segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

IPCA

Projeção de inflação para 2013 sobe novamente, aponta Focus

Estimativa do IPCA para 2013 subiu pela quarta semana consecutiva, de 5,65% para 5,67%; para 2014, a projeção segue em 5,50% há 11 semanas

Agência Estado |
 

Agência Estado


A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 subiu pela quarta semana consecutiva, de 5,65% para 5,67%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,47%. Para 2014, a projeção segue em 5,50% há 11 semanas.
A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses caiu de 5,56% para 5,53%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,53%.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em janeiro de 2013 subiu de 0,81% para 0,85%, acima do 0,75% previsto há um mês. Para fevereiro de 2013, caiu de 0,45% para 0,40%. Há quatro semanas, estava em 0,40%.
Quanto à inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) a projeção para 2013 caiu de 5,20% para 5,19%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa passou de 5,31% para 5,26%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 5,34% para o IGP-DI e de 5,31% para o IGP-M.
Para 2014, a projeção para o IGP-DI segue em 5% há 25 semanas. Para o IGP-M, segue em 5,18%. Quatro semanas antes, estava em 5%.



Crescimento do País

A projeção dos economistas ouvidos pela pesquisa Focus para o crescimento da economia brasileira em 2013 recuou pela quarta semana, de 3,19% para 3,10%. Para 2014, a estimativa de expansão subiu de 3,60% para 3,65%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 3,30% e 3,81%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 caiu de 3,24% para 3,10%. Para 2014, economistas ouvidos pelo BC preveem avanço industrial de 3,70%, abaixo da projeção de 3,90% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 3,50% para 2013 e de 3,75% em 2014 para o setor.
Analistas mantiveram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34%. Para 2014, a projeção segue em 33%. Há quatro semanas, as projeções eram as mesmas para esses dois anos.

FONTE: IG ECONOMIA

Empreendedorismo, educação e criação são o foco da Campus Party 2013

Evento para fanáticos por tecnologia terá astronauta Buzz Aldrin, um dos pioneiros na Lua, fundador da Atari e diretor-executivo da empresa que criou o navegador Firefox



iG São Paulo |
Amana Salles/Fotoarena
Casal de campuseiros durante a edição de 2012 da Campus Party

Passar seis dias acampado em um galpão pode parecer programa de índio, mas, no caso da Campus Party, é programa de nerd. A sexta edição do evento, que acontece a partir desta segunda-feira (28) e vai até domingo (3), no Espaço de Exposições Anhembi, na zona norte de São Paulo, deve receber 160 mil visitantes em seis dias de convenção, de acordo com os organizadores. Serão mais de 500 horas de programação, divididas em dezoito temáticas, entre elas mídias sociais, comportamento, robótica e internet. As palestras e reuniões acontecerão em treze palcos, espalhados pela área de confraternização dos "campuseiro"s, como são chamados os participantes do evento.



Divulgação
Um dos destaques da CPBR6, Buzz Aldrin em retrato da Nasa em 1969;

"Neste ano, estamos bastante focados em empreendedorismo, educação inovadora e criação colaborativa", disse Carolina de Marchi, gerente de conteúdo da Campus Party. "Então vai ter muidas ideias saindo do papel durante a convenção, que é o que acontece em todas as nossas edições", explicou a profissional.


Curta a página do iG Jovem no Facebook


Com a ideia de reunir em um só lugar vários aspirantes a inventores e criadores, a organização da Campus espera criar uma "Garagem do Vale do Silício" brasileiro. "Estamos aproveitando esta boa fase do Brasil, em que o país está se firmando como uma potência mundial", explica Carolina.


