargo que está em aberto.
A resposta ideal seria que a pessoa cite alguma característica, mas não se aprofunde.
'Cite alguma situação e diga que você está trabalhando para melhorar, mas não dê detalhes. Não entre nesta questão'



2. Por que eu deveria te contratar?
Segundo a especialista, neste momento, é indicado que a pessoa responda que irá ajudar a empresa a alcançar o resultado esperado, já que ela tem as características e competências que o empregador busca



3. Do que você menos gostava do seu último trabalho?
Se o problema por o horário ou a distância, o mais indicado é dizer que neste sentido, o trabalho era incompatível.
Já se o problema for algo relacionado a ética é fundamental que a pessoa cite que 'eram problemas de natureza ética que eu não concordava'.
Se foram problemas como acordos que não forem cumpridos, esta deve ser a resposta, bem curta.
'Lembre-se que o entrevistador não está interessado na empresa em que a pessoa trabalhava, mas no candidato'



4. Fale sobre o seu último chefe
. Esta pergunta é para avaliar o nível de relacionamento que a pessoa tinha com o chefe.
Nestas horas, não é bom nem falar muito bem do chefe, porque o profissional pode parecer que é do tipo 'puxa-saco' e muito menos falar mal, porque mostra imaturidade.
'Fale: nossa relação era boa. Toda vez que eu era solicitado, entregava os resultados esperados'



S5. e você está empregado, por que está procurando emprego?
? Nada de falar da distância, do salário, dos benefícios e nem dos problemas que o profissional esteja passando na empresa atual.
A melhor resposta que o candidato possa dar é que ele está em busca de novos desafios e de reconhecimento profissional



FONTE: MSN - DINHEIRO

CEO´S TAMBÉM ENTRAM NA DANÇA DAS CADEIRAS

Até os CEO’s entram na dança das cadeiras
Rachel Sciré
sábado, 26 de maio de 2012
 

Até os CEO’s entram na dança das cadeirasDizem que os jovens em início de carreira mudam muito de emprego, mas pelo jeito, não são só eles. A 12ª edição da pesquisa CEO Succession, da Booz & Company, apontou que a taxa de rotatividade dos CEO’s no Brasil cresceu de 16,8%, em 2010, para 22,8%, em 2011, superando a média global de 14,2%.

Até tu, CEO?


De acordo com o estudo, a maior parte das transições foi planejada, no entanto, muitos executivos foram demitidos por não atingir os resultados esperados. No Brasil, a maior parte das substituições foi planejada – das 37 mudanças, 23 estavam previstas.

Nesse contexto, 71% das organizações brasileiras que trocaram de CEO preferiram buscar um substituto internamente. Assim, nove entre dez executivos que assumiram a posição de CEO no Brasil, em 2011, nunca haviam ocupado o posto. A idade dos executivos no cargo também caiu, para 50 anos, na média.

Segundo a pesquisa, as trocas de comando acontecem com maior freqüência nas grandes empresas. Nas de menor porte, as mudanças de CEO’s são motivadas por processos de fusão e aquisição.


FONTE: CLICK CARREIRA - MSN

O melhor e o pior da Geração Y

 
 

O melhor e o pior da Geração YO mercado está um pouco assustado com as características da Geração Y, e em diversos momentos observamos o despreparo de gestores e de empresas em promover as mudanças que se mostram necessárias e urgentes. O que mais se observa é uma constante busca por modelos que permitam o "enquadramento" dos jovens em processos organizacionais que foram estabelecidos nos últimos 30 anos.

Sidnei Oliveira
sexta-feira, 25 de maio de 2012


Todo esse cenário tem pressionado os jovens a uma constante adaptação em suas escolhas, contudo, as expectativas atuais da Geração Y são formadas por estímulos intensos e diferentes, por isso, esse processo de adaptação não é fácil.

Na verdade, o que há é uma necessidade de adaptação diante das transformações que os jovens promovem a cada geração. O processo não é simples para ninguém, mas, acredito que haverá um equilíbrio na medida em que essa geração alcançar posições mais consolidadas, onde possa alcançar maior maturidade e experiência.

Observando atentamente a Geração Y, podemos encontrar algumas características muito positivas, tais como:

Energia – ser jovem é ter um elevado estoque de força e habilidades que, se bem direcionado, promove um grande desenvolvimento através das experiências.

Ousadia – ser jovem é possuir questionamentos que podem "quebrar paradigmas" e promover transformações em um mercado muito mais competitivo, onde as empresas necessitam, como nunca, de inovações.

