quinta-feira, 5 de julho de 2012

TELETRABALHO: PERGUNTAS FREQUENTES.

 



  O TELETRABALHO 

PERGUNTAS FREQUENTES




 - O que é Teletrabalho?

- Teletrabalho é o mesmo que Home Office?

- Trabalho remoto é o mesmo que Teletrabalho?

- Trabalho a distância é o mesmo que Teletrabalho?

- Teletrabalho é trabalhar em casa?

- Quantos teletrabalhadores há no Brasil?

-  Qualquer pessoa pode ser teletrabalhador?

- Como me candidatar a uma vaga de teletrabalhador(a)?
 

- Há legislação no Brasil regulamentando o teletrabalho?


AS RESPOTAS




O QUE É TELETRABALHO?

Teletrabalho é todo e qualquer trabalho realizado a distância (tele).

Ou seja, fora do local tradicional de trabalho (escritório da empresa).

Com a utilização:

- da tecnologia da informação e da comunicação, ou mais especificamente, 

- com computadores, 

- telefonia fixa e 

- celular e 

- toda tecnologia que permita trabalhar em qualquer lugar e 

- receber e transmitir informações, arquivos de texto, imagem ou som relacionados à atividade laboral.


Há vários conceitos ou definições de teletrabalho desenvolvidos por estudiosos ou instituições, mas todos levam ao mesmo ponto.


Um estudo detalhado foi realizado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho em 2001, e está disponível em inglês na página internacional com o nome Promoting Decent Work: the high road to teleworking que pode esclarecer muito mais sobre o assunto.



TELETRABALHO 

É O MESMO QUE 

HOME OFFICE?


Geralmente sim, mas não necessariamente. 

O trabalho a distância não determina um local específico para trabalhar.

Isso é definido de acordo com as características das atividades desenvolvidas pelo trabalhador e das necessidades da empresa. 


O teletrabalho pode ser desenvolvido:

- no domicílio do trabalhador, 

- em escritórios descentralizados da própria empresa, 

- em áreas gratuitas ou pagas de utilização de computadores e acesso à Internet 

(telecentros, cybercafés, bibliotecas, centros de convivência, etc), 

- das salas de espera ou mesmo do escritório de clientes – (quando o atendimento aos clientes e fechamento de pedidos é feito online), 

- bem como de hotéis, 

- saguões de aeroportos e 

- rodoviárias, 

- automóveis e outros veículos de transporte – 

quando o trabalhador encontra-se viajando a serviço, ou mesmo quando está viajando por razões pessoais.




TRABALHO REMOTO 

É O MESMO QUE 

TELETRABALHO?


Sim. 

O teletrabalho pode ser chamado de trabalho a distância, trabalho remoto, entre outras nomenclaturas. 

O importante é o seu sentido e a que o termo realmente se relaciona. 

Se é sobre trabalho feito longe do escritório da empresa e empregando equipamentos e recursos tecnológicos de informação e comunicação, é teletrabalho.




TRABALHO A DISTÂNCIA

É O MESMO QUE

TELETRABALHO?


Sim. 


O teletrabalho pode ser chamado de trabalho a distância, trabalho remoto, entre outras nomenclaturas. 

O importante é o seu sentido e a que o termo realmente se relaciona. 

Se é sobre trabalho feito longe do escritório da empresa e empregando equipamentos e recursos tecnológicos de informação e comunicação, é teletrabalho.




TELETRABALHO É

 TRABALHAR EM CASA?


Geralmente sim, mas não necessariamente. 

O trabalho a distância não determina um local específico para trabalhar.

Isso é definido de acordo com as características das atividades desenvolvidas pelo trabalhador e das necessidades da empresa.

O teletrabalho pode ser desenvolvido:

- no domicílio do trabalhador, 

- em escritórios descentralizados da própria empresa, 

- em áreas gratuitas ou pagas de utilização de computadores e acesso à Internet (telecentros, cibercafés, bibliotecas, centros de convivência, etc), 

- das salas de espera ou 

- mesmo do escritório de clientes – quando o atendimento aos clientes e fechamento de pedidos é feito online, 

- bem como de hotéis, 

- saguões de aeroportos e 

- rodoviárias, 

- automóveis e outros veículos de transporte – quando o trabalhador encontra-se viajando a serviço, ou mesmo quando está viajando por razões pessoais.




QUANTOS TELETRABALHADORES 

HÁ NO BRASIL?


Em 2008 conta com aproximadamente 10 milhões e seiscentos mil teletrabalhadores.


fontes: a partir de dados gerais sobre o acesso dos brasileiros a computadores e a Internet levantados por diferentes pesquisas de diferentes instituições:

- PNAD/IBGE, 

- TIC Domicílios, 

- TIC Empresas, 

- Painel IBOPE/NetRatings), 


A SOBRATT tem realizado alguns cruzamentos que permitem fazer uma estimativa também genérica de que o Brasil, hoje (2008), conta com aproximadamente 10 milhões e seiscentos mil teletrabalhadores.


Essa estimativa não diferencia regiões ou estados do país, e inclui todos os setores e áreas, bem como todos os tipos de teletrabalhadores: 

- formais, 

- informais, 

- empregados ou por conta própria, 

- autônomos, 

- liberais, 

- em tempo integral, 

- em tempo parcial, 

- trabalho complementar e 

- trabalho eventual


Faixa etária: 

numa ampla faixa etária que vai dos 18 aos 60 anos.


Período de trabalho: 

com utilização de acesso à Internet de 1 vez por semana a 1 vez por dia, 

considerando-se a utilização de:

- desktops, 

- notebooks, 

- handhelds, 

- smartphones, 

- com acesso discado e/ou banda larga, 

- para trabalhos completos ou atividades parciais. 

Ou seja, são cerca de 5% da população brasileira, sem considerar regiões específicas. 



PESQUISA MKT ANALYSIS


No mês de junho deste ano, o instituto Market Analysis divulgou dados da pesquisa realizada sobre teletrabalhadores no Brasil.

 Nela o instituto apontam que pelo menos 23,2% da população adulta em atividade no país (cerca de um em cada quatro brasileiros) adota ao longo do mês alguma forma de teletrabalho, 

Sendo que, entre todos, o trabalho em casa é a modalidade mais comum (52%).




QUALQUER PESSOA 

PODE SER 

TELETRABALHADOR?


Sim e não.

Teoricamente qualquer pessoa tem capacidade e habilidades para trabalhar a distância.



  COMO ME CANDIDATAR 

A UMA VAGA DE 

TELETRABALHADOR(A) ?


As empresas que adotam teletrabalho fazem recrutamento e seleção de funcionários pelos meios tradicionais.

Geralmente sem a ressalva de que se trata de atividade para ser desenvolvida a distância. 

Apenas descrevem as atividades ou funções, e requisitos de formação e experiência.


Sugerimos que os interessados em serem teletrabalhadores procurem por vagas de acordo com seu perfil nos sites de recrutamento e seleção disponíveis na Internet.

 Em especial o E-lancers e o Vagas - bem como preencham os cadastros nos sites das empresas que lhes interessam colocando sua disponibilidade para trabalho a distância nos campos reservados às observações.




HÁ LEGISLAÇÃO NO BRASIL 

REGULAMENTANDO 

O TELETRABALHO?


Atualmente o projeto de lei 3129/04 está em tramitação, já passou pela Câmara dos Deputados e aguarda análise do Senado Federal. 