Siga o iG Jovem no Twitter


De acordo com a gerente de conteúdo, uma das atrações imperdíveis do evento é a palestra de Buzz Aldrin, que foi o segundo homem a pisar na Lua em novembro de 1969. "É uma figura histórica que tem uma trajetória bastante interessante", comenta Marchi. O astronauta aposentado será um dos palestrantes magistrais e ocupará o palco principal da convenção na terça-feira (29), quando falará sobre a sua experiência, além de defender a continuidade da exploração espacial.
Os fãs de videogame também terão a honra de encontrar o homem que começou a cultura gamer. Nolan Bushnell, fundador da Atari, vem ao Brasil pela primeira vez para compartilhar a sua história, que inclui um breve tempo como chefe de ninguém menos do que Steve Jobs, seu antigo funcionário na empresa do console de " Pong". "Bushnell tem muito a dizer sobre a trajetória da indústria de games e é um exemplo de empreendedorismo", explica Carolina.
Mark Surman, diretor-executivo da Mozilla Foundation, criador do navegador Firefox, completa o quadro de destaques do palco principal da Campus Party.
Amana Salles/Fotoarena
Seis mil pessoas devem acampar na Campus Party do dia 28 de janeiro a 3 de fevereiro
Entre as atrações nacionais, os mentores do canal " Jovem Nerd", Alexandre Ottoni, conhecido como Jovem Nerd, e Deive Pazos, o Azaghal, têm presença marcada no evento. Edu Mendes, a cabeça por trás do site " Testosterona", passeará pelos corredores da Campus Party ao lado de sua noiva, Tatiane Ferreira, da página " Acidez Feminina". O blogueiro Maurício Cid, do " Não Salvo", também estará presente.


Para acampar na Campus Party, o interessado deve desembolsar R$ 300 pelo ingresso para todos os dias mais R$ 75 pelos seis dias de estadia no camping. Bolsistas do ProUni tem um desconto de 50% no valor. A alimentação não está inclusa.


 
 
Ao contrário dos anos anteriores, quando as entradas para a convenção acabaram em poucos minutos, ainda há alguns ingressos disponíveis. O valor do tíquete, que custa o dobro do da edição de 2012, foi apontado por campuseiros e especialistas como uma das causas para demora do esgotamento das entradas.
Mas, de acordo com Carolina de Marchi, o fato de ter tido uma edição especial em Recife, em julho do ano passado, pode ter contribuído para isto. "Como é um evento anual, a Campus atrai muitas caravanas. Mas como reunimos 2 mil pessoas na região nordeste há pouco tempo, então algumas pessoas que vinham de lá acabaram optando pela edição de Recife", explica a gerente de conteúdo.
    FONTE: IG JOVEM

    domingo, 27 de janeiro de 2013

    CRESCIMENTO DA AMÉRICA LATINA

    BID rebaixa crescimento da América Latina para 3,5% a 4% em 2013

    Segundo banco, região, dependente de exportações, enfrenta ameaças de medidas de estímulo no mundo desenvolvido e uma crise de dívida não solucionada na Europa

    Reuters |


    Reuters


    A economia da América Latina deve crescer menos do que o previsto este ano, enquanto a região, dependente de exportações, enfrenta ameaças de medidas de estímulo no mundo desenvolvido e uma crise de dívida não solucionada na Europa, disse o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) neste sábado.
    O BID agora vê a região, dependente de exportações, expandindo entre 3,5 e 4 por cento em 2013, abaixo de uma previsão em agosto de 4,2 por cento de crescimento, embora ainda acima da expansão estimada do ano passado.


    Leia: Líderes da América Latina e da UE concordam em melhorar aliança comercial


    "Um dos problemas é esta nuvem de incerteza sobre a economia global", disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, quando questionado pela Reuters em um intervalo de um encontro de líderes empresariais europeus e latino-americanos em Santiago, capital do Chile.
    No mês passado, a Organização das Nações Unidas rebaixou sua previsão de crescimento para a América Latina e o Caribe, dizendo que a região iria provavelmente crescer 3,8 por cento em 2013, menos do que fora anteriormente previsto, com um crescimento mais lento no México pesando contra uma recuperação no Brasil, Argentina e uma demanda doméstica forte na região.


    Também: Mercados emergentes receberão novos fluxos de dinheiro em 2013


    De qualquer maneira, o crescimento da região deve ganhar força já que a previsão da ONU foi de crescimento de 3,1 por cento para 2012.
    Moreno também ecoou vários temores de líderes latino-americanos de que medidas de estímulo no mundo desenvolvido provoquem mais fluxos de capital que poderiam reforçar as moedas da região, dependente de commodities.
    Moreno disse que o banco iria emprestar cerca de 12 bilhões de dólares para a região neste ano, pouco acima dos níveis de 2012.
     