Curiosidade – ser jovem é explorar o novo sem receios. Em um mundo cada vez mais dependente de tecnologia, tornou-se comum ver jovens alcançando grande intimidade com os novos equipamentos e novos processos.
Contudo, é fato que, em um mundo muito mais dinâmico, o jovem também tem alguns pontos, para os quais precisa dedicar maior atenção, pois são neles que encontrará suas fragilidades e limitações. Alguns pontos são:

Escolhas – para o jovem, é natural ficar inseguro quando precisa fazer escolhas. Essa geração sempre foi estimulada a vencer, acertar, ser vitoriosa. Não foi preparada para derrotas, perdas e frustrações. Como fazer escolhas significa "perder" alguma coisa, o jovem de hoje evita tomar decisões.

Foco – a quantidade de possibilidades e estímulos sedutores que o jovem encontra atualmente faz com que ele adote um comportamento superficial diante de todas as coisas. Sem foco, sua trajetória segue um ritmo mais lento, inclusive para as próprias expectativas.

Valores – os jovens gostam de saber seus resultados e gostam de compartilhar. A armadilha se instala quando a competitividade destrói os valores e os resultados são alcançados no melhor estilo “custe o que custar”.

Certamente, a Geração Y não é muito diferente de outras gerações. Como antes, sempre veremos características que apresentam o melhor e o pior de cada jovem. Cabe a cada um saber explorar suas próprias características, buscando a melhor estratégia para o seu desenvolvimento.


Sidnei Oliveira é consultor, autor e palestrante, expert em Conflitos de Gerações, Geração Y e Z, desenvolvimento de Novos Talentos e Redes Sociais, sócio-fundador da Kantu Educação Executiva, vice-presidente do Instituto Atlantis de preservação ambiental, consultor-associado da Empreenda Consultoria e membro do conselho de administração da Creditem Cartões de Crédito. Para ler todos os seus artigos, clique aqui.
 

Quem não pagar impostos pode deixar de ser considerado criminoso

Crime tributário passa a valer apenas para fraudes. Para relator, "é melhor praticar um crime contra a ordem tributária do que furtar". O que você acha? Comente

Agência Estado | - Atualizada às
A comissão de juristas do Senado que discute mudanças ao Código Penal aprovou nesta quinta-feira uma proposta que prevê a existência de crime tributário ou previdenciário apenas quando ocorrer fraude. Atualmente, o simples fato de um cidadão ou empresa deixar de recolher tributos ou contribuições é motivo para que eles respondam a processo penal.


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Pelo texto aprovado, o crime só ocorrerá se a falta de recolhimento do tributo ou contribuição será mediante fraude ao Fisco ou à Previdência Social. A pena proposta para o crime continua a mesma de atualmente, de dois a cinco anos de prisão e multa.


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A comissão decidiu que fica livre de ser punido pelo crime quem pagar os valores devidos até a Justiça receber a denúncia do Ministério Público, após o suposto sonegador apresentar sua resposta preliminar. Pela legislação atual, até a qualquer momento do processo, até seu trânsito em julgado da ação (quando não cabe mais recurso), o sonegador pode ter extinta sua punição.


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O texto aprovado prevê que não haverá crime se o recurso for inferior ao estipulado pela Fazenda Pública ou pela previdência como de natureza bagatelar. Em nível federal, o valor considerado insignificante, a título de processo penal por crime contra a ordem tributária, é de R$ 20 mil. A comissão manteve a previsão de suspender o processo para quem adere a programas de refinanciamento de dívidas, como o Refis.


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Outra inovação é a suspensão do processo quando o devedor depositar em juízo uma caução referente ao valor. Na prática, quem não tiver dinheiro, corre o risco de ser processado. A medida foi duramente criticada pelo relator da comissão, o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves.


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Para o relator, hoje a comissão acabou, "de maneira indireta", com a punição para esses crimes. "É melhor praticar um crime contra a ordem tributária do que furtar. Porque parar o crime contra a ordem tributária há um acervo de benefícios, de benesses que, no meu modo de ver, é quase um pedido de desculpas ao criminoso, ao sonegador", disse, ressalvando que esta é uma posição pessoal.

fonte: IG ECONOMIA

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Como explicar que me formei em X mas quero trabalhar em Y

 
 

Como explicar que me formei em X mas quero trabalhar em YO que se aprende na universidade é, muitas vezes, distante da realidade do mercado de trabalho. Essa distância acaba frustrando estudantes que descobrem no final do curso ou quando estão graduados que querem trabalhar numa área completamente diferente daquela que se formaram.