O projeto de lei tem como único fim equiparar o trabalho realizado no domicílio do trabalhador, o trabalho realizado a distância e aquele realizado no estabelecimento do empregador.


Entretanto a CLT não impede o trabalho remoto em domicílio.


 Uma vez que a redação atual do artigo 6º diz que "Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego." 


O Artigo 651 prevê que "A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro locar ou no estrangeiro." e

O parágrafo 3º desse artigo afirma também que "Em se tratando de empregador que promova a realização de atividades fora do lugar de contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços."


Portanto, se analisada a atual legislação, pode-se observar que há espaço para se incluir legalmente o teletrabalho nas rotinas da empresa.


 Todavia, entendemos ser previdente e importante celebrar um adendo ao contrato de trabalho especificando as novas condições em que os serviços serão prestados, de maneira a dar credibilidade às ações da empresa e estimular o comprometimento do trabalhador.




TELETRABALHO: TRABALHO EM CASA É COISA SÉRIA

O Baguete, popular veículo de notícias sobre TI sediado no RS, nasceu da forma como hoje nascem muitos blogs (incluindo o Efetividade) e newsletters: como uma ocupação adicional realizada em casa, no tempo livre de seu fundador.

Mas por ser mantido de forma competente e trazer informação que seus leitores não estavam obtendo em outras fontes, acabou se transformando em um empreendimento de sucesso já há pouco mais de 10 anos, e freqüentemente serve como fonte para notícias e pautas de material que publico ali ao lado, no BR-Linux.


E hoje esta equação se inverteu: eu que virei fonte de material publicado por eles, na forma de uma entrevista publicada no site e na versão impressa, com o título de Trabalho em casa é coisa séria.
Separei um trecho:
Em resumo, quais os aspectos positivos de trabalhar em casa?
  
Augusto Campos: Para mim, as maiores vantagens são ter mais controle sobre o fluxo e as fontes de interrupções no trabalho, e a possibilidade de dispor o espaço de trabalho da forma como melhor se adaptar à minha produtividade pessoal, sem as restrições que ocorrem no ambiente corporativo.

Também incluo na lista a independência de horários, a economia de tempo e custo de transporte, a redução do investimento necessário na montagem do seu ambiente de trabalho, e todas as vantagens relacionadas à qualidade de vida.


E os negativos?
    
Augusto Campos: Quando se trata de teletrabalho -ou seja, um funcionário cujo local de trabalho não é o escritório da empresa- um estudo recente publicado pela Network World mostra que hoje pode haver impacto no avanço da carreira, pois as melhores vagas tendem a ser dadas às pessoas que atuam presencialmente.

No caso dos profissionais liberais, independentes ou autônomos, isto pode não ser um problema, mas mesmo eles precisam lidar com as situações práticas, de separar o que é ambiente (e horário) de trabalho e o que é de convívio familiar, manter-se motivado para trabalhar mesmo sem o acompanhamento próximo de um chefe e colegas, e também o outro lado da moeda, que é saber a hora de parar e “encerrar o expediente”.

Para completar, há o desafio de ser percebido como um profissional produtivo, sem o preconceito que pode ser despertado por uma pessoa que, essencialmente, fica o dia inteiro em casa.
Apreciei a oportunidade, e quero registrar meus agradecimentos à Márcia Lima, pela condução da entrevista, e ao Rodrigo Lóssio, por ter levado a indicação de pauta ao Baguete. Obrigado!
Aproveite e leia mais artigos sobre home office e trabalho em casa publicados aqui no Efetividade!

FONTE: EFETIVIDADE.NET
http://www.efetividade.net/2008/06/16/entrevista-trabalho-em-casa-e-coisa-seria/

Perspectivas para o Teletrabalho no Brasil

Com a Revolução Tecnológica, os meios de produção foram descaracterizados a partir do emprego, especialmente, de computadores, que, nos últimos anos, têm alterado o próprio local de trabalho levando-o para a residência do empregado.

Surge, então,o conceito de home officer, conhecido nos meios jurídicos como teletrabalhador, cujo trabalho é desenvolvido em ambientes domésticos, compartilhando a infraestrutura do local de trabalho. Tendência mundial, esse novo modelo empresarial, fenômeno típico da globalização da economia, vem mudando substancialmente os paradigmas da relação jurídica entre empresa e empregado.

No Brasil, está em franca expansão a contratação de trabalhadores para laborar no sistema de teletrabalho. Em junho de 2008 o Jornal O Estado de São Paulo noticiou pesquisa realizada pela ONG Market Analysis, com 345 trabalhadores em nove capitais, incluindo São Paulo, apontando que o serviço virtual já é adotado por 23% dos empregados do setor privado. As microempresas são as que mais se utilizam do teletrabalho. Já são 10,6 milhões de teletrabalhadores no Brasil - em 2001, eram apenas 500 mil.

Especialmente em grandes metrópoles, como São Paulo, o teletrabalho, conforme estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, melhora o fluxo de trânsito e aumenta a produtividade, já que a cidade perde, anualmente, R$ 4,1 bilhões com congestionamentos. Além disso, o trabalhador poderia converter em renda 30% do tempo que perde para se deslocar até o trabalho. Pelo menos cinco empresas com sede na capital de São Paulo investem em teletrabalho. Entre elas a IBM. Há cinco anos, a multinacional passou a estimular empregados trabalhar em casa, como noticiou o mesmo Jornal supramencionado.

A ideia de trabalhar em casa (daí a expressão, em inglês, home office) é tentadora, pois, o trabalhador, além de se livrar das dificuldades de se locomover da residência ao trabalho, escapando dos problemas do trânsito, como engarrafamento e a violência presente nas ruas, tem mais liberdade na execução de suas tarefas, podendo até mesmo conciliar compromissos profissionais com a vida pessoal.

O teletrabalho já é bastante comum em países desenvolvidos e no Brasil cresce exponencialmente; o número de teletrabalhadores acima indicado é surpreendente se considerada a média da população brasileira economicamente ativa, que é de 70 milhões.

Grandes empresas têm investido nesse tipo de contratação, cujas regras, aliás, costumam ser rígidas, especialmente porque a cultura trabalhista presente nos países do terceiro mundo, como é o caso brasileiro, ainda está fortemente arraigada em valores semi-escravocratas, quando menos de servidão (e isso vem "de cima para baixo"). Sendo rara a liberdade de ação concedida ao trabalhador, não é fácil criar cultura de maior autonomia no que diz respeito à execução de tarefas. Aliás, nem todas as pessoas se enquadram nesse tipo de relação de trabalho, que exige do empregado capacidade para agir sem a necessidade de supervisão direta do empregador.A indireta permanece porque a ausência total de subordinação caracteriza o trabalho autônomo.

É possível que alguns trabalhadores, mais acostumados com a cultura secular de dependência estrutural do empregador – a econômica é da essência do contrato, embora a doutrina, em geral, considere apenas a jurídica – relaxem na execução das atividades, pois, diretamente, ninguém supervisionará seu trabalho.

Tornar a residência do trabalhador em um local de trabalho exige condições específicas. O acesso à internet, na maioria das vezes, é imprescindível para o envio de planilhas, relatórios e troca de informações com o empregador, afora o relacionamento com clientes. Devem ser observadas condições adequadas para a instalação dos equipamentos de trabalho na residência do empregado, com ênfase ao respeito pelo meio ambiente do trabalho.