    FONTE: IG ECONOMIA

    sábado, 26 de janeiro de 2013

    EMPREGO FORMAL EM 2012

    Saldo de empregos formais gerados em 2012 é o pior em três anos, indica Caged

    País gerou 1,3 milhão de empregos formais no ano passado, queda de 33,05% em relação a 2011; em dezembro o saldo foi negativo em 496.944 vagas

    Agência Estado |
     

    Agência Estado


    O saldo líquido de 1.301.842 empregos formais gerados em 2012 foi o pior resultado anual do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) desde 2009, quando foram criadas 1.296.233 novas vagas com carteira assinada. Em relação aos 1.944.560 empregos criados em 2011, a queda foi de 33,05%, com ajuste.


    Mais: Ministro projeta a criação de 5 milhões de vagas no ano


    Em dezembro do ano passado, o saldo do Caged foi negativo em 496.944 vagas, o pior resultado para o mês desde 2008. Em relação ao último mês de 2011, a piora foi de 17,86%, sem ajuste. Já na comparação com ajuste - que considera as declarações enviadas fora do prazo em dezembro de 2011 - a piora foi de 19%. O resultado de dezembro foi pior que o estimado por instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções. As previsões iam de queda entre 320.000 e 450.00, com mediana negativa de 395.000.



    FONTE: IG ECONOMIA

    BC diz que o problema é de falta de oferta e não de demanda!!!

    Na minha opinião, o BC soltou esta semana a ata da reunião do COPOM mais importante dos últimos 12 meses. Não pelas mudanças na política monetária, pois ele não sinaliza nenhuma mudança no curto prazo, mas pelo diagnóstico correto e preciso da situação atual.

    http://www.bcb.gov.br/?COPOM172

    Segue abaixo algumas partes extraídas da ata (em itálico) e meus pitacos logo em seguida:
    20. O cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$2,05/US$ e da taxa Selic em 7,25% ao ano (a.a.) em todo o horizonte relevante. Nesse cenário, a projeção para a inflação de 2013 aumentou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de novembro e se posiciona acima do valor central de 4,5% para a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas pelo Gerin com analistas de mercado, no período imediatamente anterior à reunião do Copom, a projeção de inflação para 2013 também aumentou e se encontra acima do valor central da meta para a inflação. Para 2014, em ambos os cenários, a projeção de inflação está ligeiramente acima do valor central da meta.


    BC afirma que, em alguns cenários e de acordo com seus modelos, as projeções da inflação para 2013 subiram e se encontram acima da meta.

    26. O Copom pondera que o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica – menos intenso do que se antecipava – se deve essencialmente a limitações no campo da oferta. Dada sua natureza, portanto, esses impedimentos não podem ser endereçados por ações de política monetária, que são, por excelência, instrumento de controle da demanda. A propósito, não obstante a fragilidade do investimento, que reflete, em grande parte, o aumento de incertezas e a lenta recuperação da confiança, a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente, bem como pela expansão moderada da oferta de crédito, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. O Comitê entende, adicionalmente, que a atividade doméstica continuará a ser favorecida pelas transferências públicas, bem como pelo vigor do mercado de trabalho, que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários, apesar de certa acomodação na margem.
    O BC está surpreso com o PIBINHO persistente, porém ele reconhece, como já comentamos algumas vezes nesta coluna, que o problema é de falta de oferta e não na demanda, ou seja, o investimento não cresce. E na opinião do BC, não adianta baixar ainda mais as taxas de juros para tentar resolver este problema. Ou seja, a política monetária como instrumento de estímulo, chegou ao seu limite.


    27. O Copom observa que o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias com as quais trabalha para as variáveis fiscais. Nota que a geração de superavit primários compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação, além de contribuir para arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta, solidificará a tendência de redução da razão dívida pública sobre produto e a percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo.