 
Ana Luiza Jimenez
quinta-feira, 24 de maio de 2012


Se você está vivendo uma situação parecida, saiba que não está sozinho. Uma pesquisa da Michael Page, divulgada no ano passado, mostrou que 68% dos estagiários de empresas brasileiras não atuam na sua área de formação. São publicitários que trabalham como jornalistas, engenheiros que atuam no mercado financeiro e dentistas que ocupam cargos em empresas de recrutamento e seleção.
Prepare-se e vá à luta - Apesar da situação não ser tão incomum, se você está se candidatando para uma vaga na área de Comunicação e é formado em Biologia, é certo que o recrutador irá questionar o porquê. Para não perder pontos, é importante ter uma resposta estruturada que esclareça quais são as habilidades e as competências que o qualificam para o cargo, mesmo sem apresentar uma qualificação formal. “Fale de experiências, hábitos e gostos pessoais que mostrem como você descobriu seu interesse na área e que te ajudaram a desenvolver competências para ter sucesso no cargo pretendido”, explica Manoela Costa, gerente de Page Talent.
Nesse momento, vale citar desde esportes que praticava até leituras e trabalhos acadêmicos mais aprofundados. Fazer cursos na área em que deseja atuar também pode ser uma alternativa para demonstrar seu empenho em conquistar uma posição. “O mais importante é o candidato estar bem alinhado com o que está buscando e ter bons argumentos, ser consistente em sua explicação”, completa a consultora.
Mistura que dá certo - Segundo a gerente de Page Talent, equipes com profissionais de diferentes especialidades atuando em áreas pouco prováveis é uma tendência cada vez mais forte no mercado, pois as empresas estão priorizando funcionários que se identifiquem com os valores da companhia, e não apenas aqueles que têm um diploma “ideal” para a vaga. “Se formos analisar o mercado financeiro sob esse ponto de vista, dificilmente encontraremos um banco que não contrate engenheiros para trabalhar”, diz ela.
Para dar um exemplo prático, Manoela citou a própria Page Talent. Segundo ela, grande parte da equipe de recrutamento e seleção da empresa não tem um diploma de Psicologia, que é a formação mais comum para quem atua na área. Normalmente, os profissionais são graduados na área para qual recrutam. “Nós temos pessoas que trabalham aqui que se formaram em Finanças, Engenharia e até Odontologia”, exemplifica.
Dicas para não errar
1 – Quando o entrevistador perguntar por que você se formou em uma área e quer atuar em outra, tenha argumentos sólidos para sustentar sua resposta.
2 - Mostre para o recrutador o que o diferencia de todos os outros candidatos disputando o cargo que possuem formação na área da vaga. Para isso, vale contar experiências pessoais.
3 – Saiba apresentar conhecimentos e habilidades da sua área de formação que podem ser úteis no dia a dia de trabalho para a vaga que está se candidatando.

FONTE: CLICK CARREIRA - MSN

Momento é propício para comprar, e ruim para vender o carro

Consumidor pode conseguir bons negócios, mas deve aguardar uns dias, comparar preços em diferentes concessionárias e calcular se o veículo cabe no seu bolso

iG São Paulo |

AE/Sérgio Castro
Consumidor deve pesquisar antes de comprar e calcular se conseguirá pagar todo o financiamento
O governo anunciou nesta semana a redução de impostos para carros, o que deixou bem feliz quem estava pensando em comprar um veículo 0KM. De fato, o momento ficou propício para as compras, não apenas por conta do corte de taxas. As empresas estão com muitos veículos em estoque e as vendas têm sido mais fracas, dizem especialistas. “Agora, o comprador pode conseguir um bom preço nos feirões e, assim, minimizar o impacto da prestação do financiamento em seu orçamento,” diz.
Mas antes de bater o martelo, é bom pesquisar, pois nem todas as concessionárias baixaram os preços. “É importante observar os preços e condições de financiamento, pois pode haver um período de tempo para ajuste,” diz Eduardo Coutinho, professor de finanças do Ibmec. Para Fernando Fleury, professor da Business School São Paulo (BSP), as melhores oportunidades podem aparecer daqui a 15 a 30 dias.