O fato de o local de trabalho ser transferido para a residência do trabalhador implica necessariamente que os recursos para execução das atividades sejam custeados pelo empregador? O problema é de difícil solução, pois, se o próprio empregado custear, por exemplo, ferramentas de trabalho, o contrato pode, em princípio, se caracterizar como labor autônomo, já que faltaria à espécie o elemento dependência, que, a teor do artigo 3º da CLT, deve ser econômica e técnica, consubstanciando-se no próprio conceito de subordinação. Mas, o empregador deve custear, por exemplo, energia elétrica, linha telefônica e outras despesas básicas? Não é fácil separar o custo operacional das despesas domésticas do empregado.

Na realidade, se o intento do empregador é de apenas reduzir custos, talvez a mantença de todo o equipamento a ser instalado na residência do empregado seja até mais custosa do que o labor nas dependências da empresa.

São hipóteses que, se não superadas, podem reduzir bastante a viabilidade econômica desse tipo de trabalho no Brasil.

Enfim, vivemos época de grandes transformações na sociedade e não é diferente com as relações de trabalho. O momento é de mudança na postura, seja do patrão, seja do empregado, para que o teletrabalho não se transforme, como já ocorreu com a terceirização – mormente no trabalho por meio de cooperativas – em mera forma de o empregador reduzir encargos contratando verdadeiros empregados como se trabalhadores autônomos fossem.

Consulte também:


Este artigo é de autoria de Marcos Fernandes Gonçalves. Todos os direitos reservados, Consulte nossa licença.

FONTE: JOSLABORAL.NET

Economistas veem poucas vantagens na adesão da Venezuela ao Mercosul

Avaliação não é unânime. Paradefensores da ideia, é preciso enxergar o potencial de ganhos no médio e nolongo prazos

iG São Paulo |
A entrada da Venezuela no Mercosul, esperada para o final deste mês, terá mais efeitos políticos nocivos do que benefícios econômicos efetivos. É a avaliação de economistas da Faculdade de Economia e Administração da USP e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP). Mas há quem enxergue ganhos substanciais para o bloco, em especial no médio e no longo prazo, como Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral (FDC). “O país não pode pensar em termos de governo, tem que pensar em termos de estado”, afirma o acadêmico.


Leia também: Paraguai declara embaixador da Venezuela como 'persona non grata'


O principal motivo de preocupação é justamente a potencial instabilidade política gerada pela entrada de um país comandado por um líder político volátil e orientado por ideologia contrária à livre iniciativa privada, como Hugo Chávez. Com poder de veto no Mercosul, o presidente Venezuelano poderia, por exemplo, ir contra a entrada de países rivais no futuro, como a Colômbia – ainda que hoje os países tenham boas relações comerciais. A estatização de empresas multinacionais é outra questão à prova.

“Ganhos com a entrada da Venezuela, não temos”, diz Celso Grisi, da FEA. “Nós precisamos disso? Claramente, não. Eles não tem praticamente nada a nos exportar”. Mario Gaspar Sacchi, professor do curso de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), concorda: “em termos econômicos, não vai mudar muito”.


Leia mais: Uruguai se opôs à entrada da Venezuela no Mercosul, diz chanceler do país


Hoje, o comércio bilateral é marcado pela importação de derivados de petróleo, pelo Brasil, e de animais vivos, carnes, commodities agrícolas e alguns produtos industrializados, como pneus para ônibus e caminhões e autopeças, pela Venezuela. No ano passado, o Brasil comprou do vizinho do Norte US$ 1,27 bilhão e vendeu US$ 4,6 bilhões, garantindo saldo positivo de US$ 3,2 bilhões – o terceiro maior nos últimos 20 anos.


Ao contrário de Grisi e Sacchi, a concentração de corrente de comércio em bens de baixo valor agregado é justamente um dos pontos que Paulo Vicente, da FDC, vê como mais positivos na adesão da Venezuela ao Mercosul. “Existe uma sinergia econômica muito forte entre os dois países, por causa do petróleo e do mercado de consumo da Venezuela”, diz. O Brasil poderia produzir e importar o petróleo mais fino de lá e vender aos venezuelanos mais alimentos e produtos manufaturados.


Leia também: Mercosul suspende Paraguai e anuncia adesão da Venezuela


O principal entrave para que isso aconteça no curto prazo, avalia, é a falta de integração logística entre os dois países. Hoje são praticamente duas as opções, cabotagem ou frete aéreo. Mas a diversificação de modais seria uma questão de planejamento, para ser resolvida no longo prazo. “Poderíamos criar uma ferrovia ligando cidades como Belém a Caracas, passando pelas Guianas e pelo Suriname, por exemplo”, afirma.

No curto prazo, Vicente vê ainda como potenciais vantagens da adesão da Venezuela ao Mercosul a possibilidade de empresas brasileiras usarem o país como plataforma logística para exportar para o Caribe e os Estados Unidos. A instalação de centros de distribuição ao Norte facilitaria o processo de venda de mercadorias na região. A entrada da Venezuela no bloco econômico também poderia abrir novas portas para a Petrobras e para empresários do setor agrícola interessados em produzir localmente. E para empresas de áreas como construção pesada e TI, avalia.

Alguns analistas relacionam a pressão brasileira pela entrada da Venezuela no Mercosul como uma forma de garantir mais força ao bloco em negociações comerciais com a China. Algo com o que, do ponto de vista estratégico, e de forma geral, o professor da FDC concorda.

Grisi, da FEA, porém, em contraponto, pondera: “estamos falando de uma abstração chamada Mercosul, que ainda nem se efetivou. Estamos com um discurso profundamente futurista em uma realidade retrógrada – a de misturar assuntos políticos e econômicos em um bloco econômico”, diz.

fonte: IG ECONOMIA

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Trabalho em casa: como ganhar dinheiro e escapar das armadilhas

Trabalhar em casa e ganhar dinheiro na Internet, seja em uma oportunidade de emprego para trabalhar em casa ou tentando uma renda extra, é um desejo comum, mas os anúncios que oferecem trabalho em casa são repletos de armadilhas que você deve evitar.


Muitas pessoas buscam uma forma de trabalhar em casa e complementar sua renda usando o computador, a internet, fazendo revenda de perfumes ou utensílios, atuando em vendas diversas, em marketing de rede ou multinível, ou das mais variadas formas. Alguns sonham alto e pensam que assim vão obter independência financeira ou mesmo ficar ricos, outros são empreendedores e pensam objetivamente em angariar recursos para abrir seu próprio negócio.

Com o que trabalhar em casa

Mas muitos não sabem por onde começar a procurar, e buscam informações sobre este assunto na Internet ou seguindo anúncios nos classificados dos jornais, ou em publicidade contextual na web – incluindo os anúncios que você vê aqui mesmo nesta página, gerenciados por intermediários.
Infelizmente trata-se de uma demanda bastante conhecida, e há décadas ela vem sendo explorada por pessoas cujo único interesse é faturar a partir da credulidade destes curiosos inocentes – a ponto de se esforçar por anunciar inclusive em páginas que advertem sobre eles mesmos, como esta que você está lendo.


Se você está procurando por oportunidades de trabalho em casa que possam gerar uma renda extra, não deixe de continuar lendo e escape das armadilhas que estes “espertos” colocam no seu caminho, e nas quais muitas pessoas em situação igual à sua caem todos os dias.
Estou querendo dizer que todas as ofertas do tipo “trabalhar em casa” ou “ganhar dinheiro em casa” são fraudes? Não, certamente não. Eu mesmo ganho dinheiro em casa por intermédio de programas afiliados, como o do Submarino. Mas, como veremos a seguir, existe grande número de ofertas completamente fantasiosas, que não resistem à mais básica das análises de viabilidade.