    O BC afirma que trabalha em suas projeções com a manutenção dos superávits fiscais atuais. Ou seja, se superávits caírem, inflação futura sobe. Logo, o governo tem pouco espaço para expandir gastos ou reduzir impostos sem que isto afete ainda mais o precário equilíbrio entre oferta e demanda e faça a inflação subir ainda mais.



    28. O Copom destaca que o cenário central também contempla expansão moderada do crédito. Ainda sobre esse mercado, o Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito.
    O BC aqui também menciona que assume um crescimento gradual do crédito, ou seja, se crédito crescer mais rápido, inflação sobe.



    29. O Copom avalia que a maior dispersão, recentemente observada, de aumentos de preços ao consumidor e a reversão de isenções tributárias, combinadas com pressões sazonais e pressões localizadas no segmento de transportes, tendem a contribuir para que, no curto prazo, a inflação se mostre resistente.
    O BC aqui reconhece que a inflação é mais generalizada e que, no curto prazo, ela está resistente, como temos dito nesta coluna.



    30. O Copom ressalta que o cenário central contempla ritmo de atividade doméstica mais intenso neste ano e riscos limitados, mas que recentemente se intensificaram, de descompasso, em segmentos específicos, entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda. O Comitê destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado, e pondera que, em tais circunstâncias, um risco significativo reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação. Por outro lado, observa que o nível de utilização da capacidade instalada se encontra abaixo da tendência de longo prazo, ou seja, está contribuindo para a abertura do hiato do produto e para conter pressões de preços. Além disso, importa destacar que as perspectivas para os próximos semestres apontam moderação na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros.
    Este é, na minha opinião, o parágrafo mais importante da ATA. Ele re enfatiza o problema do descompasso entre o crescimento da demanda e da oferta. Ele destaca que o mercado de trabalho está apertado, e que há risco, portanto, de aumentos dos salários reais acima do aumento da produtividade, como temos mencionado em outros posts, e que representa um risco de alta da inflação futura.



    34. O Copom avalia que a demanda doméstica tende a se apresentar robusta, especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Esse ambiente tende a prevalecer neste e nos próximos semestres, quando a demanda doméstica será impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas, que, de resto, são defasados e cumulativos. Para o Comitê, esses efeitos, os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de retomada dos investimentos. O Comitê pondera que iniciativas recentes apontam o balanço do setor público em posição expansionista. Por outro lado, o Comitê nota que se apresenta como fator de contenção da demanda agregada o ainda frágil cenário internacional. Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas.

    Aqui o BC levanta algumas outras hipóteses usadas por ele para manter a política atual de manutenção dos juros:
    a. o cenário internacional continuar frágil;
    b. o BNDES com sua política parafiscal ( já comentei sobre isto) não seja ainda mais expansivo;
    c. e que preços dos ativos internacionais ( este é o código que BC usa quando quer falar da taxa do dólar / R$ ) não subam mais;
    Se estas coisas mudarem, tudo muda. Ou seja, o dólar não sobe mais enquanto a inflação seguir em alta.



    31. Em resumo, o Copom destaca que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo e que a recuperação da atividade doméstica foi menos intensa do que o esperado, bem como que certa complexidade ainda envolve o ambiente internacional.

    Aqui ele dá o tom final: temos uma piora na inflação com um pibinho que não decola.
    E o diagnóstico é claro: o problema não é de falta de demanda , mas sim de falta de oferta. E oferta aumenta com mais produtividade, capital físico e capital humano. Como no curto prazo fica difícil aumentar o capital humano e a produtividade, só nos resta torcer para que o capital físico suba através de mais investimentos, como tenho dito nesta coluna.