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Além disso, algumas lojas podem ter mantido os preços anteriores, argumentando que antes da redução do IPI os carros estavam em promoção. Por isso, é importante pesquisar preços e taxas, inclusive em concessionárias de uma mesma montadora. “Mesmo na mesma bandeira há concorrência, então vale a pena ir de uma loja para outra, pois a diferença pode ser encontrada,” diz Nelson Beltrame, professor de Varejo na Fundação Instituto de Administração (FIA).

A redução dos preços dos veículos 1.000 cilindradas, em geral, deve acompanhar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que passou de 7% para zero nesta categoria. Mas ninguém deve comprar apenas por conta da redução dos impostos, dizem os especialistas, pois o carro é um bem caro, que compromete o orçamento. “É preciso ter consciência de que a partir do momento em que assumir o endividamento, a compra vai afetar seu futuro,” diz Nagami.


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Anísio Castelo Branco, professor de finanças do Senac São Paulo e Presidente do Instituto Brasileiro de Finanças, Perícias e Cálculos (Ibrafin), diz que o comprador é quem deve avaliar se tem ou não condições de tomar um financiamento de veículo, e não as empresas que concedem o empréstimo. “A forma que as financeiras avaliam o crédito não é adequada. Então a pessoa tem olhar detalhadamente seu orçamento doméstico para não se tornar inadimplente.

A redução do Imposto sobre IPI, comenta ele, foi uma forma de o governo melhorar a situação das montadoras, que não conseguiam vender seus veículos, principalmente os fabricados para as classes B e C. “Houve uma febre de financiamento de automóveis no Brasil, os bancos emprestaram muito dinheiro e sem muitas exigências. Mas a família brasileira não está preparada para este crédito, por não ter educação financeira. Mesmo com carros baratos, muitos não têm como assumir novas dividas, pois já estavam endividadas. Assim, as vendas caíram, e as montadoras pressionaram o governo,” explica Castelo Branco.

Para quem tiver certeza de que tem condições para pagar as prestações, o ideal é que tente dar a maior entrada e reduzir o número de parcelas para o menor possível. “Não existe um máximo, mas o melhor é conseguir o número de parcelas que deixa a compra isenta de juros. Pois quanto mais longo o prazo, mais se perde em juros. Muitos oferecem juro zero para 12 ou 24 vezes,” diz Nagami.
Para quem pode esperar, diz ele, há ainda a opção do consórcio. Outra opção é a compra do semi-novo, que na opinião de Beltrame, da FIA, é melhor do que o novo. “O semi-novo de dois meses de uso, por exemplo, é excelente, uma vez que tem pouca rodagem e está bom estado,” afirma.


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Quer vender?

Para quem pretende vender o carro usado, o momento é bem ruim. Quando os preços dos novos caem, os usados também perdem valor rapidamente. No caso dos populares, que tiveram a maior redução do IPI, a tendência é de desvalorização ainda maior, comenta Otto Nagami, do Insper. “É justamente destes modelos que a indústria tem mais unidades em estoques e deve praticar as melhores taxas,” afirma.

Essa queda dos usados tem sido impulsionada pelo aumento da renda dos brasileiros, na avaliação de Fernando Fleury, da BSP. “O público comprador de usados teve aumento de renda e passou a se tornar potencial comprador de carro novo. Hoje, famílias que comprariam um carro de terceiros já acreditam ter a possibilidade de financiar o novo. Com isso, cai a demanda pelos usados, o que derruba os preços,” diz.

Na opinião dele, o Brasil caminha na direção de países desenvolvidos no mercado de usados. “Nos EUA e no Japão, por exemplo, o carro usado não tem mercado, de tão barato. O mercado aquecido é somente o dos novos. Não é agora, nem daqui a 10 anos, mas estamos indo nesta direção,” afirma.


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Ficar segurando o carro antigo, entretanto, pode não ser a melhor saída. “É preciso avaliar a perda de valor do usado e nova condição de financiamento do novo. Se for um juro mais baixo, pode compensar,” diz Nagami.

Assim, pode ser melhor vender o usado com uma perda e usar o dinheiro para reduzir o valor do financiamento do veículo novo do que manter o carro na garagem na expectativa de que o IPI suba novamente. “Até porque pode acontecer de o governo prorrogar o prazo,” acrescenta Eduardo Coutinho, professor de Finanças do Ibmec. “Não acho que adiante esperar até agosto, pois existe um risco,” afirma.

Beltrame, da FIA, concorda. “Infelizmente quem for vender não é o melhor momento, mas não vejo melhoria no curto prazo, não há tendência de alta do preços,” diz.


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fonte: IG ECONOMIA