Como trabalhar em casa: saiba reconhecer as armadilhas

Não é difícil reconhecer uma proposta furada de trabalho para fazer em casa. A primeira coisa que você deve se perguntar a ler uma oferta dessas é fazer a si mesmo três perguntas:
  1. Que rendimento a pessoa que publicou o anúncio está se comprometendo a me oferecer? – em geral ela não se compromete a lhe pagar nada, apenas afirma que você poderá ganhar algo, sem dizer que será ela quem irá pagar. E se ela não afirma que vai lhe pagar ou lhe contratar, você pode assumir que ela não pretende fazê-lo.
  2. Ele está me cobrando alguma coisa? – se a empresa exige dinheiro para dar a você a oportunidade de trabalhar para ela, alguma coisa está estranha. Em geral os pedidos de pagamento vêm disfarçados – a empresa lhe cobra para mandar um guia com informações, a ficha de cadastramento ou algo assim. Você poderia imaginar que tudo o que a empresa quer é receber este dinheiro, e que ela provavelmente recebe mesmo, de várias pessoas, todos os dias.
  3. Está claro que esta empresa existe mesmo? – freqüentemente os anúncios destes planos mirabolantes são feitos via Internet ou em classificados de jornais, mas eles não são nem mesmo assinados. Há uma caixa postal, um e-mail ou um endereço de uma cidade distante, mas não há qualquer nome de empresa ou da pessoa responsável. Quando há, a empresa não tem website (apesar de publicar anúncios na web), não consta na lista telefônica, não pode ser encontrada de nenhuma outra forma. Pergunte-se por que isso acontece.
Além disso, você pode se perguntar algo muito mais crucial: por que esta empresa me ofereceria a oportunidade de me pagar para fazer este serviço em minha casa? Muitas vezes, a oferta é para uma tarefa incrivelmente fácil (exemplo: trabalho em casa para envelopar malas diretas), e vem acompanhada da possibilidade de ganhos consideráveis, e até mesmo da possibilidade de receber um computador ou um notebook para realizar o trabalho.
Pergunte-se: por que a empresa pagaria tanto por isto? Por que ela daria o computador para alguém de longe? Por que ela não contrataria um aprendiz que faria isso em sua sede, ganhando salário mínimo, usando um computador que pertenceria à própria empresa? As respostas provavelmente serão óbvias!

Trabalho em casa com mala direta

As ofertas de trabalho em casa com malas diretas, catálogos, digitação e envelopes. Às vezes a dica é ainda mais clara: o anúncio pede para que você envie uma carta pedindo mais detalhes, e que coloque 2 ou 3 selos dentro desta carta, para receber a resposta pelo correio. Faz sentido uma empresa estar oferecendo vagas com potencial para receber R$ 1800 e mais um notebook, e exigir que os candidatos enviem selos que custam menos de 50 centavos? Se você fizer a experiência e atender ao pedido, provavelmente receberá como resposta uma belo catálogo contando como é boa a oferta da empresa, e lhe dizendo que se você enviar pelo correio mais R$ 15, receberá todas as informações que permitirão a você também participar desta iniciativa de marketing direto, envelopamento de impressos, malas diretas, ou marketing pelo correio, ou mesmo vendas pelo correio.
E se você enviar, pensando que R$ 15 é tão pouco dinheiro frente aos valores prometidos, e que assim`receberá uma proposta de emprego ou um contrato, receberá na verdade um pequeno guia xerocado, mostrando os modelos dos anúncios e do próprio catálogo que você havia recebido antes, e instruções para que você também passe a enviá-los. É isso mesmo, a pessoa que lhe enviou o catálogo também caiu no golpe um dia, e assim a coisa se perpetua.
Por que eles cobrariam mensalidade? Outra característica comum aos modelos que você deveria evitar são os alinhamentos de iscas. Você ouve falar da oferta através de um site com ilustrações de carros de luxo e outros sinais de riqueza, com uma série de “depoimentos” de pessoas que dizem ter ficado ricas após participar do esquema, mas não há informações claras sobre o que você tem que fazer (exceto de maneira genérica: vender registros de domínios da internet, atuar como consumidor fantasma, coletar números de telefone, escrever artigos…). Muitas vezes a atividade parece se basear em produtos ou serviços que você não conhece ninguém que use, ou mesmo você não compraria.
Se você se interessa, acaba precisando clicar em 3 ou 4 páginas até chegar a algum formulário de registro. Se você preencher, freqüentemente acabará descobrindo que o modelo é em pirâmide (ou multi-níveis), em que você recebe um real para cada venda (ou artigo, etc.) que conseguir, ou que as pessoas que você trouxer para a pirâmide conseguirem. Tudo parece muito fácil, até que você descobre – só no final – que para participar é necessário pagar uma mensalidade, embora baixa (digamos R$ 20), e embora a empresa faça o possível para parecer que a mensalidade não está relacionada diretamente à sua participação no “programa de afiliados”. E aí deveria vir a reflexão: se o negócio fosse lucrativo e a maioria dos participantes conseguisse vender suas cotas mensais, para que eles precisariam cobrar mensalidade? A conclusão poderia ser: “na verdade eles ganham dinheiro é com as mensalidades dos participantes”. Mas talvez não. Tire suas conclusões! Mas note que este não é o caso de todos os esquemas de marketing multinível – alguns são sérios e de fato geram valor para seus clientes e participantes.
Eles não estão dizendo que vão lhe contratar. Muitos dos anúncios usam de artifícios para que você entenda que eles estão lhe oferecendo um contrato ou emprego, mas o que está de fato escrito lá é que você pode ganhar dinheiro em casa. Tudo o que o anunciante deseja é que você lhe envie os R$ 15 que cedo ou tarde ele lhe pedirá, e aí no máximo você irá receber um kit de material e um guia xerocado explicando diversas maneiras de ganhar dinheiro em casa: criando abelhas, costurando para fora, etc. Se ao invés de enviar o dinheiro você enviar uma carta perguntando detalhes sobre a oportunidade, como será o contrato, etc. é provável que você fique sem resposta.

Como evitar as armadilhas nas ofertas para ganhar dinheiro em casa?