    FONTE: IG COLUNISTAS - RICARDO GALLO

    LUCROS DA FEIRA DA MADRUGADA SP

    Veja as histórias de seus personagens

    12 anos da Feira da Madrugada

    Veja as histórias de seus personagens


    Feira da Madrugada completa 12 anos com polêmicas e lucro de 400% em SP

    Cerca de 15 mil pessoas visitam todos os dias uma das maiores feiras populares do Brasil

    Wanderley Preite Sobrinho- iG São Paulo | - Atualizada às


    Quarta-feira, duas horas da madrugada nas ruas desertas do Brás, centro de São Paulo. O tradicional circuito de compras populares da capital só veria suas ruas fervilhando de gente depois das 8h. No coração do bairro, no entanto, a movimentação já havia começado: vans e ônibus de viagem faziam fila no estacionamento de um terreno de 120 mil metros quadrados emprestado pelo governo federal para acomodar um dos maiores centros de consumo popular do Brasil: a Feirinha da Madrugada, que até o final daquele dia recebeu cerca de 15 mil compradores.
    Veja mais notícias da capital paulista e região metropolitana no site iG São Paulo

    Denúncias:Base do Samu presta socorro irregular em feira popular de São Paulo Prefeitura descumpre acordo e mantém comando irregular na Feira da Madrugada



    VEJA VIDEO


    Um dos símbolos recentes da cidade, a Feirinha completa 12 anos de funcionamento em 2013, sete anos desde que deixou as ruas do Brás e foi parar no terreno, um antigo estacionamento de ônibus. A chegada ao novo endereço trouxe fama à feirinha, que desde então coleciona cada vez mais compradores, vendedores e polêmicas.
    Ainda acordando, os sacoleiros vão descendo dos ônibus fretados exclusivamente para as compras. Por volta das 2h30, mais de 150 veículos já estavam estacionados. Até o fim daquele dia, outros 150 fariam o mesmo. Alguns compradores tomavam café antes de partir para as compras. Gente vinda principalmente do interior de São Paulo (Campinas, Araraquara, Lençóis Paulista), e do Sul do País, como de cidadezinhas do Paraná – como Coronel Vivida e Santo Antônio da Platina – e Santa Catarina - Jaraguá do Sul e Pomerode.
    Quem chega de Estados mais distantes, faz a viagem do modo tradicional. É o caso da goiana Ronilucia Cerqueira, 37 anos. Ele chegou na feirinha por volta das 7h e só foi embora às 14h30. “Em Goiás, eu mexo com bolsas, cintos, carteiras e o que abrange a parte de acessórios femininos”, diz, enquanto o taxista divide os 150 quilos de compras entre o porta-malas e o banco traseiro. “Pra usar o banco de trás vou ter de cobrar mais caro”, dizia ele.
    Dona Ronilucia seguia para o hotel, onde descansaria até 18h30 e voltaria para Goiânia em uma viagem de 12 horas. “Eu venho aqui a cada 15 dias. Dependendo do movimento, venho toda semana. Vale a pena, porque consigo fazer uns 60% de lucro revendo na minha loja”.
    Mas a maior parte dos consumidores mora mesmo na periferia da cidade e na Grande São Paulo. É o caso da dona Zilda do Nascimento, 52 anos, que toda semana vai à feira comprar roupas femininas para revender em sua loja de Osasco. “Hoje cheguei às 5h30. Que hora são agora? Três da tarde!”.
    A história é parecida com a de dona Maria Nilce (54). Ela diz que sua papelaria na Praia Grande consegue um lucro de 70% quando revende as mochilas, lápis e estojos comprados na feirinha: “Passo por aqui duas vezes por mês”.


    VEJA FOTOS



    Negócio lucrativo

    Essa é margem média de lucro que um dos 12 mil vendedores da feirinha repassam a quem pretende revender seus produtos. Dependendo do negócio, a lucratividade pode ultrapassar os chega a 400%. É o caso dos brincos de pedras chinesas vendidas no Box 47, que, segundo a vendedora Sonia, se compradas no atacado, saem por R$ 3 cada para serem revendidos nos bairros por R$ 15.
    Com lucratividade de 50%, é possível levar por R$ 13 a boneca Skyla, uma versão genérica da Barbie. “A versão simples, a Bela, custa R$ 8. Dá pra vender por R$ 15, R$ 16 no bairro”, afirmou a vendedora Aline, enquanto arrumava na prateleira os brinquedos fabricados na China e revendidos por ela nos boxes 264/292.
    Mas nem todos ali são revendedores. É o caso da Daniela, que se divide em muitas para vender em quatro barracas as calças, bermudas e saias jeans que seus chefes fabricam. “Na loja em Itaquera a gente vende mais caro, mas aqui uma calça masculina sai por R$ 28 e é revendida por R$ 70, R$ 75 lá fora”, diz enquanto sobe as portas de uma barraca, por volta das 3h.
    Quem se deu bem nas últimas semanas foi o vendedor Roger, que fala empolgado sobre os cintos, carteiras, pochetes e cartucheiras que ele mesmo fabrica. “Na semana passada, um cliente gastou R$ 9 mil em uma compra. Ele me disse que faria esse dinheiro virar R$ 32 mil”. Lucro de mais de 250%.