São 10 passos, todos eles muito simples:
  1. Conscientizar-se de que não é fácil ganhar dinheiro em casa. Para ganhar dinheiro honesto em casa, você precisa oferecer um produto ou serviço que você domine, e para o qual haja pessoas dispostas a pagar você para fornecê-lo. Na maior parte dos casos, as pessoas que procuram alguém para trabalhar para elas a partir de casa não colocam anúncios públicos (na internet ou classificados), mas sim selecionam diretamente os interessados – afinal, não é difícil encontrar alguém para fazê-los. A não ser que o anúncio seja para realizar alguma atividade muito específica e rara, pergunte-se por que a pessoa teve que colocar o anúncio, e não simplesmente encontrou alguém em sua vizinhança que estivesse disposto a realizar uma atividade tão fácil.
  2. Exigir saber com quem você está lidando. Anúncios sem nome da empresa, com contatos sempre impessoais, tendem a ser fraudulentos. Empresas e pessoas honestas em geral dispõem de nome, telefone, endereço comercial, website, produtos que você possa comprar ou pelo menos consultar os preços, etc. Se não houver informações claras sobre a empresa ou você não conseguir encontrar o produto, desconfie!
  3. Exigir todos os detalhes antes de assumir qualquer compromisso. Não assine nada sem saber claramente o que a empresa está oferecendo lhe pagar. Pergunte quem irá lhe pagar, quando, e o que exatamente será a sua obrigação. Não aceite respostas evasivas.
  4. Não enviar nenhum dinheiro. Muitas destas oportunidades buscam apenas receber R$ 30 do seu suado dinheirinho. Empresas que de fato estejam oferecendo uma oportunidade real não precisariam cobrar nada de você – no máximo descontariam algum valor do seu primeiro pagamento. Não caia nos velhos golpes em que você é obrigado a comprar um kit, um guia ou algum equipamento necessário para iniciar sua atividade.
  5. Procurar referências. Se a empresa está oferecendo em público algo tão desejado (uma oportunidade de ganhar dinheiro em casa), é de se imaginar que ela tenha muitos funcionários ou clientes que possam falar bem dela para você. Se você não encontrar nenhum, pergunte-se a razão.
  6. Perguntar antes por condições para devolução. Na maior parte dos esquemas, você é levado a enviar dinheiro esperando receber uma coisa, e recebe outra. Antes de pagar, pergunte quais as condições para devolução do dinheiro em caso de insatisfação. Provavelmente você não receberá resposta, e isso já servirá como uma conclusão.
  7. Não acreditar em nenhuma oferta relacionada a envio de malas-diretas, e-mails ou material impresso. O que você vai receber, depois de pagar, é um manual ensinando a publicar anúncios como aquele no qual você caiu.
  8. Não acreditar em propostas mirabolantes. Se o anúncio afirma que você vai ficar rico rapidamente, vai garantir sua independência financeira, vai ganhar muito dinheiro trabalhando poucas horas por dia em sua casa, provavelmente ele não vai fazer aquilo que você espera que ele faça. Ignore aqueles anúncios de correntes em que você envia R$ 1, ou R$ 10, para a pessoa que lhe enviou a mensagem, e aí de alguma forma acabará rico em menos de 3 meses. É mentira.
  9. Cuidado com o marketing multi-nível. Existem empresas sérias atuando neste ramo (e você certamente sabe avaliar quais são). Mas fora elas, o que há são muitas propostas em que o produto ou serviço não gera interesse de potenciais compradores, e você precisa de alguma forma gastar mensalmente (mensalidade, compra de kits, de produtos, de guias, etc.) uma quantia mínima de forma obrigatória.
  10. Não acredite em esquemas para ganhar dinheiro pela Internet. É claro que dá para ganhar dinheiro via Internet, mas não acredite em nenhum esquema em que você precisa pagar algo para ganhar dinheiro pela Internet, ou que ofereça esta oportunidade até mesmo a pessoas que não têm conhecimento sobre como criar conteúdo na Internet.

Mas como ganhar dinheiro em casa, de verdade?

A resposta é simples, mas infelizmente não é aquela que a maioria das pessoas está procurando. Para ganhar dinheiro honesto em casa, você precisa oferecer um produto ou serviço que você domine, para o qual haja pessoas dispostas a pagar você para fornecê-lo, e em uma atividade cujo custo para realizar possa ser compensado pelo valor que estas pessoas estejam dispostas a pagar.
Ou seja: é preciso encontrar um mercado para o qual haja demanda, e aí trabalhar duro, investindo o que for preciso e correndo o risco necessário.
Fora isso, desconfie!

fonte: EFETIVIDADE.NET
http://www.efetividade.net/2007/10/24/trabalho-em-casa/

Como você será promovido na próxima década?

Entre os muitos desafios colocados para a organização das empresas para a próxima década, Dutra falou que os organogramas devem ser extintos, assim como estruturas piramidais de empresas.



Recebemos o professor Joel Dutra, entre outros destaques, coordenador do MBA da FIA em Gestão de Pessoas, eleito recentemente um dos “oito gurus” em gestão de pessoas pela revista Você RH em um evento do Monster dedicado aos profissionais de RH.

Isso porque a complexidade trazida pelas novas tecnologias e a competitividade não comportam mais modelos fechados de cargos e salários. Cada vez mais profissionais qualificados devem trabalhar por projetos, interagindo com diversas áreas e equipes, em uma dinâmica muito mais horizontalizada e colaborativa. Por isso mesmo, fixar suas responsabilidades e limites será cada vez mais difícil. E ineficiente.

“Os profissionais e sua remuneração serão avaliados pela sua capacidade de lidar com assuntos complexos, pela sua capacidade de abstração”, argumentou sobre a tendência o renomado acadêmico. Já existem pesquisas para afinar esses indicadores para mensurar o grau de abstração de um profissional para que ele gerencie soluções dentro das empresas.

E aí contou um caso excepcional. Uma pesquisadora americana fazendo um trabalho para uma mineradora sul-africana descobriu nos testes e entrevistas que um mensageiro da empresa possuía um grau altíssimo de abstração. “Mas como, se sua atividade era simples, estava muitos anos na empresa, não havia sido promovido e não tinha alta nível de escolaridade?”, questionou o professor.

Investigaram junto ao mensageiro se ele possuía alguma atividade fora da empresa que lhe tivesse agregado essa capacidade de lidar com complexidades. Não tinha. Depois de algum tempo, descobriram que se tratava de um agiota dentro da mineradora, com vários funcionários trabalhando nas diversas áreas da companhia para ele. Um banqueiro informal.

Nesse sentido, Joel Dutra destacou que um profissional pode aumentar sua capacidade de lidar com essas complexidades sendo estimulado a novos desafios. A cada superação, terá aberto um leque de novas informações, problemas e soluções.

Sobre os aspectos geracionais, o coordenador do MBA da FIA destacou que o diferencial da geração Y é sua forma de aprendizado, “epidérmica”. “Se existe algum problema, esse jovem não percorre todo o caminho do processo, ele desmonta tudo e constrói um novo”, disse. Mas nem por iss0 baby boomers e profissionais da geração X serão descartados. “Caberá a eles fazer o papel de mentoring, de mostrar e preparar a cultura e os valores da empresa, trazer sua experiência para amadurecer esses novos talentos”. E isso também por uma questão demográfica: haverá muito mais geração X no mercado de trabalho do que Y em poucos anos.

Resta-nos agora entender esses futuros indicadores e aceitar novos desafios. Estar preparado para ser avaliado pelo nosso grau de executar tarefas complexas. Bye bye, organogramas, que venham indicadores mais reais e justos para a próxima década!

fonte: MSN

Investidor que se sentir prejudicado no mercado deve recorrer à Justiça comum

Reguladores podem apenas punir os responsáveis pelos produtos investimento, como fundos de renda fixa ou variável, mas não indenizam o aplicador


Danielle Brant e Olivia Alonso- iG São Paulo |

Getty Images
Investidor deve buscar indenização no Poder Judiciário
O investidor que se sentir lesado em operações no mercado de capitais, o que inclui o investimento em fundos, deve recorrer à Justiça comum caso queira tentar reaver perdas. Isso porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) só prevê punições administrativas para os participantes do mercado, ou seja, para os gestores, administradores e demais responsáveis pela criação e comercialização dos produtos financeiros. Não há qualquer tipo de indenização ou compensação para o aplicador que tiver colocado recursos em alguma modalidade de investimento.




O assunto voltou à tona recentemente devido à intervenção do Banco Central no banco Cruzeiro do Sul, após a descoberta de insubsistências contábeis em um ou mais fundos do banco, o que eventualmente poderia gerar danos aos bolsos dos investidores.

A CVM afirma que “em caso de eventual prejuízo individual de natureza civil, a indenização deve ser buscada junto ao Poder Judiciário”. Caso isso aconteça, a autarquia pode se intimada a oferecer parecer ou prestar esclarecimentos sobre a questão. Com o Banco Central acontece a mesma coisa, explica Ricardo Rocha, professor de Finanças do Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa.




“São poderes administrativos. Não são judiciários. O BC abre um processo administrativo contra o responsável por determinada situação. E depois há um desdobramento no CMN (Conselho Monetário Nacional). Dependendo da gravidade, eles encaminham ao Ministério Público, e cabe ao MP tomar a decisão”, ressalta.

Em alguns casos, é possível recuperar as perdas. Em 2009, Raphael Lunardelli Barreto conseguiu reaver na Justiça R$ 74 mil que havia perdido com a SLW Corretora. Operadores da casa de corretagem tinham realizado operações em sua conta bancária, mas sem sua autorização. No entanto, entrar na Justiça não é garantia de que o investidor terá seu dinheiro de volta ou fará valer suas vontades.




Quem investiu na Avestruz Master, criada em 1988, e depois descobriu que a empresa não tinha autorização para atuar no ramo da criação da ave sabe bem disso. Em setembro de2011, aAdvocacia-Geral da União, por meio da Procuradoria da União no Estado de Goiás, decretou que não cabe à União indenizar prejuízos sofridos por investidores companhia.

Um investidor pedia na Justiça mais de R$ 192 mil em indenização alegando que só tinha tido prejuízo porque a União não fiscalizou as atividades da empresa. O que a Avestruz Master fazia era vender contratos de compra e venda de avestruzes prometendo retornos de 10% em pouco tempo. Os investidores comprariam as aves ainda novas e venderiam alguns meses depois de volta para a empresa, que abateria o animal para exportação. Mas nada disso aconteceu.




Em suas alegações, a Procuradoria destacou que a União não pode ser considerada seguradora universal, “o que conduziria ao absurdo de torná-la responsável por todos os eventos lesivos em que os cidadãos fossem vítima”.

Para evitar perdas, o ideal é que o investidor tenha muita atenção antes de aplicar, pois é melhor caprichar na prevenção do que ter que lidar com as perdas depois, diz Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP). “É preciso conhecer um conjunto de análises em torno do produto financeiro. Não dá para investir vendo apenas um ponto,” diz.




Além de verificar classificações de risco atribuídas por agências, por exemplo, o investidor deve ir atrás de diversas outras fontes de informação para criar sua própria conclusão sobre as vantagens e desvantagens da aplicação, diz ele. “Principalmente no mercado de renda fixa, que tem menos análise do que no mercado de renda variável.”

FONTE: IG ECONOMIA

Empreendedor cria vidro que não quebra e avança em mercado gigantesco

Coca-Cola, S.C. Johnson e Ziploc estão entre empresas que querem agradar consumidores com medo de substâncias químicas do plástico; academias são próximo nicho a ser atingido

The New York Times- Stephanie Strom |
Garrafas de água feitas de vidro: que ultrapassado! Plástico é tão conveniente; metal é tão legal.
Mas agora, de volta para o futuro, o vidro está novamente na moda. Em parte, isso se deve a um empresário que está desenvolvendo uma garrafa de vidro retornável que é difícil de quebrar e não estilhaça quando se quebra.

Steve Ruark/The New York Times
Walt Himelstein, criador da garrafa d'água inquebrável PURE: dificuldades de encontrar fabricantes, distribuidores e investidores recompensadas

A mudança de garrafas de plástico e metal para garrafas de vidro retornáveis, que começou a ocorrer há alguns anos, está se tornando um bom negócio, segundo varejistas.
"Eu diria que as garrafas de vidro são responsáveis por um total de 20% a 30% das vendas de garrafas em nosso site", afirmou Vincent Cobb, fundador do reuseit.com, que vende uma grande variedade de produtos retornáveis. "Cada vez mais pessoas estão procurando vidro."
O interesse não se limita às garrafas de água.


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Os consumidores temem que substâncias químicas utilizadas nas embalagens possam contaminar os produtos que eles comem e bebem, e isso está levando um número cada vez maior de produtores de bebidas e alimentos a utilizar embalagens de vidro, afirmou Lynn Bragg, presidente do Instituto da Embalagem de Vidro, uma associação de empresas. "Elas também estão procurando por produtos sustentáveis para se tornarem ecologicamente responsáveis."

A Coca-Cola está aumentando a distribuição dos produtos – Coca-Cola, Diet Coke, Coca Zero e Sprite – vendidos em pequenas garrafas de vidro, e a S.C. Johnson agora vende uma linha de recipientes Ziploc reutilizáveis chamada VersaGlass, que pode ser utilizada em fornos de micro-ondas, freezers e, sem a tampa, até mesmo em um forno a 400 graus.

"Faz parte de nosso esforço coletivo aumentar a diversidade de embalagens para que as pessoas tenham maiores escolhas de embalagens e tamanhos de porção", afirmou Susan Stribling, porta-voz da Coca-Cola.


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Ninguém acredita que o vidro irá substituir o plástico num futuro próximo. Mas uma pesquisa realizada com mais de 4.000 consumidores este ano pela EcoFocus Worldwide, grupo de pesquisa e consultoria, revelou com 37% das pessoas estavam muito ou extremamente preocupadas com os problemas de saúde e segurança causados pelo plástico utilizado para embalar água e alimentos. Em 2010 o total era de 33%. A EcoFocus também descobriu que 59% dos consumidores consultados utilizavam garrafas de água retornáveis sempre ou frequentemente. Em 2010 o total era de 56%.

Steve Ruark/The New York Times
A garrafa inquebrável: película impede cortes

Em uma pesquisa menor, envolvendo cerca de 2.500 pessoas, 42% afirmaram ter parado de beber água de garrafas de plástico ou que estavam fazendo isso com menor frequência. Apenas 8% das pessoas utilizavam garrafas de vidro.


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A maior preocupação dos consumidores tem sido o bisfenol A, ou BPA, produto químico industrial similar ao estrogênio, utilizado em alguns plásticos e nas camadas protetoras colocadas no interior de algumas embalagens metálicas para alimentos e bebidas. As preocupações em relação à substância química levaram algumas das fabricantes de embalagens metálicas a deixar de utilizá-lo. O BPA não pode ser removido do plástico.

Os defensores dizem que isso não seria problema com o vidro.

"Sinceramente, eu estou surpreso, mas nos dias de hoje, um grande número de pessoas está fazendo pesquisas e tem muito conhecimento sobre os prós e os contras dos diversos tipos de embalagens", afirmou Gary Godbey, gerente da Trohv, uma loja de artigos para casa em Baltimore, primeira a vender um novo produto – a garrafa de vidro PURE – que resolveu a principal desvantagem do vidro: o fato de que ele se quebra.

O perigo do vidro quebrado levou muitas academias, estúdios de ioga e outros lugares a banir as garrafas de vidro. Mas Walt Himelstein, um cientista que se transformou em empresário após desenvolver a garrafa PURE, espera mudar essas regras.


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Garrafas retornáveis de vidro geralmente utilizam um rótulo plástico de proteção. Os rótulos na maior parte dos modelos têm furos que permitem que o conteúdo da garrafa seja visto, mas através dos quais o vidro quebrado pode escapar.