    Irregularidades

    Mas a fama da feirinha não é feita só de compras e vendas. O terreno, que também acomoda restaurantes, bancas de fruta e barracas de salgados, teve seu empréstimo renovado pelo governo federal em julho do ano passado sob a condição de que a prefeitura administrasse o local por uma Comissão Gestora, que foi nomeada, mas não atuou.
    O resultado foi o comércio sigiloso das 4.500 barracas, hoje nas mãos principalmente de coreanos, que decidiram parar as vendas porque é mais lucrativo alugar os pontos de venda. Corretores informais percorrem os corredores estreitos da feirinha negociando com interessados.
    Desconfiado, um deles afirmou à reportagem que, por um aluguel de R$ 1 mil, é possível reservar uma unidade de 2 X 2,5 metros. Para evitar confrontos com rivais e garantir a segurança dos produtos - que permanecem na feirinha à noite - também se cobra uma mesada, que pode chegar a R$ 250 por mês.
    Questionada pela reportagem sobre as irregularidades, a assessoria da Secretaria das Subprefeituras afirmou que as denúncias estão sendo apuradas e que em breve a Comissão determinada por lei será nomeada para reestruturar o lugar, um dos mais visitados da cidade, mas onde a informalidade ainda dá as ordens.

    FONTE: IG BRASIL

    INSS

     
     
     
     
    estadao.com.br (© Grupo Estado - Copyright 1995-2010 - Todos os direitos reservados.)
     

    Após revisão, 2,3 milhões de beneficiários do INSS têm valores a receber

     

    Após revisão, cerca de 2,3 mi de beneficiários do INSS têm a receber


  • Um total de 2,3 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) possuem valores a receber, número que ainda pode aumentar. Isso se deve a uma revisão feita pelo instituto após mudança na interpretação da Lei 8.213, de 1991, que trata da fórmula de cálculo da renda mensal dos benefícios por incapacidade ou pensões por morte deles originada.

    Até agora, a revisão envolveu mais de 15 milhões de benefícios concedidos entre 2002 e 2009. No total, 17,4 milhões serão reprocessados. Após essa primeira etapa, 2,3 milhões foram revistos e possuem diferenças a receber. O INSS ainda está analisando outros 2,2 milhões que serão concluídos nos próximos meses.

    De acordo com nota, "o pagamento da renda mensal atualizada para 454 mil beneficiários que possuem benefícios ativos será realizado já na folha de janeiro, que começa a ser paga nesta sexta-feira. Como os segurados que se enquadram nos critérios da alteração legal têm seus benefícios acima do salário mínimo, o pagamento estará disponível a partir do dia 1º de fevereiro".

    A revisão, segundo o governo, está sendo realizada automaticamente e não é necessário que os beneficiários procurem uma agência da Previdência Social. Aqueles que têm direito à revisão vão receber uma correspondência em sua residência. O primeiro lote de cartas, informando data e valor do pagamento, foi liberado nesta sexta-feira.

    O ministério também disponibiliza consulta dos benefícios revisados em seu portal na internet. Também é possível ligar na central de atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 21h.

    A correção acarretará um aumento de R$ 49 milhões mensais na folha de pagamentos do INSS. Por ano, haverá um incremento de R$ 637 milhões, levando em conta o pagamento do 13° salário.



    Atualizado: 25/01/2013 18:36 | Por Economia & Negócios, estadao.com.br

    FONTE: ESTADÃO - MSN