Algumas empresas de bebidas fizeram experiências com garrafas de vidro revestidas com plástico, mas a maior parte desistiu porque os consumidores nem sempre eram capazes de dizer se a garrafa estava quebrada.

Himelstein afirmou que suas garrafas são diferentes. Elas são protegidas por um revestimento transparente desenvolvido por ele. Caso a garrafa rache, o revestimento a mantém intacta.
Ele trabalhou com revestimentos para vidro quando era químico ambiental na General Physics Corporation, em Maryland. Naquela época, ele se perguntava se poderia encontrar algo parecido e que pudesse proteger os consumidores de cortes quando as garrafas retornáveis de vidro se quebrassem.


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"Materiais perigosos eram entregues em garrafas de vidro com um material que cobria seu exterior", afirmou Himelstein, que vive na região de Baltimore. "Se uma cobertura pôde ser desenvolvida para embalagens de materiais perigosos, eu me perguntei, por que o mesmo não poderia ser feito para garrafas de água?"

Ele acreditou que o mais difícil já estivesse feito quando inventou o revestimento – até tentar encontrar uma empresa que produzisse as garrafas.

"Só existem cerca de uma dúzia de empresas que fabricam garrafas de vidro e eu liguei para todas elas", afirmou Himelstein. "Elas todas foram muito simpáticas, mas tudo o que me disseram foi: "Bom, vamos produzir 18 milhões de garrafas de cerveja este mês, 20 milhões de garrafas de ketchup no mês que vem, e, no mês seguinte, faremos 40 milhões de garrafas de refrigerante. Você quer que nós cortemos esse fluxo e fabriquemos 20.000 garrafas para você?"

Ainda que ele quisesse fabricar o produto todo nos Estados Unidos, Himelstein precisou recorrer à China.

Quase dois anos depois de começar, ele finalmente possuía um produto que poderia ser vendido. Entretanto, se encontrar alguém que fabricasse garrafas foi complicado, conseguir alguém que as vendesse seria ainda pior. Ele não conseguiu vendê-las para redes de hotéis, grandes distribuidoras, lojas em campi universitários, enfim, para nenhum grande ponto de distribuição.

"Eu produzia apenas um ou dois tipos de garrafa", afirmou Himelstein. "Foi difícil chamar a atenção das pessoas."

Steve Ruark/The New York Times
A garrafa de vidro inquebrável pode ganhar o mercado de academias e estádios, dos quais foi banida pelos riscos de acidentes

Ele encontrou o mesmo problema quando procurava investidores para expandir sua linha de produtos. Mas sua sorte mudou em março, durante um evento em Chicago, quando ele conheceu Marc Heinke, presidente e diretor executivo da Precidio Design, uma empresa canadense que há muito tempo tinha como principal negócio a fabricação de utensílios de mesa feitos de melamina.

Heinke estava em meio ao processo de venda de sua empresa para se concentrar unicamente naquilo que ele chama de "hidratação", ou seja, a armazenagem e a preservação de todo tipo de líquido, e ele estava em busca de uma grande novidade.

"Walter inventou uma solução para o maior problema do vidro: o fato de que ele se quebra", afirmou.
Himelstein e Heinke estão fazendo planos para expandir as vendas da garrafa PURE, contando com os contatos comerciais de Heinke, que incluem varejistas como a Lulu Lemon, e sua longa experiência em marketing. Eles já projetaram uma garrafa PURE adaptada para lancheiras, diferentes tipos de tampas, novas cores e rótulos.

"Além disso, existe o mercado promocional", afirmou Heinke esperançosamente, "logotipos corporativos, clubes esportivos, símbolos de estúdios de yoga".

FONTE: IG ECONOMIA

VEJA AS 20 EMPRESAS QUE MAIS ATRAEM A GERAÇÃO Y

SÃO PAULO - O LinkedIn elaborou um ranking com as empresas que mais atraem os jovens da geração Y.
Para isso, a rede social analisou o comportamento do jovens na procura de emprego, as empresas que eles seguem e as visitas nas páginas de empresas e perfis de participantes.
Em primeiro lugar, aparece a Natura, seguida da Totvs e da Abril. Aparecem ainda a Braskem, Grupo RBS, GVT, Suzano Papel e Celulose, UOL, MRV Engenharia e Gafisa.
Mundo
O estudo também analisou o comportamento global dos jovens. No mundo, a empresa que mais atrai este tipo de profissional é Google. Accenture fica em segundo lugar e a Microsoft em terceiro. Confira abaixo o ranking completo:
Empresas mais atraentes
ColocaçãoBrasilMundo
NaturaGoogle
TotvsAccenture
AbrilMicrosoft
BraskemIBM
Grupo RBSDeloitte
GVTHP
Susano Papel e CelulosePwC
UOLErnst & Young
MRV EngenhariaOracle
10º GafisaApple
Fonte: LinkedIn


FONTE: COMPORTAMENTO - MSN

terça-feira, 3 de julho de 2012

Após três quedas, dólar sobe 1,59% e volta a fechar acima de R$ 2,00

SÃO PAULO - Após abrir a sessão desta terça-feira (3) em queda, o dólar comercial inverteu o sinal no final da manhã e fechou no positivo, quebrando a sequência de três sessões de queda. A divisa norte-americana encerrou a sessão em forte alta de 1,59%, aos R$ 2,0189 na venda.

Dólar sobe 1,59% e fecha acima de R$ 2


O mercado mudou a tendência após as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, que afirmou em entrevista que a autoridade monetária pode atuar na compra de dólares, o que levou a um aumento das cotações. De acordo com Mendes, a retomada dos leilões de compra de dólar é uma possibilidade que está sempre em aberto, afirmando ainda que um dólar abaixo de R$ 2,00 não é positivo para a indústria.


 
Referências internacionais

Nos EUA, o mercado recebeu positivamente o Factory Orders referente ao mês de maio, mostrando o volume de pedidos da indústria. O indicador econômico apontou que o volume de encomendas à indústria do país subiu 0,7% em maio, frente a alta esperada de 0,4%. Vale ressaltar que a sessão norte-americana foi mais curta, fechando nesta terça-feira às 14h, por conta da véspera do feriado de 4 de julho no país.

Já na China, a atividade do setor de serviços cresceu em junho a um ritmo mais rápido em três meses, de acordo com o PMI (Purchasing Manager's Index) medido pela CFLP (Federação de Logísticas e Compra da China). O indicador subiu para 56,7 em junho, de 55,2 em maio.

Único indicador da Zona do Euro, o PPI (Índice de Preços ao Produtor) da região ficou em 2,3% em maio em uma base anual, contra 2,6% do mês passado. Os dados da Eurostat mostram que esta é a menor taxa registrada desde março de 2010.


Agenda doméstica

Na agenda doméstica, a produção industrial brasileira registrou queda de 4,3% na comparação entre maio de 2011 e de 2012, consolidando o nono resultado negativo consecutivo, além de ter sido seu pior desempenho desde setembro de 2009, quando ela recuou 7,6% na mesma base comparativa, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ainda na agenda doméstica, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo fechou o mês de junho com variação de 0,23%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Já a Sondagem do Comércio, medida pela FGV (Fundação Getulio Vargas), passou de 131,2 para 126,4 pontos entre o primeiro trimestre de 2011 e de 2012, mostrando queda de 3,7%.

Confira a variação do dólar durante os últimos 30 dias:


Dólar comercial, futuro e Ptax

O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,0184 na compra e R$ 2,0189 na venda, com alta de 1,59% em relação ao fechamento anterior. Com essa alta, a valorização acumulada no ano da moeda norte-americana chega a 8,05%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em agosto segue cotado a R$ 2,026 com alta de 1,43% em relação ao fechamento de R$ 1,9975 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em setembro, por sua vez, opera em queda de 1,04%, atingindo R$ 2,031 frente à R$ 2,010 do fechamento anterior.

Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&FBovespa, fechou a R$ 1,9888, com leve queda de 0,03% sobre a cotação de anterior.

APOSENTADORIA PODE TER IDADE MÍNIMA

Ministro quer votar mudança na aposentadoria em agosto

Governo quer fórmula conhecida como 85-95 (soma das idades e período de contribuição de mulheres e homens), mas que seja ampliada de acordo com envelhecimento da população

Agência Estado |
Agência Estado

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou nesta terça-feira que o governo está fazendo esforço para que uma proposta de mudança nas regras das aposentadorias seja votada no Congresso em agosto, com objetivo de atenuar o crescente déficit previdenciário.




A ideia é utilizar uma fórmula conhecida como 85-95 (soma das idades e período de contribuição de mulheres e homens, respectivamente), mas que seja progressiva. Ou seja, que esse número possa ser ampliado de acordo com o envelhecimento da população.

A fórmula vai substituir o fator previdenciário e é uma alternativa à tentativa do Congresso de acabar com o fator sem que haja uma compensação parcial. A regra 85-95 não compensa totalmente o fim do fator, que gerará neste ano uma economia de R$ 10 bilhões para a Previdência, segundo Garibaldi.

Segundo dados do ministério, mesmo com o fator, a expectativa é de aumento no déficit da Previdência, que hoje está abaixo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), para cerca de 5% do PIB.

Nesta terça-feira, o ministério divulgou os dados de maio, que apontaram déficit de R$ 2,573 bilhões, ante R$ 2,419 bilhões em maio de 2011.

O resultado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) no acumulado de janeiro a maio foi de um déficit de R$ 17,802 bilhões, ante R$ 17,622 bilhões no mesmo período do ano passado.

O ministro disse que a proposta não está fechada. "Estamos em fase bem embrionária, técnica", afirmou. Na próxima semana, o governo vai apresentar cálculos sobre o impacto da proposta aos líderes do governo no Congresso.

Garibaldi disse ainda que o governo também pode optar por uma solução mista: adotar a regra de idade mínima para novos segurados do INSS, pessoas que ainda não entraram no mercado de trabalho, e utilizar a regra 85-95 para substituir o fator previdenciário para quem já está no mercado.

O Brasil é um dos poucos países que não tem idade mínima para aposentaria, ao lado de Irã, Grécia e Equador.

FONTE: IG ECONOMIA

TELETRABALHO


Teletrabalho no Brasil: o exemplo da Gol (e quando chegará a nossa vez?)


Trabalho em casa, na forma de dicas para os home offices de profissionais independentes e autônomos, é assunto frequente por aqui. Incidentalmente, os contos do vigário relacionados a oportunidades de trabalho em casa também atraem bastante atenção dos leitores, que comentam sobre isso literalmente aos milhares.




Mas uma outra modalidade de trabalho em casa começa a chegar em números maiores ao Brasil: é o teletrabalho de funcionários de grandes empresas. Consta que já há mais de 10 milhões de teletrabalhadores no Brasil, mas nosso exemplo de hoje é bem modesto: é o da Gol, que já tem 50 atendentes de telemarketing (o número deve crescer até o final do ano) trabalhando diretamente a partir de suas casas, reduzindo custos e investimentos para a empresa, oferecendo oportunidades diferenciadas aos empregados, e servindo de exemplo para outras empresas que relutam em fazer o mesmo – seja em tarefas operacionais, técnicas ou administrativas.

Claro que trata-se de uma tarefa com bom número de desafios, incluindo os de ordem jurídica, tecnológica, de gestão e outros. Mas minha visão é de que o resultado final compensa o esforço, e trata-se de uma evolução natural de um mercado de trabalho que precisa se adaptar às dificuldades das grandes metrópoles (incluindo os cada vez maiores tempos de deslocamento), às questões ambientais e à natureza cada vez mais complexa das relações de trabalho e consumo.
Mudança de comportamento

Além das questões jurídicas e administrativas, há também um problema psicológico: muitas vezes é difícil para o gestor abrir mão de manter sob os seus olhos a força de trabalho. O diretor teme permitir que o trabalhador trabalhe fora do alcance de visão de um supervisor, e sem as restrições ambientais de um escritório corporativo. Mudar este paradigma é complicado, e geralmente precisa acontecer na forma de programas-piloto em pequena escala que demonstrem os ganhos potenciais do desenvolvimento desta alternativa.

Segundo Wilson Maciel Ramos, vice-presidente de planejamento e TI da Gol, em declaração à revista Info Corporate, é a redução de custos a principal vantagem de permitir o trabalho dos seus atendentes em casa. Mas há também uma oportunidade de inclusão social. Ele declara:
“Há uma força de trabalho disponível que tem dificuldade de se deslocar de casa para o escritório, como mães que precisam ficar com os filhos e portadores de deficiência física. Com esse sistema, podemos oferecer oportunidade de emprego a essas pessoas”
No caso da Gol, os funcionários que trabalham a partir de suas casas integram a equipe de atendimento via chat, serviço pelo qual os clientes podem remarcar suas passagens, e tirar as dúvidas sobre assuntos diversos, como bagagens, vacinas, documentos e tantos mais.


Controle estrito


Para satisfazer à demanda dos gestores por controlar as atividades dos funcionários de uma forma que vai além das metas de atendimento e de tempo de resposta, o sistema tem restrições adicionais, mesmo rodando no computador pessoal de cada atendente.


A primeira delas é a da redução das distrações digitais: o software é projetado para não permitir que o atendente use outro programa simultaneamente.

Mas o sistema vai além: para evitar que o atendente coloque outra pessoa trabalhando em seu lugar e vá dar uma voltinha, o sistema tem um leitor de impressões digitais e exige que a identificação biométrica do funcionário a cada meia hora.


E na sua empresa?

As demandas de controle e restrição dependem de diversos fatores, como a atividade que será desempenhada remotamente, o relacionamento do profissional com a organização, e até mesmo o ramo de atuação da empresa.
Mas os desafios jurídicos, tecnológicos e de gestão valem quase igualmente para todas as empresas interessadas neste tipo de expediente. Além disso, há as mudanças de riscos – por exemplo, ao invés de se preocupar com os impactos de uma greve de ônibus (como a que nos assolou em Florianópolis nos últimos 3 dias) sobre a força de trabalho, passa a ser necessário pensar em como lidar com um apagão da Internet residencial, como o efeito que vem atingindo os usuários do Speedy nos últimos meses.

Há algum tempo escrevi sobre um estudo sobre os efeitos positivos do teletrabalho e, como eu trabalho em casa (como atividade complementar), faz tempo que entendi que é necessário manter o foco em permanecer produtivo mesmo em um ambiente que às vezes induz à distração.

Mas é uma tendência sobre a qual vale a pena ficar atento e, quando possível, experimentar e aplicar (ou imprimir um case e esquecer na mesa do seu diretor…). Se houver uma experiência (ou mesmo uma intenção) de teletrabalho em andamento na sua empresa, compartilhe conosco nos comentários!
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fonte: EFETIVIDADE.NET